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quarta-feira, 12 de outubro de 2022

Guiné Equatorial de Parabéns – Celebra hoje o 54º aniversário da sua independência, já com a pena de morte abolida – Proclamada em 12 de outubro de 1968, como nação livre, pelo Governo da ditadura franquista – Colónia Portuguesa de 1471 a 1778 - Cedida a Espanha pelo tratado de San Ildefonso – País membro da CPLP; desde de 2014

 Jorge Trabulo Marques - Jornalista 

É mais um ano em que nos sentimos cheios de alegria e orgulho, porque esta Independência Nacional que desfrutamos hoje não foi um presente dos colonialistas, mas representa a dura luta, resistência nacional e sacrifício de muitos equatoguinenses que nos precederam e que deram suas vidas para o nascimento desta Nação. Um heroísmo que levaria à concessão da Independência Nacional da Guiné Equatorial pela metrópole espanhola, em 12 de outubro de 1968. - Palavras do Presidente Obiang Nguema Mbasogo, divulgadas na página oficial do Governo da Guiné Equatorial,  na véspera das comemorações do 12 de Outubro de 1968

Ou seja, menos de um mês depois de Teodorín Obiang, vice-presidente equato-guineense, ter anunciado a abolição da pena de morte,  considerando a decisão como um passo "histórico" para o seu país, cujo artigo 26.º do capítulo I, 

Lisboa - Julho 2022

relativo às penas em geral, determina que, “na aplicação das penas, fica totalmente abolida a pena de morte na Guiné Equatorial”. A medida foi divulgada a cerca de dois meses das eleições legislativas e presidenciais, mas já era esperada desde 2014, ano em que a Guiné Equatorial aderiu à Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).



Com o Emb. Tito Mba Ada -Num 12 de Outubro

Várias foram várias as personalidades, internacionais e nacionais que, entretanto, já  enviaram mensagens de felicitações ao Presidente da República, H.E. Obiang Nguema Mbasogo, por ocasião da celebração em 12 de outubro do Dia da Independência Nacional.

Tendo sublinhado, no discurso já divulgado, que, nessa luta, a Comunidade Internacional foi nossa aliada e com a declaração das Nações Unidas sobre a concessão de independência aos países e povos colonizados em 1960, que foi o fim dessa fase desagradável de colonização estrangeira, descrita como um Crime de Dói humanidade.


Em recente gala dos prémios Lusofonia

É por isso que devemos celebrar este acontecimento com alegria, porque a República da Guiné Equatorial completa cinquenta e quatro anos, e devemos olhar para o nosso futuro com otimismo, porque apesar de sermos uma Nação jovem, estamos a dar passos e avanços gigantescos para o nosso futuro brilhante."

A Guiné Equatorial foi admitida, e com inteira justiça,  a 23 de julho de 2014 como membro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), na X cimeira de chefes de Estado e de Governo da organização, em Díli, concluindo um processo de dez ano

Lisboa - -Presidente Obiang com o Presidente Marcelo


De referir  que os primeiros europeus a explorar as quatro ilhas do  golfo da Guiné, (1470-71-72) S: Tomé e Participe, Ano Bom e Fernando Pó, foram os navegadores portugueses, co
mandados por João de Santarém, Pero Escobar e Fernando Pó
 nome pela qual passaria a ser conhecida a atual Ilha de Bioko, depois de ter sido inicialmente batizada por Ilha Formosa, talvez  devido  à  formosura luxuriante  da sua vegetação, tal como, de resto,  ainda hoje se apresenta aos olhos maravilhados dos visitantes 
Lisboa . Julho 2022

Associo-me e congratulo-me, com muito gosto, às várias felicitações dirigidas ao Presidente Obiang Nguema Mbasogo, pela comemoração  desta tão importante e símbólica  efeméride, do 54º Aniversário da Independência Nacional, no dia 12 de outubro, com os meus votos de que Deus o proteja e que nunca lhe falte a saúde para continuar a liderar os  destinos do seu país, em prol do seu progresso e bem-estar das suas populações. 

