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domingo, 5 de janeiro de 2020

São Tomé e Príncipe na rota do Turismo Mundial - CNN de novo a classificar as Ilhas Verdes do Equador como os 20 melhores lugares para visitar em 2020 – Fê-lo há 5 anos: Dream destinations for 2014- E agora CNN Travel's 20 best places to visit in 2020 - Paraty e Ilha Grande, Brasil, é também um dos destinos recomendados. Mas atenção ao turismo que descaracteriza, enche os bolsos de uns poucos e torna a vida difícil à maioria – Veja-se o exemplo em Portugal onde Lisboa e Porto, se estrangeiraram e tornaram a vida severa aos seus residentes.

Jorge Trabulo Marques - Jornalista e investiagdor 

As luxuriantes e equatoriuais ilhas de São Tomé e Principe,  seduzem os roteiros turísticos, que procuram lugares exóticos e ainda não conspurcadados pela  massificação global, turística  e económica  -Mas é desejável que haja todo o cuidado para evitar que, o aparentemente el-dourado  turístico, que as suas maiores atrações, se transformem numa arma de dois gumes:  pervertendo  os seus costumes, descaraterizando, o seu património arquitetónico tradicional e agravando o custo de vida da maioria das populações.

O enriquecimento de divisas, deverá incidir, sobretudo, no desenvolvimento e exportação dos seus produtos naturais e  não esperar que sejam as divisas que entram nos cofres dos hotéis, agências e transportadoras aéreas, as beneficiadas, mais das vezes, escapando-se aos impostos. 

Veja-se o exempo português: "Portugal ainda é um destino barato, sendo os preços de itens sensíveis para o turismo relativamente acessíveis em comparação com outros destinos europeus - hotéis e restaurantes, em particular". (...) O problema decorrente da subida de preços em vários produtos e serviços reside na estagnação dos rendimentos dos portugueses. "Os ordenados não têm acompanhado o custo de vida. Para os funcionários públicos, os salários reais até são hoje inferiores aos auferidos em 2009.https://www.jn.pt/economia/turismo-faz-subir-o-custo-de-vida-dos-portugueses-11600182.html

AS ILHAS DE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE  – TALVEZ  DOS POUCOS PARAÍSOS TERRESTRES NÃO CONSPURCADOS PELA GLOBALIZAÇÃO MASSIFICADORA E DESTRUIDORA  - CONTINUAM A NÃO FAZER PARTE DOS GRANDES ROTEIROS TURÍSTICOS – Por um lado, é positivo.

Coronel Victor Monteiro - Um nascido, criado e apaixonado por STP
Para facilitar o turismo, em São Tomé e Príncipe, o Governo de  Patrice Trovoada, autorizou, em 2015, os cidadãos da CPLP e  da União Europeia, bem como dos Estados Unidos e Canadá, desde que  tenham passaportes válidos e emitidos pelas entidades competentes dos seus países,  a entrarem livremente no arquipélago santomense   sem necessidade de visto, por um período não superior a 15 dias.

De facto, São Tomé  não é um turismo que está ao alcance de todas as bolsas, especialmente na chamada época alta, período em que os preços costumam estar mais inflacionados, contudo, poderá dizer-se que é dos destinos que vale a pena conhecer  e onde o visitante pode ter a sensação de um novo mundo ainda por descobrir. 


Voltam a ser referência no site da norte-americana, CNN, Cable News Network. que as inclui, tal como Paraty, terminal marítimo de uma rota terrestre de ouro do século XVII para a Europa, entre outros lugares atrativos,  considerando que “a nação insular de São Tomé e Príncipe abriga ricas florestas e picos vulcânicos, incluindo o Pico Cao Grande, na ilha de São Tomé. Lembrando que, por vezes,  são “chamadas de "Galápagos africanos",  ricas em florestas e com 
 Paraty - Brasil
os  picos vulcânicos repletos de plantas endêmicas, incluindo centenas de espécies de orquídeas e extraordinárias begônias de 10 pés de altura. Também há muita vida selvagem para observar, incluindo o menor ibis do mundo e o maior pássaro solar do mundo, bem como as tartarugas marinhas que fazem seu ninho aqui.
Apesar de ser um paraíso ecológico e um dos países mais estáveis ​​da África, atrai apenas 30.000 visitantes por ano, tornando-o um dos países menos visitados do mundo.

Esses baixos números de visitantes podem ser atribuídos em parte ao fato de ser um pouco difícil de alcançar, mas o esforço vale a pena. Existem vôos diretos para São Tomé, a maior das duas ilhas, de Lisboa, Cabo Verde, Angola, Bioko e Gabão. Príncipe fica a 140 quilômetros de distância e pode ser alcançado de avião pequeno. Juntas, as ilhas cobrem apenas 386 milhas quadradas e a população é inferior a 200.000 habitantes, tornando este o menor estado soberano africano depois das Seychelles.

