"Embora sendo uma peça de origem europeia, o Tchiloli é hoje património cultural são-tomense. Pois, após ter sido introduzido em S.Tomé, passou a ser praticado por são-tomenses e com algumas alterações conforme a percepção do mesmo povo. Temos na obra influências europeias e africanas, que fizeram com que tivéssemos o Tchiloli que hoje temos. O Tchiloli constitui um dos testemunhos da história de S. Tomé e ao mesmo tempo, traço da presença e dominação europeia no nosso país. - See more Património de S. Tomé.: Tchiloli
"Anualmente no
dia 15 de Agosto, a ilha do Príncipe é invadida por milhares de visitantes que
para ali se dirigem a fim de assistir a festa de São Lourenço e o Auto de
Floripes. Atracção cultural que preenche o cartaz turístico da ilha do
Príncipe, é um teatro de rua cujo argumento retrata o conflito entre cristãos e
mouros. Auto de Floripes -
HÁ QUE PRESERVAR E VALORIZAR O PATRIMÓNIO CULTURAL
O
fado é português e já foi classificado como Património Imaterial da Humanidade.
Amália Rodrigues, com a sua voz inconfundível, deu-lhe a projeção internacional
que merecia. A morna é única e tipicamente cabo-verdiana – E teve na interpretação de Bana, falecido
recentemente, em Lisboa, a grande figura que mais projetou pelos quatros cantos
do mundo a doce melodia das Ilhas de Cabo Verde.
O Governo deste país, ao mesmo tempo que prestava homenagem a um dos seus mais admirados filhos, fez aprovar uma resolução da morna como Património Histórico e Cultural Nacional – Um passo importante para a sua candidatura à UNESCO a Património da Humanidade. Ora, aí está também o momento do Governo de S.. Tomé, valorizar e promover, a nível mundial, duas das suas mais singulares expressões artísticas de cariz etnográfico, histórico e teatral.
O Governo deste país, ao mesmo tempo que prestava homenagem a um dos seus mais admirados filhos, fez aprovar uma resolução da morna como Património Histórico e Cultural Nacional – Um passo importante para a sua candidatura à UNESCO a Património da Humanidade. Ora, aí está também o momento do Governo de S.. Tomé, valorizar e promover, a nível mundial, duas das suas mais singulares expressões artísticas de cariz etnográfico, histórico e teatral.
DEBATE HUMORADO E ACALORADO
Se alguém quer ver dois ou mais são-tomenses a dialogarem,
gracejando, fazendo humor, divertirem-se, é ouvi-los falar no seu crioulo, mais
conhecido por forro, fôlô, lungwa santome – Claro,
que este hábito é mais usual com as pessoas mais velhas: as novas gerações,
vão-se acostumando ao português, havendo mesmo muitos jovens que, além de não o falarem, dificilmente já o
entendem, ou, pelo menos, com o mesmo à-vontade
e fluência dos seus pais – Porém, o lançamento de um valioso dicionário, vai
certamente contribuir para dar novo fôlego à segunda língua mais falada em toda a ilha de São
Tomé, exceto na ponta sul.
SÃO OS MAIS VELHOS QUE FALAM FLUENTEMENTE O SANTOME MAS HÁ GENTE NOVA E SIMPÁTICA QUE DÁ CARTAS E NÃO LHES FICA ATRÁS
Depois da apresentação da obra em várias instituições, em Portugal, no Brasil e em S. Tomé (Lançamento do Dicionário Livre Santome-Português/Livlu-nglandji santome-putugêji em São Tomé e Príncipe ) essa honra coube também à ACOSP - Associação da Comunidade de S.Tomé e Príncipe em Portugal,
S. Tomé e Príncipe ainda continua a ser um país
com enormes carências. As roças já não são o que eram mas há fábricas de cacau –
um dos mais apreciados do mundo e antes não existiam. E há sobretudo menos mortalidade
infantil e uma notável conquista sobre o analfabetismo. Ora, ao promover-se a
sua língua crioula, é indubitavelmente um valioso ato cultural.
VEJA AS SEMELHANÇAS ORAIS DO Fá d'Ambô com o Santome
OPORTUNIDADE
PRESENÇA DO PROF.FRANCISCO ZAMORA SEGORBE, DE ANO BOM, SURPREENDEU A ASSISTÊNCIA PELA SEMELHANÇA DO SANTOME COM O FALAR DE ANO BOM
PRESENÇA DO PROF.FRANCISCO ZAMORA SEGORBE, DE ANO BOM, SURPREENDEU A ASSISTÊNCIA PELA SEMELHANÇA DO SANTOME COM O FALAR DE ANO BOM
“Fá d'Ambô, Fla d'Ambu, annabonense, annobonés ou annobonense (em
lingua portuguesa) chamado falar de Ano Bom e língua anobonenseou anobonesa)
é um crioulo Portugu~es falado na Ilha de Ano Bom, Guiné Equatorial,
estima-se que existam até 9 mil falantes deste dialeto.