Bem-haja por me ter dado a honrosa e gratificante oportunidade de lhe agradecer pessoalmente a nobreza e o humanismo do seu gesto, na receção que me concedeu, em Lisboa, durante a sua estadia na participação da conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos

Estive em Malabo e em Bata, em Julho de 2017, no Congresso VI Congresso do Partido Democrático da Guiné Equatorial, para lhe testemunhar publicamente a minha gratidão, mas, agora, pude fazê-lo com um caloroso aperto de mãos

Embaixador Tito Mba Ada
Obrigado, uma vez mais, também à cortesia do diplomataTito Mba Ada,  Embaixador Extraordinário e Plenipotenciário da Guiné Equatorial em Portugal, a quem fico a dever a cortesia daquela viagem ao seu maravilhoso país, em 2017

Sim, de modo algum  posso esquecer o gesto magnânimo e humanista, do então jovem Tenente-Coronel, que, quatro anos antes libertar o seu país do despotismo de seu tio, Francisco Macias, me mandou libertar da cadeia e do caminho para a execução, por alegada suspeição de espionagem, quando ali aportei numa frágil piroga, após 38 dias de tormentoso calvário

A Guiné Equatorial, foi liderada por Francisco Macías Nguema, de 1968 a 1979, que ficou conhecido por ter elogiado publicamente a figura de Adolf Hitler. - O número de mortos sob a ditadura de Macías, estima-se entre 50.000 e 80.000, ou, dito de outro modo, entre 1/6 e 1/4 de uma população de umas 300.000 pessoas - A 3 de agosto de 1979, seu sobrinho Teodoro Obiang Nguema Mbasogo organizou, com a ajuda de parte do exército, um golpe de estado que derrubou


Após ter acostado num recanto de uma pequena praia de Bococo, encaminhei-me por trilho da floresta, amparado a um tosco pau, indo dar a uma finca de cacau, onde fui bem acolhido – Mas depois as autoridades, ao terem conhecimento, levaram-me para a esquadra de Bococo, onde me enfiaram num horrível calabouço subterrâneo, juntamente com dois casais de trabalhadores nigerianos e as suas crianças


Graças a Deus estou vivo e o devo ao humanismo e à compreensão do então Comandante Obiang, atual Presidente, que, no dia em que ia ser executado, me chamou ao seu gabinete, quando, pouco depois de sair acorrentado da minha estreita e nauseabunda cela, um inesperado telefonema, soando no corredor, ordenou ao Comissário da cadeia, que seguia a liderar a minha execução com dois guardas, fosse levado à sua presença.

"Fernando Pó, o navegador português que, em 1471/2, aportou à ilha, agora chamada de Bioko, verificou que já era habitada. No entanto, como a desenhou nos mapas de navegação, esta ficou com o seu nome durante séculos. (…) As ilhas que constituem a actual Guiné Equatorial não tiveram alteração desde que Espanha tomou posse delas. Mas, no referente à parte continental, chamada de Rio Muni ou Mbini, só em 1900 ficou definida, pelo convénio Franco Espanhol dessa data.
Inicialmente, em 1777, pelo Tratado de San Ildefonso, Portugal cedia a Espanha no Golfo da Guiné as ilhas já mencionadas, e a exploração do litoral continental entre os Cabos Formoso e o Lopez. Este acordo foi ratificado pelo Tratado d’El Pardo, de 1778, o qual constituiu a base jurídica da presença espanhola no continente africano, nas latitudes da Guiné equatorial. encontra-se a capital Malabo, antigamente chamada de Santa Isabel, pelos espanhóis.- Excerto de https://www.revistamilitar.pt/artigo/1073

