(ATUALIZAÇAO) O céu da praia do Meco, que
estava carregado de nuvens espessas e escuras, encheu-se neste sábado à tarde
de balões, numa homenagem aos jovens que, em Dezembro do ano passado, foram
colhidos por uma onda. Seis minutos de silêncio por cada uma das vítimas, palavras
comovidas de quem os conheceu de perto e flores deixadas na espuma do mar foram
outros momentos que pontuaram a cerimónia. Balões no céu e
flores no mar do Meco em homenagem aos seis estudantes que
morreram
O brilho habitual das areias macias e douradas da extensa Praia do Moinho de Baixo, no Meco, em Sesimbra, está envolto de luto - Em vários pontos do areal, durante o dia, há corações onde paira uma expectativa de muita dor, tristeza e lágrimas - Um grupo de sete jovens resolveu deambular o resto da madrugada do passado Domingo e todos foram apanhados por um enorme vagalhão - Segundo as notícias, além do rapaz que sobreviveu e do corpo que foi encontrado na manhã de domingo, continuam desaparecidos cinco estudantes da Universidade Lusófona de Lisboa. As buscas marítimas foram suspensas ao cair do sol, mantendo-se apenas as equipas em terra".
A perda de vidas no oceano,
seja junto à praia ou ao largo, é sempre uma tragédia que não
deixa de impressionar, seja quem for - Na
memória coletiva pairam muitos mistérios e assombrados fantasmas sobe a
vastidão e a violência do mar. - Mas, sobretudo, para as gentes do mar e,
especialmente, para quem viveu de perto o naufrágio ou andou por lá perdido
- tal o meu caso, e ao longo de 38 dias e noites a fio.
Por isso mesmo, nesta
hora dolorosa angustiante e de lágrimas, vivida por familiares,
colegas, professores e amigos - não apenas pela perda de seis jovens na flor da
idade, que uma onda traiçoeira engolira naquela fatídica madrugada -, mas
também pela incerteza de se poderem resgatar ao menos os seus corpos,
decidi dedicar esta postagem, com alguns versos, uns escritos agora (com o pensamento mergulhado na aflição e na dor de quem sente de
perto essa tragédia), outros, que fui buscar ao baú da minha odisseia
de antigo náufrago - Sim, também fui poeta à minha maneira - E o que é senão uma forma de expressão poética! - mesmo até sem versos - para quem
vive solitário e perdido no coração das vagas, à mercê dos ventos e das
correntes, abandonado de tudo e de todos - Tal como, enfim, os
desditosos jovens, que, infelizmente, não puderam resistir e
foram tragados pelo vagalhão gigante e traiçoeiro - qual espirro de tsunami, subitamente desentranhado, sabe-se lá de que abissais profundezas! Vindo do mar largo e irrompendo praia afora!
A VAGA DE MORTE E DE LUTO
QUE VEIO DO MAR PELA MADRUGADA
PARA SER RECEBIDA TRAJADA DE CAPA E BATINA
QUE VEIO DO MAR PELA MADRUGADA
PARA SER RECEBIDA TRAJADA DE CAPA E BATINA
"Achei estranho estarem todos vestidos
de igual"
e "trajados" de negro -
Vi-os a descer a estrada
em direção à praia. Só estranhei irem com este frio.
Nesta altura não é costume" -
Mas "iam sossegados!
"A mocidade gosta de ver o mar, de
estar ali a brincar
e a conversar" junto
ao mar! Mas se vier uma grande onda,
"não têm tempo de fugir! Não dão por
nada!"
Eram jovens! - Estudantes, alegres e na flor da
idade!
A morte veio do mar e apanhou-os
desprevenidos e trajados de negro,
sorridentes e sonhadores, capas ao vento, desprendidos de tudo!
- Distraídos dos enormes perigos,
dos ocultos fantasmas,
que, súbito se ergueram de elevado sulco do largo
até à beira da praia!
A morte é sempre assim: - Avara e
traiçoeira, vil e misteriosa,
madrasta e cobiçosa! - Não avisa, nem diz
o dia,
sequer o momento ou tão pouco a ímpia
hora!
Mas, faz das
suas, sempre que vem
encapotada,
solitária,
parda e sombria!
Faz
como agora: leva a vida
e
deixa atrás de si o luto áspero que angustia!
-
A revolta impotente de quem sente a dor sofrida
de
familiares ou amigos.Afinal, perdidos
de
forma tão estranha e tão cobarde!
Oh mas que trágica ironia! Que estranho e desdito signo!