As ilhas não foram povoadas até os portugueses a estabelecerem como posto avançado colonial no século XV, e o legado português ainda é sentido na música, cultura e costumes do país. Muitos da população de hoje são descendentes dos africanos escravizados trazidos para trabalhar nas plantações das ilhas. O país comemorou 40 anos de independência em 2015, e café e cacau ainda são indústrias-chave aqui. https://edition.cnn.com/travel/article/places-to-visit-2020/index.html

A vida em São Tomé e Príncipe corre muito devagar – “móli-móli!  léve-léve! - Até porque há tantas horas de luz como da noite, há tempo de sobra para tudo. O sol nasce cedinho – Por exemplo, durante o mês de março, o nascer do sol oscilou  entre as 05.36 – 05.40 e o pôr entre as 17.45 – 17.48.  A quem desembarcar no aeroporto da cidade de São Tomé, depara-se-lhe como que um cenário de beleza e tranquilidade, fora deste mundo.

 Segundo a experiência que me ficou do carácter, pacifico e carinhoso do povo de  São Tomé e Príncipe, eu creio que as ilhas de São Tomé e Príncipe, ainda conservam muita da sua ancestral beleza - Constituindo como que  os últimos pequenos  Édens Terrestres.    Com as suas lindas praias, coroadas por esbeltos e verdejantes coqueiros, banhadas por águas azuis e transparentes, que brilham e rutilam, pejadas de  puros diamantes, sob o astro luminoso do sol equatorial!

 AS ILHAS DE  SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - FORAM VEDETAS  NO CANAL ODISSEIA 

   Documentário, de quase uma hora, inserido  na série,   Ilhas Paradisíacas de África, falado em alemão, com legendas em português.. Pois, já lá vai o tempo, em que o Canal História, Civilizações e Odisseias,  contratavam as vozes, mais prestigiadas da  rádio e televisão, de modo a proporcionarem aos clientes da TV Cabo, a língua dos respetivos países.  Assim, legendado, sempre sai mais  barato ao produtor. Não penso que a legendagem o valorize mais – Bem, pelo contrário lo de Andrade e  Francisco Nogueira, sobre o  qual  conto aqui  debruçar-me.


Rui Camilo, apontando a objetiva da sua máquina fotográfica para o Cão Grande - o pico que eu e a minha equipa escalámos - Mas o que está abaixo do manto verdejante é bem mais fundo do que parece.



Também, lá de cima da sua crista, me parecia  aos meus pés uma fantástica vista aérea sobre a selva equatorial verdejante - Oh! Quantas vezes me apeteceu ter asas de falcão ou de condor e saltar de ali em voo sobre a copa das árvores - algumas com mais de cem metros! - Hoje, ao pensar  naquelas vertiginosas escaladas, sinto mais arrepios de que então - Tinha menos 40 anos; era preciso ter uma infinita paciência e nervos de aço - Mas o desafio era aliciante e compensava... - Pormenores em:

escalada ao pico vertical


RUI CAMILO – O FOTÓGRAFO QUE FEZ DE GUIA E DE INTÉRPRETE

Vá lá, que desta vez, não nos soava, unicamente,  uma língua estrangeira -  Falava-se também a língua de Pessoa e de Camões, (Portugal); de  Carlos Drummond de Andrade (Brasil); de Agostinho Neto (Angola); Alda da Graça Espírito Santo (São Tomé e Príncipe);Hélder Proença(Guiné-Bissau); José João Craveirinha (Moçambique);  Manuel d' Novas (Cabo Verde) Fernando Sylvan (Timor) –  Graças à presença e à voz, em todo o documentário,  do fotógrafo, Rui Camilo, que servia de guia e de intérprete - Com as  suas explicações, as suas iniciativas, os ângulos com que fotografava e parecia também orientar a equipa de filmagem, seus comentários e também as vozes dos santomenses,  os diálogos que pôde manter com as várias personagens, que foram ao seu encontro ou foi buscar: desde a tripulação do pequeno bimotor, que o levou a tomar  as magnificas vistas aéreas das duas ilhas, em São Tomé e Príncipe,  os contatos  com pescadores, produtores de café e de cacau, e até com um fabricante de chocolate


O PETRÓLEO É RIQUEZA MAS NÃO É PARA TODOS

Compreendem-se as preocupações de Rui Camilo – Pois receia, que, a verificar-se a exploração do petróleo (em águas profundas) , não só o dinheiro proveniente possa não vir a ter o encaminhamento mais adequado, como a  ter outras consequências. Nomeadamente, o completo colapso do ecossistema. Pois lembra que  “há  um grande número de espécies endêmicas (que só pode ser encontrada nessas ilhas) animais e plantas, e a população é altamente dependente do oceano. – Leia os pormenores da entrevista em  Interview: Rui Camilo – Over the Islands of Africa, São Tomé e Príncipe

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