Segundo estudiosos, o crioulo de Ano Bom, é baseado em 82%, do forrro, enquanto que uns 10%
de seu léxico se baseia no castelhano. É falado por descendentes de mestiços
entre africanos, portugueses e espanhóis; devido à similaridade entre o
português e o castelhano não se sabe que origem têm certas palavras. Fá d'Ambô – Wikipédia, a enciclopédia livre
Livlu-Nglandji é como se chama o primeiro dicionário do crioulo
A primeira referência histórica ao santome
data de 1627, altura em que o Padre Alonso de Sandoval, a partir de Cartagena, (Colômbia), menciona a existência de da lengua de
San Thomé. Já o século XVIII,
mais precisamente em 1766, Gaspar Pinheiro da Câmara também faz alusão a esta
língua ao escrever que he de saber que a
gente natural destas ilhas tem língua sua e completa, com pronúncia labeal, mas
de que não consta haver inscrição
alguma (...) (apud Espírito Santo 1998:59, nota 1). a língua escrita só apareceria
pela primeira vez na segunda metade do
século XIX, quando autores como Francisco Stockeler e António Lobo de Almada
Negreiros, bem como os pioneiros dos estudos crioulos , Hugo Schuchardt e Adolpho
Coelho, nos dão a conhecer os primeiros fragmentos da língua” - excerto
Jerk Hagemerijer
– Um investigador dedicado aos vários crioulos do Golfo da Guiné – Com Nélia Alexandre
é coautor de um estudo bastante
aprofundado, publicado na Internet, subordinado ao título “ Os crioulos da Alta
Guiné e do Golfo da Guiné: uma comparação sintáctica”, do qual - seguidamente - tomamos a liberdade de transcrever um
excerto, dada a sua importância para
melhor compreensão do dicionário santome-putugêji
Os
crioulos de base lexical portuguesa da Alta Guiné (CAG) e do Golfo da Guiné
(CGG) constituem duas famílias linguísticas independentes cuja formação
remonta aos séculos XV e XVI, num contexto de escravatura, tendo
resultado do contacto entre o Português (arcaico e regional) e diferentes
línguas africanas de diversas famílias do Níger-Congo. Os CAG incluem
o Kabuverdianu (CCV), o Kriyol (CGB) e o crioulo de Casamansa1; os CGG abrangem o Santome (ST), o Angolar
(ANG), o Principense (PR) e o Fa d’Ambô (FA). Não obstante os progressos
alcançados na crioulística ao longo das últimas décadas, continua aceso o
debate sobre a formação destas línguas e sobre a sua afiliação genética e
tipológica. Em particular, diversos autores têm proposto que os crioulos
formam uma classe de línguas tipologicamente distinta de outras línguas.
A mais antiga hipótese de que os crioulos constituiriam uma classe
genética (ou uma família linguística) devido a um conjunto aparente de
semelhanças traduz-se na chamada monogénese, uma teoria que advogava que
todos os crioulos teriam na sua origem um único pidgin Português (Sabir
ou West-African Pidgin Portuguese), que foi relexificado por outras
línguas. Esta hipótese foi entretanto refutada, mas dela reteve-se, até
hoje, a ideia bastante difundida de que os crioulos descendem de pidgins
diversos que, no curso do tempo, se transformaram em línguas naturais
(nativização), através de um processo de aquisição de L2 com restrições
de acesso à Língua-Alvo (o Português, nos contextos em questão). O facto
de se ter abandonado a monogénese não significa que não exista uma
relação genética entre subconjuntos de crioulos, de que os CAG e os CGG
são exemplos, mas também os crioulos de base lexical francesa das
Caraíbas ou os crioulos de base lexical portuguesa na Índia – Excerto Os crioulos da Alta Guiné e do Golfo da Guiné.p
Tjerk Hagemeijer - Books and Journals
As línguas de S. Tomé e Príncipe
OUTROS LINK DE INTERESSELin Língua e Música de S. Tomé e Príncipe - SlideShare
Investigador do Centro de Linguística da Universidade
de Lisboa, desde 2008 e colaborador do Atlas of Pidgin and Creole Structures,
Max Planck Institute, Leipzig, desde 20
Do seu currículo fazem parte numerosos trabalhos
Output - The Origins and Development of Creole Societies in the
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