JORGE TRABULO MARQUES - JORNALISTA - INFORMAÇÃO E ANÁLISE~
25/11/2017 Mais de 400 tartarugas capturadas em três anos em São Tomé - (Lusa) - Mais de 400 tartarugas foram capturadas, abatidas e consumidas entre 2013 e 2016 em São Tomé, levando a Organização Não-governamental Tatô a lançar uma nova campanha contra a captura destes animais"https://www.dn.pt/lusa/interior/mais-de-400-tartarugas-capturadas-em-tres-anos-em-sao-tome-8943243.html
No
entanto, desde há uns anos para cá, tudo se pesca, abate e consome para superar
as extremas carências básicas alimentares e as condições
miseráveis a que, o grosso da população, tem sido votado, por via de sucessivos
atos de corrupção e de erros de governativos
Gestão errada essa que vêm negligenciando os recursos naturais da terra e do mar, permitindo,
que, frotas estrangeiras, a troco de umas esmolas circunstanciais, os devassam e varram com absoluto desprezo da
sobrevivência do sacrificado povo das Ilhas.
Referindo-me
ao caso das tartarugas, de facto, a situação é alarmante, tal como o denunciam as
organizações que zelam pela sua salvaguarda. As tartarugas marinhas existem há mais de 150 milhões de anos, conseguiram sobreviver a todas as mudanças do planeta, mas atualmente são dos seres mais vulneráveis do planeta. De acordo com estimativas cientificas, de 1000 filhotes nascidos, apenas um chega à idade adulta.
Carne e ovos de tartaruga à venda |
"E o grande problema das tartaruguinhas é que, se elas desaparecerem, nós também vamos ficar com o ecossistema marinho mais pobre – Reconhece a bióloga, Sara Viera, frisando que a sua importância ecológica é muito grande, principalmente nas zonas de recrutamento dos peixes, onde os peixes se vão reproduzir e desenvolver"
Tartaruga Sada vai desaparecer em menos de cinco anos" - Alerta lançado, em Fevereiro de 2016 pela bióloga Sara Vieira - Filha do Presidente do Benfica, grande apaixonada pela defesa das tartarugas - Alertando que "a tartaruga Sada,
uma das cinco espécies existentes em São Tomé e Príncipe, pode desaparecer
"em menos de cinco anos", correndo também outras quatro espécies
"um sério risco de extinção", disse à Lusa Sara Vieira, bióloga
marinha portuguesa. "Os dados não são nada otimistas.
Pelo menos a tartaruga
Sada, a mais ameaçada em São Tomé e Príncipe vai desaparecer em menos de cinco
anos. Acho que já vamos um pouco tarde" para tentar travar a
sua extinção, disse a bióloga da Associação Portuguesa para o Estudo, Proteção
e Conservação das Tartarugas Marinhas dos Países Lusófonos.
"São Tomé e Príncipe era um dos poucos países do mundo sem uma lei de proteção de
tartarugas marinhas. Em 2014, foi aprovado pelo Governo o decreto-lei nº 6/2014
sobre a captura e comercialização de tartarugas marinhas. Mesmo assim esta
espécie continua a ser ameaçada.

As praias, sobretudo das
comunidades de Morro Peixe e Micoló, no norte de São Tomé, e Santana e Porto
Alegre, no sul, são onde existe maior atividade de captura.
"Já foi uma grande
vitória ter aprovado uma lei, mas só isso não basta, é preciso fiscalizar
porque é um problema realmente muito grande. Não são somente quatro ou cinco
pessoas que capturam tartarugas marinhas, são centenas de pessoas que dependem
desta atividade como meio de subsistência", explicou Sara Vieira.
A bióloga defendeu um
"maior compromisso" do Governo para ajudar a encontrar alternativas económicas
para essas pessoas, porque caso contrário "essa captura nunca vai
acabar". 02/01/2016 https://www.dn.pt/sociedade/interior/tartaruga-sada-vai-desaparecer-em-menos-de-cinco-anos-4961387.html
Sara Vieira, sem dúvida, uma verdadeira peregrina em defesa da proteção das tartarugas marinhas, palmilhando as praias de norte a sul, Micolóló, Fernão Dias. Morro Peixe, Santana, Porto Alegre e outras praias - Além de ficar a conhecer uma personalidade de uma grande generosidade, um coração sensível, dedicado e amoroso, bem como de também poder saber das suas preocupações, em relação à falta de mecanismos capazes de uma fiscalização eficaz - Pois teme que a lei, que foi aprovada. se transforme numa lei morta e a matança das tartarugas persiga..