No vagueio duma orla, brilhante, macia e convidativa,
Nas tais horas malditas em que o mar obcecado de naufrágios,
e à luz sideral e fulgente da lua, traga e cava funda negra sepultura!
Oh mas que traiçoeiro e horrível destino! Que mais vil e desdita ventura!
Ó espíritos ousados, desprotegidos da sorte, possuídos de má fortuna!
Nas tais horas malditas em que o mar obcecado de naufrágios,
e à luz sideral e fulgente da lua, traga e cava funda negra sepultura!
Oh mas que traiçoeiro e horrível destino! Que mais vil e desdita ventura!
Ó espíritos ousados, desprotegidos da sorte, possuídos de má fortuna!
De impetuosos espaços, transbordantes de vagas e estrelas esbanjadas!
Dizem que foi apenas uma onda! Descomunal, fulgurosa e grotesca!
A volúpia cruel, o som estridente da insidiosa "onda cavaleira"
que vos arrebatou e apanhou desprevenidos,
que vos arrebatou e apanhou desprevenidos,
quando passeáveis à borda da rebentação,
rostos sorridentes, sulcando as suaves areias,
sob fresca e pura brisa, soltos e felizes,
corações enamorados, sôfregos de emoções,
alheios de tudo! - Dos companheiros que deixáveis
para trás da grande noitada! - Indiferentes ao arrepio
do arrefecimento nocturno, ao perigo
que podia vir do fundo das solidões,
da sua teia mais sinistra e obscura!
Lá íeis, imbuídos na vossa alegre e fugaz algazarra,
rostos sorridentes, sulcando as suaves areias,
sob fresca e pura brisa, soltos e felizes,
corações enamorados, sôfregos de emoções,
alheios de tudo! - Dos companheiros que deixáveis
para trás da grande noitada! - Indiferentes ao arrepio
do arrefecimento nocturno, ao perigo
que podia vir do fundo das solidões,
da sua teia mais sinistra e obscura!
Lá íeis, imbuídos na vossa alegre e fugaz algazarra,
curtindo o resto da noite - Embalados pelo marulhar
refulgente da maresia e talvez pelo grasnar
de intrépidas gaivotas! Sonoros piares,
vozes misteriosas e aziagas! - Pronúncios
de avisos madrastos a que talvez não désseis ouvidos!
refulgente da maresia e talvez pelo grasnar
de intrépidas gaivotas! Sonoros piares,
vozes misteriosas e aziagas! - Pronúncios
de avisos madrastos a que talvez não désseis ouvidos!
Sim, lá caminháveis, exaltados, libertos do destino, alegres e folgazes
fraternos e deslumbrados, erráticos de desmesurado enlevo,
impelidos por Neptuno - Atraídos por hipotético Olimpo!
Brincando e curtindo serenas corredias sob um gélido e pálido luar
num grande abraço de camaradagem envolvente, apaixonado e amigo,
vivendo talvez a fugaz aventura ou a fuga do sonho mais lindo e descontraído!
fraternos e deslumbrados, erráticos de desmesurado enlevo,
impelidos por Neptuno - Atraídos por hipotético Olimpo!
Brincando e curtindo serenas corredias sob um gélido e pálido luar
num grande abraço de camaradagem envolvente, apaixonado e amigo,
vivendo talvez a fugaz aventura ou a fuga do sonho mais lindo e descontraído!
Até que, por fim, abandonando a longa e curtida madrugada,
e, talvez , já com os olhos mergulhados nos esplendores da luz diurna,
pudésseis voltar ao querido lar das vossas famílias,
esquecendo a aventura da fria mas apaixonada noitada
e dar também por feliz o repouso de uma manhã tranquila em casaesquecendo a aventura da fria mas apaixonada noitada
Grande e desmedido é, pois, o poder dos deuses!
Porém, a vida é breve, muito frágil e efémera! - Há que celebrá-la
e vivê-la com amor fervoroso e fulgurosa intensidade!
- E, os olhos jovens e límpidos, impelidos pelo fogo divino,
e vivê-la com amor fervoroso e fulgurosa intensidade!
- E, os olhos jovens e límpidos, impelidos pelo fogo divino,
são livres e furtivos, o seio da noite exulta-os,
as sombras cativa-os na languidez do seu delírio!
as sombras cativa-os na languidez do seu delírio!
até ao clarear da hora mais sublime do romper do dia!
