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terça-feira, 13 de setembro de 2022

S. Tomé e Príncipe - Eleições Legislativas e regionais - Começou o carnaval eleitoral com 11 formações políticas ! Ilhas Verdes Pacificas mas as elites fervem na ambição pelo poder com olhar fisgado nas explorações petrolíferas - Vão disputar 55 deputados ao Parlamento são-tomense, em 123 mil eleitores dia 25, incluindo dois da diáspora pelos círculos eleitorais da Europa e de África. Portugal, já enviou boletins de votos. Exemplo raro de pluralismo em África mas também de inútil desperdício.

 Jorge Trabulo Marques - Jornalista 

Na última campanha presidencial, participaram 19 candidatos, e, segundo Tribunal Constitucional, quatro dos quais não apresentaram as contas da campanha e 15  fizeram-no  mas fora do prazo legal – Agora, nas legislativas e da Regional do Principe, a parada também não fica atrás.

ESTÁ EM MARCHA O FOLCLORE ELEITORAL -   Arrancou no último domingo em São Tomé e Príncipe a campanha eleitoral para as eleições legislativas, autárquicas e regional de 25 de setembro. 

A comissão eleitoral pede aos partidos que não adotem mensagens de incitação ao ódio. O presidente da CNE, José Carlos Barreiro, pede serenidade às forças concorrentes para que a campanha eleitoral e votação possam decorrer num clima de paz.  – Nem era preciso dizê-lo: a politica faz extravasar os discursos mas não a ira física. - Em todo o caso, há que evitar que o cheirinho petrolífero não ponha os os olhos em bico.   

Os materiais da Comissão Eleitoral Nacional (CEN) para às eleições de 25 de Setembro em São Tomé e Príncipe chegaram no passado sábado ao País, vindos de Portugal, incluindo entre outros, os boletins de voto e as atas eleitorais”.

OLHOS VIRADOS PARA O PERFUME DOS PETRÓDOLARES VÃO DAR AINDA MAIS COLORIDO AOS COMÍCIOS

 O petróleo ainda não começou a jorrar mas já houve quem se aproveitasse dos negócios  - Pelos vistos, as expetativas com a exploração petrolífera em águas do país,  com a primeira perfuração na Zona Económica Exclusiva (ZEE) parecem acicatar grandemente os olfatos políticos


Onze formações políticas disputam estas eleições, as mais concorridas de sempre. "O Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe/Partido Social Democrata (MLSTP/PSD), que formou a  coligação PCD-UDD-MDFM. a chamada ‘nova maioria’, constituindo um governo, liderado por Jorge Bom Jesus, que, num comício inaugural no distrito de Lobata, na cidade de Guadalupe., apelou ao espírito patriótico dos  militantes do MLSTP e dos eleitores da cidade de Guadalupe e à comunidade piscatória da Praia de Morro Peixe, afirmando que esse espírito permitiu ao país enfrentar e vencer difíceis batalhas nos últimos anos.

São Tomé e Príncipe é nossa terra, nossa vida, nossa paixão. Que faça chuva ou faça sol nós estamos aqui. Na doença ou na saúde nós estamos aqui. Na tristeza ou na alegria estamos aqui. Nós somos daqui, e temos que lutar por São Tomé e Príncipe», declarou o Presidente do MLSTP.

 "Vamos tudo fazer e temos a certa que no dia 25 de setembro teremos bons resultados.", diz Danilo Santos, mandatário do MLSTP-PSD, partido da independência.


A ADI, o maior partido na oposição abriu a campanha para as eleições legislativas, autárquicas e regionais de 25 de setembro, na região sul do país. Caué o maior distrito da ilha de São Tomé, em dimensão territorial, é o menos populoso do país.

Nas eleições de 2018,  elegeu  25 deputados, seguida pelo MLSTP/PSD, que conseguiu 23 assentos, a Coligação PCD-MDFM-UDD, 5 e MCI/PS dois deputados. 



Desta vez, o partido de Patrice Trovoada, expondo a sua imagem em  enormes cartazes, depois de uma ausência de 4 anos, diz o seu mandantário Elisio Teixeira,  que o seu partido  querer apostar na máxima força

No dia 25, também o governo regional do Príncipe vai a votos, concorrendo dois movimentos, nomeadamente UMPP de Filipe Nascimento, e o Movimento Verde do Príncipe/MLSTP/PSD, de Nestor Umbelina.

O movimento político Basta! congrega dissidentes de várias forças políticas e disputa estas eleições com o PCD. Conta com o apoio do presidente da Assembleia, Delfim Neves. Segundo o seu mandatário, Hamilton Vaz, é uma força séria a ter em conta nesta votação.

São Tomé e Príncipe, considerado  um dos países mais pobres do mundo e também um dos mais endividados, sendo que 50% do Produto Interno Bruto (PIB) é assegurado pela comunidade internacional, situação agravada com a pandemia da Covid-19, nem por isso, as suas elites, abrandam aspirações ou reúnem esforços no sentido de haver mais unidade de que desperdício e dispersão.  

Manuel Pinto da Costa, figura de referência do nacionalismo e da fundação do país, ainda, recentemente, num artigo publicado na imprensa local, apelava à unidade e ao diálogo, alertando de  “os santomenses não aguentam mais a décadas de disputas pessoais entre figuras politizadas e grupos de interesses momentâneos, aquartelados nas frágeis guaritas dos múltiplos partidos políticos nascidos prematuros.

“Desde a implantação do regime democrático em STP, as querelas institucionais e politicas se têm revelado como um factor pernicioso ao estabelecimento de um rumo estável para o País

A bem dizer, as Ilhas Verdes do Equador, não são ilhas pobres, visto serem  enormíssimos os seus recursos, tanto nem terra como no mar, só que, nem após 47 anos  de se tornarem num país, soberano e independente, os seus dirigentes lograram superar, em diversos aspetos, a herança colonial, designadamente num melhor aproveitamento das roças e dos seus edifícios.

“Temos 160 vezes mais de mar do que a própria terra e além dos recursos haliêuticos [pesca], temos esperança na exploração petrolífera ao nível da nossa zona económica exclusiva, há grandes expectativas nesse sentido", palavras de Jorge Bom Jesus,  no âmbito da visita oficial que o PM realizou a Cabo Verde

De facto, houve grandes avanços no ensino, nos aspetos culturais e na recuperação de uma identidade, no entanto, nem por isso, se conseguiram criar melhores condições de vida à grande generalidade das suas populações – Realmente é um dos países de África, onde a fome não se revela  nos rostos, geralmente simpáticos e sorridentes, ou nas barrigas esventradas ou esqueléticas de outros países africanos, já que, em qualquer altura do ano, nunca falta hortaliça e  frutos na floresta – Banana, fruta-pão, jaca, safús, izaquentes, porcos e galinhas por todo o lado.   

 

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