EXISTEM HÁ MILHÕES DE ANOS - MAS HÁ ESPÉCIES QUE ESTÃO EM VIAS DE EXTINÇÃO
"E o grande problema das tartaruguinhas é que, se elas desaparecerem, nós também vamos ficar com o ecossistema marinho mais pobre – Reconhece a bióloga, Sara Viera, frisando que a sua importância ecológica é muito grande, principalmente nas zonas de recrutamento dos peixes, onde os peixes se vão reproduzir e desenvolver"
De facto, São Tomé e Príncipe podia ser o maior santuário mundial da desova de tartarugas marinhas, já que, das sete espécies existentes no mundo, cinco são atraídas pelas maravilhosas praias das Ilhas Verdes do Equador - Tantas como as que se dirigem à costa brasileira, sendo que, quer no outro lado do Atlântico, quer nas duas Ilhas do Golfo da Guiné, duas espécies estão em risco de extinção
As tartrugas marinhas, além de contribuírem para o equilibro do biodiversidade, podiam trazer grandes dividendos turísticos e à investigação científica e ambiental, bem maiores da atracão que, atualmente, já exercem, aos visitantes que demandam as praias para assistirem à maravilhosa largada dos ninhos em direcção ao mar, porém, as organizações, que, em regime de voluntariado, proporcionam a incubação dos seus ninhos, em lugares protegidos, ainda se vêm a braços, tanto com falta de apoios, como, sobretudo, pelas capturas indiscriminadas para o consumo da sua carne.
Em 2014, foi aprovado pelo Governo de São Tomé e Príncipe. uma lei sobre a captura e comercialização de tartarugas marinhas – Considerada, então, pelas organizações ecologistas, uma grande vistoria – Mas o receio da bióloga Sara Viera, a coordenadora dos projetos científicos e de fiscalização, é que se transforme numa lei morta: não basta que a lei tenha sido vertida ao papel: é preciso fiscalizar porque é um problema realmente muito grande. Não são somente quatro ou cinco pessoas que capturam tartarugas marinhas, são centenas de pessoas que dependem desta atividade como meio de subsistência", explicou Sara Vieira, pelo que a bióloga defende um "maior compromisso" do Governo para ajudar a encontrar alternativa económicas para essas pessoas, porque caso contrário "essa captura nunca vai acabar".
Ilha de São Tomé - vídeo a editar - Momento maravilhoso da largada de um ninho de tartarugas em direção ao oceano, junto à linha do Equador na Praia Jalé - Recanto de um paraíso rodeado de coqueiros, areia fina, dourada e macia, a perder-se por extensa superfície de um azul esmeralda de água quente, brilhante e cristalina – Um raro privilégio que jamais se apagará da retina de quem o contempla -
"A MATANÇA“ 18/11/2013 No mês de Outubro último 44 tartarugas foram abatidas nas praias da ilha de São Tomé. A ONG MARAPA, está a contabilizar a morte das tartarugas dia a dia, na ilha de São Tomé, onde as autoridades governativas não conseguem evitar a previsível tragédia. Desde Agosto último quando a ONG decidiu publicar mensalmente dados sobre a matança abusiva das tartarugas, já foram contabilizados 74 abates. No cartaz mensal em que suplica por socorro às tartarugas marinhas, a MARAPA diz que as tartarugas estão ameaçadas na ilha de Sã Tomé. Suplica por ajuda, para evitar uma tragédia a curto prazo.Téla Nón >> Matança de tartarugas não pára de aumenta


HIPÓLITO LIMA – O ESFORÇO, O AMOR E A DEDICAÇÃO DE UM SANTOMENSE EM PROL DA SALVAÇÃO DAS TARTARUGAS
A casa típica de madeira, onde vive, Hipólito Lima, conhecida por “Casa Tatô, erguida ali mesmo à beira da praia, está transformada num autêntico museu de informação das tartarugas mas também de meios para a sua proteção e monitorização.
É, digamos, um ponto obrigatório para os amantes da natureza, e sobretudo da vida das tartarugas. O seu entusiamo, data de há mais de vinte anos. Diz-nos que “tudo começou em 1996, com biólogos americanos – E, desde então, fez da sua vida, uma verdadeira cruzada, totalmente entregue à salvaguarda de “um dos répteis mais antigos que ainda habitam a Terra – estima-se que elas começaram a existir cerca de 220 milhões de anos atrás. Habitantes da terra ou do mar, as tartarugas possuem um escudo ósseo, que evoluiu para protegê-las contra predadores.
Tartarugas em S. Tomé e Príncipe- A lei da sua proteção entrou em vigor e as organizações ambientalistas já espalham a mensagem pelas praias – Hipólito Dias, um dos santomenses mais apaixonados pela defesa de um dos animais mais antigos do planeta, ameaçados de extinção
A tartaruga (capaz de atravessar oceanos na busca de alimentos e para nidificar) pode chegar a desovar mais de uma centena de ovos mas apenas pouco mais de 1% chega à fase de adulta, que pode atingir os 180 anos, se não for capturada – Mas, de um modo geral isso não acontece porque a sua existência, corre sérios risco de extinção.
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