Calcorreando orla fora, lado a lado às espumosas ondas
com a refulgente duna um pouco mais acima,
indo e rindo! - Ora saltando, ora galhofando,
talvez fugindo, de quando em quando,
à efervescência das vagas mais atrevidas,
pontapeando, tropeçando na extensa toalha brilhante e macia
de Moinho de Baixo, no Meco. - Mesmo fria,
que bela alvorada domingueira não seria!...
Ó Deus! Mas que distração foi a deles ou a
Vossa?!
Onde estáveis?!... O que, em verdade, se passou?!.
Por que não lhes estendeste o vosso piedoso olhar
ou a vossa divina mão?!.. Que profana heresia
ou má fortuna foi aquela! Que, dos sete jovens
que ali foram dar largas à sua inocência e espírito
de descoberta e de aventura, apenas um deles
veio dar a trágica noticia da sua desventura!
Por isso, já que não tiveste o devido amor
ou compaixão merecida pelos vivos,
que jazem abandonados, esquecidos
no fundo ou à flor das águas,
ao menos, olhai pelos mortos,
apiedai-vos da dor infinda e dura
das angustiadas almas que vos suplicam
pela devolução dos seus miseráveis corpos!
ou a vossa divina mão?!.. Que profana heresia
ou má fortuna foi aquela! Que, dos sete jovens
que ali foram dar largas à sua inocência e espírito
de descoberta e de aventura, apenas um deles
veio dar a trágica noticia da sua desventura!
Por isso, já que não tiveste o devido amor
ou compaixão merecida pelos vivos,
que jazem abandonados, esquecidos
no fundo ou à flor das águas,
ao menos, olhai pelos mortos,
apiedai-vos da dor infinda e dura
das angustiadas almas que vos suplicam
pela devolução dos seus miseráveis corpos!
Eu, humilde navegante e aventureiro,
em viagens sob azuis de além mar,
e em águas erguidas em revolta,
ou em podres calmarias de inquietar,
aqui vos evoco, aqui vos recordo,
como quem conhece a ânsia da partida
e, depois, em noite infinda, em noite morta,
apenas tem por companhia céu e mar
em negro mar de véu a tristeza infinda,
Eu, que, um dia, algures na imensidão do Golfo
da Guiné
cheguei a experimentar o pesado negro véu da
aflição,
o sufoco da vertigem do tropel assombroso das escuras águas,
quando, em plena noite alta, solitária e vazia,
caía da minha frágil canoa, surpreendido,
não pela maré mas rendido ao sono e cansaço,
abandonando o tosco remo, dormente e desamparado
envolvendo-me de seguida no mais confuso remoinho das águas!
Oh sim! Por isso mesmo, ó jovens desafortunados!
Compreendo e sinto a vossa trágica e maldita hora!
Aquela que vos traiu, arrebatou e engoliu engalfinhou
no sorvedouro infernal de mais medonha e fantasmal vaga!
no sorvedouro infernal de mais medonha e fantasmal vaga!
- Eu salvei-me a custo - é verdade. E só Deus sabe
a incerteza e os tormentos por que passei naquela noite
em que o tecto do céu e o mar, quase se tocavam
num veloz e assombroso movimento,
como se não houvesse céu e mar mas vertigem e caos!
em que o tecto do céu e o mar, quase se tocavam
num veloz e assombroso movimento,
como se não houvesse céu e mar mas vertigem e caos!
Quão aflitivos e difíceis não foram aqueles infinitos
momentos por mim vividos! -Todavia,
safei-me! Foram superados!
momentos por mim vividos! -Todavia,
safei-me! Foram superados!
Felizmente, não conheci o trágico destino,
que tão cedo da vida vos suprimiu e amortalhou!
Mas, facilmente, imagino a vossa infeliz
fatalidade!
O sofrimento rápido mas cruel, inesperado e inaudito!
A surda aflição, abafada e afogada, que vos tomou!
Escuto, e vejo erguer-se e a subir a grande montanha de água!
Que subitamente se eleva e vos esmaga, envolve e remove!
Que subitamente se eleva e vos esmaga, envolve e remove!
Num abraço espasmódico, convulsivo, hediondo e mortal!
Apanhando-vos distraídos! - Arrastando-vos
cobardamente da orla solitária da praia,
pela qual tranquilamente passeáveis,
engolindo-vos e levando-vos para sempre
Apanhando-vos distraídos! - Arrastando-vos
cobardamente da orla solitária da praia,
pela qual tranquilamente passeáveis,
engolindo-vos e levando-vos para sempre
no mais louco e arrebatador rodopio!
