São Tomé, 15 de Junho de
2014 - O jovem surfista Jéjé (...), aos 15 anos de
idade, campeão nacional de surf de São Tomé e Príncipe, Jéjé vence edição 2014 do Mochecst
Surf de São Tomé e Príncipe
A este breve registo, em vídeo – e para ficar a
conhecer um pouco melhor o perfil do
Jéjé - aproveito para tomar a liberdade
de juntar uma interessante entrevista concedida ao SURFE PORTUGAL
Jéjé confirmou o estatuto de mais talentoso
surfista da ilha de São Tomé. Foto: MocheCST
Foi há pouco mais de um ano que começou a surfar em cima de uma verdadeira
prancha de surf, mas na realidade já o fazia há mais tempo com os seus colegas
de São Tomé, aproveitando qualquer pedaço de madeira para fazer espumas. Jéjé
faz parte de um grupo especial de jovens são-tomenses que partilham com uma
alegria única as ondas de Santana, na ilha de São Tomé, sendo descrito por
muitos dos que já conviveram com ele como o mais talentoso de todos.
.
Jéjé - A paixão
pelo surf começou quando eu vi um português chamado Pedro Almeida a surfar. A
partir daí dei a minha vida para aprender. Achei que era impossível o que
estava a ver... Ele parecia que flutuava nas ondas. Comecei com uma tábua de
madeira a correr na espuma, mas não sabia o que era e nem que isto do
"surf" existia em outros países.
SP – Que sentimentos te transmite e como defines a experiência de surfar?
SP - Em que picos habitualmente surfas?
J - Santana, Voz
da América, Água-Izé e 7 Ondas.
SP - Recentemente foste campeão de São Tomé e Príncipe. Como foi esta
primeira abordagem à competição?
J - Estava
nervoso e tive medo de perder. Mas competi a pensar que o Kelly Slater era o
meu adversário para conseguir dar o meu máximo e consegui vencer esta
competição. Este campeonato foi incrível! Agradeço à MOCHE Cst e à Xcult pela
excelente organização e pelos prémios.
(imagem do lado direito - da competição)

J - Sim, acho que existe muito talento em São Tomé
por explorar porque há muitos bons surfistas, muita vontade e muito gosto pelo
surf. Seria lindo e maravilhoso se alguns destes talentos pudessem ir a
Portugal para poder aprender e evoluir mais com os surfistas portugueses.
SP
- Quais são as tuas grandes referências a nível mundial?
J - As minhas grandes referências a nível mundial
são o Andy Irons e o Joel Parkinson. Eles são os maiores. Apesar de o Andy
Irons já ter morrido, gosto muito do estilo e das manobras dele e do Joel
também.
J - A experiência foi maravilhosa. Gostei muito de
conhecer Lisboa e Cascais. Surfei em várias zonas desde o Guincho, passando
pela Costa de Caparica, Praia Grande e até na Ericeira. A minha primeira
surfada foi no Guincho e quando entrei na água o meu pé ficou bem pequenininho
do frio que estava (risos). Estou habituado a água quente, mas como fui com
fato fiquei rapidamente acostumado e a vontade era tanta que já nem sentia o
frio.
A minha experiência e aprendizagem em Portugal foi
bastante positiva, pois aprendi a remendar pranchas com o pessoal da Xcult e
regressei com várias novas manobras, que aprendi muito com a Surftechnique.
Aproveito para agradecer a toda a família Xcult e à Guincho Surf House pela
oportunidade que me deram. Grandes amigos que eles são!
J - As ondas de São Tomé são muito boas e
perfeitas. Há poucos surfistas dentro de água e há muitas ondas e a água é
muito quente. Em Portugal há muitos surfistas dentro de água e em algumas
praias há muito vento e a água é muito
fria, mas as ondas são perfeitas.
SP
- A ex-campeã nacional Teresa Abraços tem visitado São Tomé várias vezes e tem
partilhado algum tempo com vocês. Como tem sido essa experiência?
J - A experiência foi muito boa. Gostei muito da
Teresa e do Pedro [Quadros; marido da Teresa Abraços] e de estar ao lado deles
porque são muito simpáticos e corrigiram o meu surf. Aprendi muitas manobras
com eles. Espero que voltem novamente a São Tomé, já estamos com saudades. – In
http://www.surfportugal.pt/revista/entrevistas/5140-jeje-competi-a-pensar-que-o-meu-adversario-era-o-kelly-slater-entrevista
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