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quarta-feira, 30 de agosto de 2023

Golpe militar no Gabão – Golpes e Golpismos na África Ocidental fomentados por disputas geopolíticas que vêm patrocinando governos mais favoráveis aos seus interesses económicos nesta região africana. Depois do golpe militar do Niger, em 6 de Julho, sucede-se o do Gabão sob o mesmo pretexto – Pais onde existe uma comunidade são-tomense significativa – PM Patrice Trovoada, amigo de Ali Bongo, garante que a comunidade do seu país se encontra em segurança

                                       Jorge Trabulo Marques - Jornalista


Ali Bongo, numa primeira aparição pública após tentativa de tomada de poder, .pede aos gaboneses para se manifestarem contra golpe de Estado,
O canal de televisão estatal, Gabon 24, divulgou entretanto imagens de Brice Oligui Nguema, comandante da Guarda Republicana -- que garantia até agora a segurança do próprio chefe de Estado -- a ser transportado em ombros por um grupo de soldados que gritavam "presidente, presidente

 



São Tomé e Príncipe tem uma grande comunidade radicada no Gabão. O país vizinho foi nas décadas de 60 e 70 do século XX, a principal base política do movimento de libertação de São Tomé e Príncipe Há 14 anos no poder, depois de suceder o seu pai, Omar Bongo, o actual Presidente Ali Bongo foi proclamado vencedor das eleições presidenciais de 26 de agosto.

África subsaariana sofre sete golpes de Estado em três anos – E dois no espaço de pouco mais de um mês - É constatado que os militares têm inflado sentimentos dos povos da região contra os antigos colonizadores europeus em favor de outras potências.

Depois do Golpe no Níger, vão já para sete governos derrubados por militares na África subsaariana desde 2020: nos últimos três anos foram registados iniciativas desse tipo no Mali, na Guiné e em Burkina Faso, além de uma tentativa de golpe na Guiné-Bissau
Conhecida como Sahel, a região empobrecida é localizada entre o deserto do Saara, ao norte, e a savana do Sudão, ao sul, e sofre desde 2011 com a violência de grupos jihadistas como o Estado Islâmico e organizações ligadas à al-Qaeda.

DOIS GOLPES MILITARES NO ESPAÇO DE DOIS MESES COM O MESMO ARGUMENTO -- No golpe militar do Níger usaram a rede nacional de TV para anunciar um golpe de Estado. Dissolveram a Constituição, suspenderam todas as instituições e fecharam as fronteiras do país da África Ocidental.

AGORA SUCEDE-SE O DO GABÃO . O Presidente Ali Bongo Ondimba, há 14 anos no poder, depois de suceder o seu pai, Omar Bongo, foi proclamado vencedor das eleições presidenciais de 26 de agosto - Mas, na madrugada desta sexta-feira, numa declaração na televisão, um grupo de uma dezena de militares gaboneses anunciou, num comunicado de imprensa lido no canal de televisão estatal Gabão 24, o cancelamento das eleições e a dissolução de “todas as instituições da República”. Estes militares, entre os quais membros da Guarda Republicana, disseram falar em nome de uma “Comissão de Transição e Restauração de Instituições”.

REAÇÃO DE ALI BONGO - Colocado em prisão domiciliária por soldados que o demitiram na sequência de um golpe de Estado, divulgou um vídeo nas redes sociais. “Rodeado pela sua família e pelos seus médicos”, e um dos seus filhos foi preso, apelando para se manifestarem contra os militares golpistas.

Condenação francesa. A França “condena o golpe militar em curso”, declarou o porta-voz do governo, Olivier Véran, após o Conselho de Ministros. A Embaixada Francesa recomenda cautela. A embaixada francesa no país recomenda “observar a maior vigilância”, nomeadamente na capital, Libreville. “Recomenda-se ficar em casa, manter-se informado da situação e respeitar as instruções de segurança dadas pela embaixada”, escreve ainda a embaixada no seu site. Um número de emergência está disponível para cidadãos franceses: 0033 1 43 17 51 00.

O Alto Representante da União Europeia (UE) para os Negócios Estrangeiros afirmou hoje que a eventual confirmação do golpe de Estado no Gabão "aumentará a instabilidade em toda a região" central de África.

"Se isto se confirmar, é mais um golpe militar que aumenta a instabilidade em toda a região", declarou Josep Borrell, ao chegar à reunião de ministros da Defesa da UE, que se realiza em Toledo, em Espanha.

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