Nitidamente vejo, como se revisse a minha memória,
o peso avassalador de espumosas e enormes massas de água,
a desfazerem-se de um só vagalhão, em sucessivos
e monstruosos remoinhos, que, espalhando-se
com furtiva e cega impiedade, vos sugavam,
a desfazerem-se de um só vagalhão, em sucessivos
e monstruosos remoinhos, que, espalhando-se
com furtiva e cega impiedade, vos sugavam,
abandonando-vos ao mais atroz e vil afogamento!
- Tragando-vos com os seus dedos sufocantes, eriçados!
- Tragando-vos com os seus dedos sufocantes, eriçados!
- Sem a menor hipótese ou probabilidade
de sequer um instante de respiração ou de
trégua!
Ó Deus desigual! Ó Deus surdo e infinito!
Ó angústia universal! - Infinita tristeza!,
Ó fenomenal pesadelo! - Sugadouro abissal
de todos os séculos passados e vindouros!
Tu, ó espírito incessante, ó espírito imanente,
que, às vezes, te finges dormente,
quando, ao primeiro instante,
acordas do teu pesadel0 e deferes o golpe fatal,
Ouve o protesto interminável!
Ouve o protesto interminável!
Ouve o pranto da história, nunca ouvida, a história
inarrável!
Ouve a dor submergida de milhões de vidas, o seu
inaudito martírio!
Ouve-lhe o incruento estertor, a penosa agonia,
e guarda-a bem no fundo da tua memória adormecida!
- Porque, o drama a que, impavidamente assististes,
é imortal! . Ó mar das tragédias
ignoradas para todo o sempre!
Ó mar da infausta história que ainda está por
contar!...
Eis, pois, o mar de todos os tempos - Aquele mesmo mar
onde o tempo, tantas vezes, parece eternamente
perpetuar-se,
deter-se infinitamente! - Mas não o mar lânguido ou o
mar chão,
pois este, o mar bonançoso e pacífico, de tão belo, de
tão maravilhoso,
e também de tão igual, quase não faz história,
mas o mar trágico, o mar dos dedos implacáveis,
que, em mil paragens, em fantasmagóricas paisagens,
com as suas eriçadas garras, tão traiçoeiramente
aprisiona e aplaca,
tudo quanto seja alheio ao seu meio! Sim, tantas vidas
humanas sufoca e afoga,
tantos barcos quebra e leva ao fundo! - Ante olhares
atónitos, perdidos,
que, impotentes, aterrorizados, se rendem, soçobram
às tenebrosas investidas, às constantes avalanches!
Que maior pavor que o da criatura humana,
debatendo-se,
aflitivamente, nas entranhas escuras e agitadas das águas!
Mãos enregeladas pelas frias espumas, rostos sufocados e aterrados!
Mãos enregeladas pelas frias espumas, rostos sufocados e aterrados!
Vozes sumidas, roucas, que imploram auxílios impossíveis!!...
Gritos que se perdem e confundem com os rugidos
das vagas, o alarido e os gritos das aves marinhas!!...
das vagas, o alarido e os gritos das aves marinhas!!...
Braços que se estendem inutilmente aos céus!
- Corpos humanos que nadam ou vogam,
enquanto podem, como ébrios vultos ao
acaso!
- Esquecidos da Terra,
do Mundo e de Deus!
Jorge Trabulo Marques - jornalista
As minhas sentidas condolências aos pais e demais familiares e amigos, professores e alunos da Universidade Lusófona - Com estes singelos versos, escritos ao correr do pensamento e do sentimento
.
do Mundo e de Deus!
Jorge Trabulo Marques - jornalista
As minhas sentidas condolências aos pais e demais familiares e amigos, professores e alunos da Universidade Lusófona - Com estes singelos versos, escritos ao correr do pensamento e do sentimento
.
