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segunda-feira, 15 de julho de 2013

Milhares de São-tomenses na Grande Festa da Comunidade das duas Ilhas (gastronomia, músicas e danças) na Quinta das Conchas – Com atuação da Banda MV4 - Celebração do 38º aniversário da Independência organizada pela ASCOSP e Associação Men Non

















Domingo, dia 14, o Parque da Quinta das Conchas, no Lumiar, em Lisboa, não era a Praia das Conchas, em S. Tomé, nem nenhuma das florestas tropicais da roça do mesmo nome, contudo, dado tratar-se de um espaço amplo e arborizado, não ficou muito longe dos antigos fundões naquelas ilhas. Até porque, o tempo quente e húmido, que se fez sentir, com um céu cinzento, cor do chumbo, quase em nada ficava a dever-se a muitos dos dias em que sol do equador se esconde acima de um teto nublado, antes ou depois das chuvas.


Estávamos um bocado pessimista, que a crise que tem afetado a sociedade portuguesa, por via da austeridade e dos erros dos políticos (que, aliás,  não tem sido poucos, tanto lá como cá), pudesse desmotivar os são-tomenses, que não puderam comemorar na Sexta-feira, por ser dia de trabalho (embora não faltassem alguns eventos),   a participarem na efeméride, alusiva  ao acontecimento  mais especial do seu país - Pelo contrário, a tarde foi mesmo de arromba - Santomenses consideram que a Independência e a liberdade conquistada é ainda um dos maiores valores que não podem deixar de celebrar. 





  

Música, muitos sorrisos, muita diversão e  alegria, convívio fraterno, muita juventude, muitos são-tomenses de todas as idades. Criancinhas ao colo das mães, nos carrinhos ou atrás das costas à boa maneira africana. Tendas com pratos típicos para quem não levasse farnel mas também muitos piqueniques, aqui e além, sentados na relva ou junto a uma qualquer árvore, em torno de um palco, a lembrar o coreto do Parque do Água Grande (1º de Maio) ou mesmo  as diversões de um qualquer fundão, quixipá ou terraço.

 Sim, milhares de pessoas e nem um único incidente – Se fosse noutra capital europeia,  era impossível conceber uma festa africana, sem um único agente policial. Mas estávamos em Portugal e a festa era dos são-tomenses, gente pacífica, que não tem hábitos de conflitualidade








O 38º aniversário de S. Tomé e Príncipe, ocorreu no dia 12, na passada Sexta-Feira. com uma cerimónia solene no Palácio dos Congressos, com discursos  do Presidente da República Manuel Pinto da Costa e do presidente da Assembleia Nacional Alcino Pinto. Houve ainda outros eventos, desportivos e culturais, nesse mesmo dia e fim-de-semana.. Em Portugal, tão importante efeméride, foi igualmente assinalada com várias iniciativas, levadas a cabo, em conjunto pelas principais associações  são-tomenses, designadamente a Associação das Mulheres de São Tomé e Príncipe –Men Non;  ACOSP -  Associação da Comunidade de S.Tomé e Príncipe em Portugal








O fim da festa não podia ser mais feliz para Madide, que, por um euro, ganhou uma viagem de avião para S. Tomé  – No sorteiro de rifas, foi a feliz contemplada.  Deixou S. Tomé  há 3 anos. onde foi secretária, durante 10 anos. Veio tentar a sua chance em Lisboa, onde é empregada de café. Tem uma filha  - Agora vai poder matar saudades da sua terra, em Agosto. Até porque, embora ganhe mais de que na sua ilha distante, a vida aqui também não é fácil na restauração.


NÃO HÁ POVO TÃO AMÁVEL

Não é só nas aldeias portuguesas que ainda persiste o hábito se de cumprimentarem as pessoas com as quais se cruza: os santomenses ainda não perderam esse costume na sua terra. Mesmo em Portugal – Um dia, encontramos um santomense, que nos desabafou, muito desapontado: “sabe, Sr. Jorge, eu cumprimento as pessoas mas não me cumprimentam”. Como não há reciprocidade, lá terão que se adaptar à indiferença da sociedade de consumo. Todavia, a amabilidade dos santomenses, está-lhes nas veias,  talvez única  no mundo. Não há povo tão amável como este. 