Palavras do Embaixador Tito Mba Ada - há dois anos, em Bata 


Jorge Marques  com o Embaixador Tito Mba Ada

Tendo declarado que “Portugal é um dos países que beneficiou da integração da Guiné Equatorial na CPLP, em termos de negócios”. “Temos muitas ligações antigas com Portugal, e a Comunidade é uma prioridade para a Guiné Equatorial, e queremos que todos os dias venham portugueses conhecer este belo país 

“Cremos que muitos portugueses não conhecem a Guiné Equatorial. Têm que vir conhecer a Guiné Equatorial, investir na Guiné Equatorial, conhecer os guineenses, e trabalhar juntos, porque juntos somos mais fortes e competitivos” – Declarou-me,  o Embaixador Tito Mba Ada, numa honrosa e interessante entrevista, que me concedeu  no Centro de Conferências de Ngolo, em Bata, no encerramento do VI Congresso Ordinário do Partido Nacional Democrático da Guiné Equatorial, que decorreu, na primeira semana de julho, em ambiente de calorosa e significativa participação,  com transmissões diretas da televisão nacional e   das várias cadeias estrangeiras,   sob o Lema A Renovação Continuidade

Tito Mba Ada, que é também representante da missão permanente da Guiné Equatorial junto da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), reside em Portugal, pais pelo qual se confessa apaixonado:

E, na verdade, nos dias em que ali estive, senti-me tranquilo e feliz – Quer em Malabo, quer em Bata, Cidade portuária da Guiné Equatorial, capital da Província continental, Mbini (antiga colónia espanhola de Río Muñi)l e  segunda maior cidade do país.- Naquela que é também classificada como a “suíça africana”  - Pelo rasgo e criatividade arquitetónica dos seus edifícios, das suas largas e belas  avenidas marginais, praias de areia fina a perderem-se de vista, a curta distância por excelentes estradas – Creio que mais  livre e mais segura que a generalidade das capitais europeias  – Sim, nos dias em que ali estive, senti-me tranquilo e feliz – Naquela que é também classificada como a “suíça africana”  - Pelo rasgo e criatividade arquitetónica dos seus edifícios, das suas largas e belas  avenidas marginais, praias de areia fina a perderem-se de vista, a curta distância por excelentes estradas – Cremos que mais  livre e mais segura que a generalidade das capitais europeias



Foram navegadores portugueses os primeiros europeus a explorar o golfo da Guiné, em 1471. Fernão do Pó situou a ilha de Bioco nos mapas europeus nesse ano, ao procurar uma rota para a Índia: ele baptizou a ilha Formosa (no entanto, foi no início conhecida pelo nome de seu descobridor).As ilhas permaneceram em mãos portuguesas até Março de 1778.

Depois do Tratado de Santo Ildefonso (1777) e do Tratado de El Pardo (1778), as ilhas foram cedidas a Espanha, juntamente com os direitos de livre-comércio num sector da costa do Golfo da Guiné entre os rios Níger e Ogoué. Em troca, Portugal recebia garantias de paz em diversas zonas de influência da América do Sul, como a retirada espanhola da Ilha de Santa Catarina e a demarcação de fronteiras no Brasil, mas renunciava à Colônia do Sacramento e aos direitos sobre as Ilhas Marianas e Filipinas. Em 1909, as colónias espanholas de Elobey, Ano Bom, Corisco, Fernando Pó e Guinea Continental Española foram unidas sob uma administração única, formando os Territorios Españoles del Golfo de Guinea ou Guinea Española. Em 1935, a colónia foi subdividida em dois distritos: Fernando Pó (a ilha de Ano Bom, com a capital Santa Isabel) e Guinea Continental (com a capital Bata, e as pequenas ilhas de Corisco e Elobey). Em 1960, os dois distritos tornaram-se províncias ultramarinas de Espanha e designadas Fernando Póo e Rio Muni. Em 1963, as províncias foram combinadas na região autónoma da Guinea Ecuatorial e, finalmente, em 12 de outubro de 1968, tornaram-se num país independente.


 

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