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sábado, 16 de setembro de 2023

São Tomé e Príncipe e a desova das tartarugas marinhas - Atrai cinco das sete espécie existentes no mundo - E podia ser o maior santuário mundial se não fosse a caça furtiva- A Bióloga Sara Vieira – Nacionalidade Portuguesa - através do programa Tatô, está a capacitar 47 agentes, alguns dos quais novos, em sua proteção .

                                               Jorge Trabulo Marques - Jornalista e investigador 



As tartarugas marinhas existem há mais de 150 milhões de anos,  conseguiram sobreviver a todas as mudanças do planeta, mas atualmente são dos seres mais vulneráveis do planeta. De acordo com estimativas cientificas, de 1000 filhotes nascidos, apenas um chega à idade adulta.

"E o grande problema das tartaruguinhas é que, se elas desaparecerem, nós também vamos ficar com o ecossistema marinho mais pobre – Reconhece a bióloga, Sara Viera,  frisando que a sua importância ecológica é muito grande, principalmente nas zonas de recrutamento dos peixes, onde os peixes se vão reproduzir e desenvolver"

A época de desova das tartarugas em S. Tomé e Príncipe vai de Setembro a Abril. Este ano a preocupação é para que haja maior reprodução possível das quatro espécies que desovam no arquipélago. É neste quadro que o programa Tatô, que trabalha na proteção das tartarugas está a capacitar 47 agentes, alguns dos quais novos - Refere o jornal Téla Nón

«Para saberem lidar com situações de captura nas praias e também, se houver uma subida de tartaruga para fazem o devido acompanhamento no processo de desova»– disse Vencislau Soares, assistente técnico do programa Tatô.


Durante a minha estadia, em S. Tomé, emMarço de 2016, tive  o prazer de ter oportunidade de visitar as instalações da  ONG Marapa, uma das principais parceiras da ATM em são Tomé e Príncipe, uma organização não governamental e sem fins lucrativos, que trabalha em regime de voluntariado, pugnando pela conservação das tartarugas marinhas, assim como de assistir à largada, na praia Jalé, ao sul da Ilha, de S. Tomé, de algumas centenas de pequenas tartarugas, acabadas de sair de um ninho do centro incubador para onde são recolhidos os ovos, quando as tartarugas ali vão desovar, de modo a serem protegidos dos predadores e de outras ameaças. 

A coordenar o projeto, está a bióloga, Sara Vieira, sem dúvida,  uma verdadeira peregrina em defesa da proteção das tartarugas marinhas, palmilhando as praias de norte a sul, Micolóló, Fernão Dias. Morro Peixe,  Santana, Porto Alegre e outras praias - Além de ficar a conhecer uma personalidade de uma grande generosidade, um coração sensível, dedicado e amoroso, bem como de  também poder saber das suas preocupações, em relação à falta de mecanismos capazes de uma fiscalização eficaz - Pois teme que a lei, que foi aprovada. se transforme numa lei morta e a matança das tartarugas persiga.. 



EXISTEM HÁ MILHÕES DE ANOS - MAS HÁ ESPÉCIES QUE ESTÃO EM VIAS DE EXTINÇÃO

As tartarugas marinhas existem há mais de 150 milhões de anos,  conseguiram sobreviver a todas as mudanças do planeta, mas atualmente são dos seres mais vulneráveis do planeta. De acordo com estimativas cientificas, de 1000 filhotes nascidos, apenas um chega à idade adulta.

"E o grande problema das tartaruguinhas é que, se elas desaparecerem, nós também vamos ficar com o ecossistema marinho mais pobre – Reconhece a bióloga, Sara Viera,  frisando que a sua importância ecológica é muito grande, principalmente nas zonas de recrutamento dos peixes, onde os peixes se vão reproduzir e desenvolver"


De facto, São Tomé e Príncipe podia ser o maior santuário mundial da desova de tartarugas marinhas, já que, das sete espécies existentes no mundo, cinco são atraídas pelas maravilhosas praias das Ilhas Verdes do Equador -  Tantas como as que se dirigem à costa brasileira, sendo que, quer no outro lado do Atlântico, quer nas duas Ilhas do Golfo da Guiné, duas espécies estão em risco de extinção




As tartarugas marinhas, além de contribuírem para o equilibro do biodiversidade, podiam trazer grandes dividendos turísticos e à investigação científica e ambiental,  bem maiores da atracão que, atualmente,  já exercem, aos visitantes que demandam as praias para assistirem à  maravilhosa largada dos ninhos em direcção ao mar, porém,  as organizações, que, em regime de voluntariado,  proporcionam a incubação dos seus ninhos, em lugares protegidos, ainda se vêm a braços, tanto  com falta de apoios, como, sobretudo, pelas capturas indiscriminadas para o consumo da sua carne.


Em 2014, foi aprovado pelo Governo de São Tomé e Príncipe. uma lei sobre a captura e comercialização de tartarugas marinhas – Considerada, então, pelas organizações ecologistas, uma grande vistoria – Mas o receio da bióloga Sara Viera, a coordenadora dos projetos científicos e de fiscalização, é que se transforme numa lei morta: não basta que a lei tenha sido vertida ao papel: é preciso fiscalizar porque é um problema realmente muito grande. Não são somente quatro ou cinco pessoas que capturam tartarugas marinhas, são centenas de pessoas que dependem desta atividade como meio de subsistência", explicou Sara Vieira, pelo que a bióloga defende um "maior compromisso" do Governo para ajudar a encontrar alternativa económicas para essas pessoas, porque caso contrário "essa captura nunca vai acabar".


 Ilha de São Tomé - Momento maravilhoso da largada de um ninho de tartarugas em direção ao oceano, junto à linha do Equador na Praia Jalé - Recanto de um paraíso rodeado de coqueiros, areia fina, dourada e macia, a perder-se por extensa superfície de um azul esmeralda de água quente, brilhante e cristalina – Um raro privilégio que jamais se apagará da retina de quem o contempla -


Carne e ovos de tartaruga à venda 

(Atualização) – Boa Noticia) Mas há resultados positivos. São Tomé e Príncipe: “Palayes” incentivadas a abandonar a venda de carne de tartarugas
26/01/2017  A Associação de Conservação das Tartarugas Marinhas em São Tomé e Príncipe está a criar outras fontes de rendimento para as mulheres “Palayes” do arquipélago que comercializam a carne de tartarugas marinhas.
Há três anos que a associação presidida por Sara Vieira em parceria com a organização São-tomense Marapa trabalha para mudar o comportamento da população no que toca à comercialização e consumo de carne e derivados de tartarugas marinhas.
A tarefa é difícil tendo em conta a situação de pobreza da maioria da população marcada pelo desemprego e baixos rendimentos.
Mas há resultados positivos.

A bióloga Vieira, que é filha do Presidente do clube de futebol Sport Lisboa e Benfica, garante que nos últimos anos há menos pessoas a capturar as tartarugas marinhas. São Tomé e Príncipe: “Palayes” incentivadas a abandonar a venda de

02/01/2016A tartaruga Sada, uma das cinco espécies existentes em São Tomé e Príncipe, pode desaparecer "em menos de cinco anos", correndo também outras quatro espécies "um sério risco de extinção Tartaruga Sada vai desaparecer em São Tomé - Correio da Manhã



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