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sábado, 11 de dezembro de 2021

Poetizas São-Tomenses. Olinda Beja e Conceição Lima, as musas inspiradas, animam récitas poéticas e concursos nacionais e internacionais ´

JORGE TRABULO MARQUES - JORNALISTA 


Conceição Lima,  foi uma das 4 vencedoras do Concurso Poemas em Tradução 2021com o poema “Afroinsularidade”, traduzido por David Shook, organizado pela revista Words Without Borders, em parceria com a Academia Americana de Poetas, que agora a União Nacional dos Escritores e Artistas Santomenses, homenageou por ocasião do seu 60ª aniversário, com o lançamento do livro ”SESSENTA GRAVANAS PARA CONCEIÇÃO LIMA”.

No dia 8 de Dezembro, a UNEAS – União Nacional dos Escritores e Artistas Santomenses, em alusão a 60º aniversário da poetiza CONCEIÇÃO LIMA, uma das destacadas fundadoras da União, fez-lhe uma edificante homenagem, lançando o livro ”SESSENTA GRAVANAS PARA CONCEIÇÃO LIMA”.

Tendo o poeta, Albertino Bragança, presidente da UNEAS, lhe dedicado estas calorosas palavras  .


“Cumpre-me nesta nota de abertura da obra alusiva à edificante homenagem a Conceição Deus Lima afirmar que é com um sentimento de delicioso e profundo reconhecimento que escrevo estas breves linhas, pois trata-se de honrar aquela que, através de textos de sua autoria, vem há muito enobrecendo as letras santomenses, pela aprimorada e profunda abordagem que faz da realidade do país que a viu nascer. Algo que vem sendo articulado com meticuloso esmero, contribuindo para reforçar em nós a ideia da idiossincrasia são-tomense como um entreposto de culturas que se juntaram para se constituir no elemento fundamental da matriz identitária do país.

Outro aspecto a assinalar numa obra em que predomina a inteligência e a tónica de uma assinalável estética poética - nem sempre muito à mercê do entendimento do leitor menos prevenido -, é a marca consciente de um nacionalismo e humanismo a toda a prova, bem como a resistência às crenças e superstições que amarfanham e desvirtuam a realidade. Daí, pressentir-se nela a subtil esperança de que “há-de nascer de novo o micondó/belo, imperfeito, no centro do quintal/À meia-noite, quando as bruxas povoarem okás milenários/e o kukuku piar pela última vez na junção dos caminhos

 Por sua vez,  Olinda Beja, também ela vencedora de vários prémios literários, representante com   o cantor General João Seria e o duo Filipe Santo & Olinda Beja, de São Tomé e Príncipe no  Festival da Lusofonia no Dubay, continua a editar livros e ser a embaixatriz da poesia das maravilhosas ilhas de S.Tomé e Príncipe, por vários países Lusófonos  

Recentemente, apresentou  a  sua obra “PÉ-DE-PERFUME”, da da chancela da Nimba Edições e coordenação editorial de Luis Vicente, no Centro de Exposições de Odivelas Pé-de-Perfume”, marcadas fortemente pelo cunho da tradição africana da narração oral

Foi destacado quem “Ao lermos “Pé-de-Perfume”, realizamos uma viagem pela historicidade de S. Tomé e Príncipe. Através da cerzidura de um painel social e popular de hábitos, usos, costumes e tradições em que sobressai o quotidiano das suas gentes estampado na magia da palavra, a autora enfatiza lendas e mitos da terra, num exercício de multi-e-interculturalidade que traz à superfície do presente a mestiçagem genética, linguística e cultural do passado acentuada pelas particularidades da insularidade.

Este é um livro irresistivelmente sedutor, pela palavra perfumada de Olinda Beja, tão olorosa como a flor amarela da árvore ylang-ylang que fez do tartarugueiro Baltasar Gógó um “pé-de-perfume” desejado pelas raparigas, no último conto que dá o título à obra – Disse  Por Regina Correia.

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