Partida para a terceira e última viagem -1975 - que acabaria por resultar num pesadelo de 38 longos dias
CÃO GRANDE EM SÃO TOMÉ - A GRANDE ESCALADA AO PICO VERTICALhttp://www.odisseiasnosmares.com/2012/02/cao-grande-em-sao-tome-grande-escalada.html
MINHA HOMENAGEM AOS NÁUFRAGOS DO TITANIC - EM
Minha homenagem aos NÁUFRAGOS DO TITANIC - IN MEMORY OF THE TITANIC WRECK náufragos do titanic
Diário de Bordo .... 15ª dia - UM GRANDE BARCO PASSOU AO MEU LADO ***** ******.....17ª Dia - Se me perguntassem qual era o meu maior desejo ..... ....;BIOKO À VISTA -ILHA DO “DIABO”- ......***.;NÁUFRAGO - 18ª DIA – MAIS UM BARCO PASSOU A CURTA DISTÂNCIA ......; 19º Dia – Sinto muita sede ... ...; 20ª Dia Estou envolvido por enorme cardume,...........;21º DIA – “Sinceramente, já tenho pena de ter ferido aqueles tubarões n............;Náufrago 22.º dia - A canoa esteve há pouco à beira de se virar .......;23º Dia -Vi uma borboleta! ..24º Dia - É tubarão!.... Filho da mãe....... 25º dia. Estou cheio de sede e de fome............26ª Dia Não tenho comida. Água também não. . . 27ª dia mar nunca se podem fazer cálculos seguros!...........28º Dia - Grandes vagas alterosas entravam dentro da minha canoa!. . 30º Dia - Não comi nada: limitei-me a comer uma das barbatanas do tubarão. .......... 31º Dia - A canoa a meter água cada vez mais!.... .............. .32º Dia -Estou comendo o coco! Avidamente!... Sofregamente!................33º Dia - Estou exausto!.........Dia 34º - Sinto uma grande dureza no estômago..........35ºDia - Acordei com o barulho de uma enorme baleia aqui próximo da canoa ....36º Dia - Comi a ave que apanhei ontem! (...) Tenho a costa de África muito próxima... É já noite"... Estou a velejar! Estou-me a precipitar como um suicida. Tenho fome! ... Não posso demorar mais tempo!......37ª Dia Estou partido! Tenho o estômago metido para dentro...Estou realmente bastante fraco...
“Por agora, apenas “à espera, de olhos postos no mar. Entre o silêncio, as lágrimas e os abraços prolongados de conhecidos que iam chegando à praia”.
(..)A Universidade Lusófona também decidiu decretar três dias de luto e disponibilizar alguns docentes que leccionam na área da psicologia para darem apoio aos familiares dos alunos que foram vítimas das ondas na Praia de Moinho de Baixo, no Meco. Buscas marítimas suspensas a sul da praia do Meco com cinco jovens ainda desaparecidos…. No Meco, só a rebentação das ondas quebra o silêncio da espera
Administrador da Lusófona
não estranha silêncio: "Já estamos habituados", diz. Estudantes
tinham ido ao gabinete de Manuel Damásio, quarta-feira, entregar prendaTragédia na praia do Meco. Silêncio total das instituições
«De
vez em quando ocorrem ondas maiores do que as ondas normais. O que pode
acontecer é que algumas das ondas normais podem somar-se entre elas dando
origem a ondas maiores, as ondas colapsantes, das quais é muito difícil
conseguir sair», afirmou o comandante ao tvi24.pt. Meco: no sítio errado, à hora errada
"Decorrente das ações de busca dos cinco jovens desaparecidos no passado domingo, 15 de dezembro, na praia do Meco, a corveta Jacinto Cândido, em coordenação com o Centro de Busca e Salvamento Marítimo de Lisboa e a Capitania do Porto de Setúbal, recolheu durante a manhã de hoje um corpo do sexo feminino", lê-se na informação divulgada no 'site' da Marinha.Encontrado o corpo de uma jovem da tragédia do Meco
"Decorrente das ações de busca dos cinco jovens desaparecidos no passado domingo, 15 de dezembro, na praia do Meco, a corveta Jacinto Cândido, em coordenação com o Centro de Busca e Salvamento Marítimo de Lisboa e a Capitania do Porto de Setúbal, recolheu durante a manhã de hoje um corpo do sexo feminino", lê-se na informação divulgada no 'site' da Marinha.Encontrado o corpo de uma jovem da tragédia do Meco
As autoridades encontraram nesta segunda-feira mais três cadáveres do sexo feminino perto da praia do Meco. Segundo a Marinha, tudo indica que poderão ser elementos do grupo de jovens desaparecidos a 15 de Dezembro naquela praia do concelho de Sesimbra. Às 17h45, continuava por resgatar o corpo de um rapaz. Encontrados mais três corpos que serão dos jovens desaparecidos no Meco"
2 comentários :
Sinto-me triste e sem palavras para dizer algo que valha apena aqui dizer sobre esta tragédia, apenas que o meu coração estará de luto até que a alma me doa.
Cumprimentos.
http://umraiodeluzefezseluz.blogspot.com
Obrigado Amigo - Compreendo a sua tristeza. Alguns destes meus versos foram escritos também com lágrimas. Sei que ó António Manuel é um homem do mar - Um grande apaixonada pelo oceano - E tem um site maravilhoso onde nos dá conta de belas imagens.Um grande abraço amigo
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