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sábado, 8 de junho de 2019

“Lá no Água Grande” – Poema de Alda Espírito Santo – Vai estar a partir de hoje, representado no Parque dos Poetas de Oeiras - Num conjunto temático do escultor Zeme Gracias “Lá no Água Grande” – Poema de Alda Espírito Santo – Vai estar a partir de hoje, representado no Parque dos Poetas de Oeiras - Num conjunto temático do escultor Zeme Gracias

JORGE TRABULO MARQUES - JORNALISTA
O ESCULTOR SANTOMENSE ZEME GRACIAS – AUTOR DA ESTÁTUA DO REI AMADOR E DE VARIADÍSSIMAS E IMPORTANTES OBRAS ARTÍSTICAS - VAI TER TAMBÉM O SEU NOME NO PARQUE DOS POETAS – NUM CONJUNTO TEMÁTICO DO POEMA ÁGUA GRANDE  DE ALDA ESPÍRITO  SANTO  - VEJA OS PORMENORES DA REPORTGAEM NESTE SITE,


 
O escultor santomense, Zeme Gracias, atualmente radicado em Portugal, vai apresentar um conjunto escultórico em homenagem à escritora são-tomense , Alda do Espírito Santo no Parque dos Poetas, inspirado no poema Lá no Água Grande  – A inauguração está prevista para as 18.30 de Hoje.

Alda Espírito Santo (1926-2010) e o português António Feijó (1859-1917). São já 60 os poetas portugueses (50) e de países ou territórios de expressão portuguesa que moram no magnífico jardim que se estende ao longo de 22,5 hectares.

O escultor santomense Zémé é o autor do conjunto escultórico dedicado à sua compatriota; e Chartres de Almeida assina a escultura de homenagem ao poeta António Feijó.



Uma das três  esculturas
Concebido no início dos anos 90, o Parque foi ganhando forma ao longo doa anos sendo hoje uma zona verde marcante e de visita obrigatória na região da Grande Lisboa.

O parque foi evoluindo em três fases divididas ao longo de 22,5 hectares entre os núcleos urbanos de Paço de Arcos e Oeiras, contando com peças de estatuária de mais de 40 escultores, representando 60 poetas de diferentes épocas literárias

Parque dos Poetas é um espaço multifacetado, já que concentra no mesmo recinto, actividades culturais, desportivas e ambientais, desfrutando de uma vista deslumbrante sobre o rio Tejo e sobre o Atlântico. https://www.diarioimobiliario.pt/Actualidade/Oeiras-Alda-Espirito-Santo-e-Antonio-Feijo-chegam-ao-Parque-dos-Poetas





Lá no "Água Grande" a caminho da roça
negritas batem que batem co'a roupa na pedra.
Batem e cantam modinhas da terra.


Cantam e riem em riso de mofa
histórias contadas, arrastadas pelo vento
Riem alto de rijo, com a roupa na pedra
e põem de branco a roupa lavada.


As crianças brincam e a água canta.
Brincam na água felizes...
Velam no capim um negrito pequenino.


E os gemidos cantados das negritas lá do rio
ficam mudos lá na hora do regresso...
Jazem quedos no regresso para a roça.
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NASCEU EM S. TOMÉ, A 30 DE ABRIL DE 1926 E FALECEU EM LUANDA, A 9 DE MARÇO DE 2010 " Combatente da luta pela independência nacional, poetisa, considerada expoente máximo do nacionalismo são-tomense, pós independência. Alda Graça, morreu em Angola para onde foi evacuada desde a última semana

por razões de saúde. Morreu na terra dos seus compatriotas de luta pela independência nacional, como Mário Pinto de Andrade. Um dos nomes de Angola que Alda Graça muitas vezes citou nas suas intervenções públicas. - Palavras do Téla Nón em 9 de Março de 2010, por ocasião da sua morte

Frisando que "Tombou uma das últimas referências da sociedade são-tomense. A notícia da morte de Alda do Espírito Santo numa clínica em Angola, para onde foi evacuada na última semana, chegou no meio da manhã, e encontrou a maioria dos são-tomenses prevenidos. Aos 83 anos de idade o estado de saúde de Alda Graça, era preocupante

Foi evacuada na última semana para Angola. Submetida a uma intervenção cirúrgica acabou por não resistir por mais tempo.

Desde a juventude que Alda Graça do Espírito Santo viveu numa residência humilde na Chácara, arredores da capital São Tome. No ano passado disse ao Téla Nón que só sairia da sua casa de Chácara para o descanso eterno no cemitério do alto São João
"A poetisa que imortalizou o massacre de 1953 no poema TRINDADE, marca presença em todos os momentos de São Tomé e Príncipe, através da letra do hino nacional de que ela é autora. Expoente máximo da literatura são-tomense, uma referência nacional, que no entanto nunca aceitou elogios. «Acho um exagero da vossa parte, porque eu não me considero monumento nenhum. O monumento é o povo, o monumento é o país, monumento é aquilo que nós queremos construir. De forma que a vanglória é qualquer coisa que não faz parte de mim mesma», disse Alda Graça em Abril de 2009, a quando da homenagem prestada a ela por ocasião do 83º aniversário.

Foi membro do governo de transição que conduziu São Tomé e Príncipe a Independência, como Ministra da Educação e Cultura, mais tarde assumiu a pasta da inform1ação e cultura. Fez dois mandatos como Presidente da Assembleia Nacional Popular.

Criou a União dos Escritores e Artistas São-tomenses, onde até Fevereiro último trabalhava na criação de novos valores para literatura são-tomense. «Tenho imensa pena, lamento não ter tido a capacidade de fazer para o meu país, aquilo que eu gostaria de ter feito. De poder por exemplo, encontrar a nossa cidade de São Tomé, erguida a medida dos seus moradores. Precisamos valorizar o que é nosso», afirmou Alda Graça em Abril de 2009. - Téla Nón
ABEL VEIGA .

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