É natural que, em todas as comunidades africanas, residentes em Portugal, os seus filhos, aqueles que aqui nascem, percam alguns traços das raízes que tiveram os seus pais. O mesmo acontece aos filhos dos portugueses, nascidos em África, na Europa, na América ou noutra parte do mundo – Gerando, por vezes, conflitos quer com a sua própria família, quer com o meio onde nasceram. São os chamados inadaptados: que nem se identificam com o país de origem dos seus progenitores, nem com aquele podiam sentir como sendo a sua pátria  – Em todo o caso, no que respeita aos são-tomenses, nascidos em  Portugal, as estatísticas define-os como sendo os mais adaptados e pacíficos.




Sim, é  realidade, não é ficção - Os são-tomenses (e o termo aplica-se também aos habitantes da ilha do Príncipe) fazem parte de um povo gentil - com uma longa herança de sacrificios e adversidades mas amável e optimista.  Podem barafustar, criticar, maldizer (é com que mimam os seus políticos, quando se sentem desapontados, e têm tido bastas razões para o fazer), mas não costumam ir a vias de facto. 


Carlos Nobre, da organização do Mega-Piquenique, no Parque das Quinta das Conchas, no Lumiar, nas palavras que proferiu, no encerramento da festeja comemorativa dos 38 anos, sobre a independência, lembrou que “Criticar é bom mas criticar com positivo e não  negativo. Embora positivo e negativo estejam sempre juntos mas puxando sempre pelos dois para podermos equilibrar as coisas. Por isso, eu gostaria de ressaltar que é sempre bom quando nós nos encontramos, seja com quem for, que nós nos aproximemos e falemos uns com outros, livremente sem qualquer tipo de problemas – E, de facto, foi o que ali sucedeu – Cada um viveu a festa à sua maneira e no maior espírito de conivência e fraternidade.

EM S.TOMÉ (ONDE OS POLITICOS TEM TIDO ALGUMA DIFICULDADE EM DAR CUMPRIMENTO ÀS SUAS PROMESSAS) A MENSAGEM DO PRESIDENTE PINTO DA COSTA, TAMBÉM FOI NO SENTIDO CONCILIADOR DE AMOR AO SEU PAÍS, DE  SE UNIREM ESFORÇOS

 (...)”Nesta data solene, de mais um aniversário da independência, saibamos todos, com dignidade, honrar esta terra mãe que nos viu lutar por um ideal.

Um ideal de progresso, concórdia e paz entre todos os Santomenses. Um ideal de liberdade, fraternidade e igualdade e solidariedade, valores que estiveram na génese da nossa luta pela independência.São ideais que persistem até aos nossos dias e que a todos devem comprometer.

Ideais em que se funda “o amor à nossa pátria” em nome dos quais vos interpelo como Presidente da República, apelando a que saibamos dar de novo as mãos uns aos outros. Unidade é mensagem que ecoou no seio da sociedade são-tomense no dia da independência...















LÁ PELA ILHA DE S. TOMÉ, A BOA NOTÍCIA QUE POR POUCO NÃO SE TRANSFORMARIA NUMA TRAGÉDIA 


Depois de uma noite de festa, assinalando os 38 anos da independência,  permitindo a possibilidade da aterragem dos voos noturnos, ao devolver a iluminação ao Aeroporto Internacional de S. Tomé 

O inimaginável aconteceu: depois de um acontecimento há muito desejado, finalmente posto em prática, dois dias depois culminaria numa situação verdadeiramente inesperada - Mas haverá já gente dessa - cega pelo ódio, vingança ou ressentimento - capaz de chegar a tais extremos?!... É que, os incêndios, dificilmente deflagraram sem intervenção humana “Caos” ameaçou o aeroporto internacional de São Tomé...

POR CÁ, QUEM TERIA SIDO O ARTISTA DE MAU GOSTO QUE DESLIGOU O FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA AO PALCO? – PRIVANDO OS MILHARES SANTOMENSE DE SE DIVERTIREM

Situações destas não surgem por acaso - Por cá, curiosamente, também parece ter havido um qualquer habilidoso (mal intencionado) que provocou um problema na ligação elétrica ao palco, tendo impedido que os seus compatriotas pudessem desfrutar de um excelente espetáculo mais amplo e divertido - Já que, devido a essa estranha anomalia, só bastante mais tarde foi possível repará-la e possibilitar a atuação da banda musical.












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