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quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Olinda Beja –Poema de Natal “Apenas um sorriso… Será Natal todos os dias” – Proposta poética da autora de Aromas de Cajamanga, que, dia 27, em Lisboa, no Centro Intercultura Cidade, apresenta “Um Grão de Café”, primeiro livro infantil na história da literatura das ilhas de S. Tomé e Príncipe

Apenas um sorriso
Aberto à flor do rosto
Abelha mãe em favos de doçura
E será Natal no mês de agosto
Ou em julho
Ou em maio
Ou em janeiro
Desde que sonhes com ternura
Desde que ames
Que vivas
Que sorrias
Desde que te entregues aos outros
Por inteiro
Será Natal TODOS OS DIAS!

 Olinda Beja  -Dezembro de 2013

OLINDA BEJA  E  "UM GRÃO DE CAFÉ" PARA DELÍCIA DA PEQUENADA

Olinda Beja, escritora e poeta, continua a surpreender-nos com a sua produção literária –Deixou a sua Ilha, ainda criança, mas nem por isso perdeu o elo e a  matriz à ilha onde nasceu, mantendo um vínculo, muito forte, com aquelas maravilhosas lhas equatoriais, onde se desloca, sempre que pode – Pois é ali que está a ancestralidade das suas raízes, a inspiração que a tem marcado grade parte da sua obra poética  e ficcionista – Enviou-nos um lindo poema de Natal e deu-nos a boa-nova de que, depois de amanhã, Sexta-feira, dia 27, vai apresentar “Um Grão de café” no Centro Intercultura Cidade, em Noites da roça  

Pela primeira vez na história da literatura das ilhas de S. Tomé e Príncipe surge um livro para crianças.

“Um Grão de Café” nasceu de um sonho de Olinda Beja que o apresenta no Centro InterculturaCidade.


Tal como diz Oscar Wilde “A melhor maneira de tornar as crianças boas é torna las felizes” assim Olinda Beja servindo-se destas palavras que abrem o livro espera que ele possa levar muita alegria e felicidade a todas as crianças do mundo mas muito em especial às de S. Tomé






Em Um Grão de Café, Olinda Beja conta a história de Paguê, menino que deu origem ao nome da ilha do Príncipe. Pretendendo encontrar um herdeiro para o trono, o rei chama as crianças e confia-lhes um grão de café, para cada uma, no prazo de um ano, cuidar e fazer germinar. Na data marcada, os meninos e as meninas voltam à presença do rei, mas Paguê vem triste, pois é o único que traz um vaso vazio. O seu grão de café não germinou, apesar de se ter esforçado.

 Olinda Beja nasceu em Guadalupe – S. Tomé e Príncipe.

Criança ainda deixou as ilhas e passou a viver do outro lado do mar, em terras frias da Beira Alta.

Licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas – Estudos de Português-Francês, na Faculdade de Letras da Universidade do Porto e possui o Diploma Superior de Hautes Études da Alliance Française.

Para além de escritora, Olinda Beja é professora do ensino secundário, bolseira do Centro Nacional de Cultura, Comendadora dos Países Irmãos Brasil-S.Tomé e Príncipe; contadora de estórias, dinamizadora cultural. Atualmente é professora de Língua e Cultura Portuguesa em Lausanne (Suiça) onde reside.

As suas obras têm sido objeto de estudo em várias universidades nomeadamente no Brasil e nas escolas portuguesas do Luxemburgo onde foram adotadas as seguintes obras: “15 Dias de Regresso” e “Pé-de-Perfume”.

Durante o ano escolar Olinda Beja desloca-se a estabelecimentos de ensino do universo lusófono onde dá a conhecer as ilhas do cacau e faz a aproximação dos dois povos através da riqueza cultural em comum – a Língua Portugue  Chiado Editora - BejaOlinda




O NATAL DOS SEM ABRIGO E DESERDADOS DA SORTE

A noite de Natal foi cinzenta, fria e chuvosa - Em Lisboa, e possivelmente em todo o país. Digamos que a noite esteve  mais ou menos de acordo com o significado da sua hipocrisia -  De que, pelo menos, há um dia no ano em que desejam felicidades a toda a gente. Pessoalmente,pecador me confesso, também não resisti a esta tentação, até para não ficar mal visto. De véspera, em qualquer loja ou supermercado, o cliente é prendado com a palavra Boas Festas ou Feliz Natal.


De facto, é agradável ouvir pronunciar esta mensagem - As igrejas católicas e cristãs, fazem a mesma coisa, acrescidas  dos seus tradicionais presépios e   rituais religiosos, lembrando aos seus fiéis que é a festa da Natalidade do Menino-prodígio, que se fez homem e a voz de Deus. 

Mas, em boa verdade, embora seja sempre de saudar este dia festivo - sim, pelo menos há um dia em que até os amigos e familiares se lembram uns dos outros e enviam calorosas mensagens natalícias  - tudo isto não passa de uma falsidade - Antes, a  igreja, fazia da nobreza e do clero, o seu principal aliado, fazendo  do povo, um rebanho de carneiros - E hoje, o que vemos? .... Lado a lado com o liberalismo mais selvagem - Por isso, valha-nos ao menos a voz corajosa do Papa Francisco (qualquer dia ainda o matam!) e a voz lúcida dos bons poetas - É o caso de Olinda Beja



E, a propósito de Natal e de presépios, que lindas não eram aquelas pequenas construções, que apareciam à frente dos modestos casebres de madeira e à berma dos caminhos e das estradas, quando ali vivi os meus 12 anos - Muito diferentes do presépio católico da Igreja da Sé e bem longe  da tradição do nórdico pinheiro europeu - Esta imagem estereotipada nunca ali  a vi.  Eram artísticas catedrais de um entrançado da rama de palmeira e alguns fios de folhas de bananeiras - Será que ainda conserva esta tradição?!.. – Esta a pergunta que colocamos antes de uma pesquisa pela Net – E, curiosamente, constatamos  ser desejo da União dos Escritores e Artistas de Sãotomenses, manter, manter vivo esse passado artístico-religioso. Pois refere o telanon., que, “Face a ameaça de desaparecimento dos Paços que com tochas de óleo de palma iluminavam as noites de natal no interior da ilha de São Tomé, a União dos Escritores e Artistas de São-tomenses, pelas mãos da falecida poetisa Alda do Espírito Santo, tomou a iniciativa de promover o concurso Paço Fiá Gleza. Este ano o Paço construído por um menino do distrito de Mé-Zochi foi o vencedor do concurso. Téla Nón >> UNEAS premiou o melhor Paço Fiá Gleza

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