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quinta-feira, 3 de setembro de 2020

Cego e Amputado das duas pernas, já escalaram o Evarest - Quiseram sentir a divindade suprema - A Força de Vontade Move Montanhas e Faz a Diferença -

Erik Weihenmayer, o primeiro montanhista cego a atingir o cume do Evereste, a montanha mais alta do mundo,  Mark Inglis,  bi-amputado  a lograr o mesmo feito. Para os cultivadores do individualismo exibicionista, que  chegam abandonar companheiros pelo caminho, deve ter sido um tremendo golpe ou balde gelado.  Sobretudo para aqueles que abandonam os companheiros pelo caminho  - Daí partirem para outro tipo de exibicionismos: para a contagem de duvidosas maratonas escalatórias.  
Alpinista cego chega ao cume do Evereste  - Em 2001

Erik Weihenmayer, o primeiro montanhista cego a atingir o cume do Evereste, a montanha mais alta do mundo-  Chega a ser assustador imaginar Erik, que perdeu a vista aos 13 anos, caminhar por trilhos sinuosos e escorregadios para chegar ao cimo dos 8.850 metros, lado a lado com a morte, depois de os seus homens-guia o orientarem dois terços do caminho. Em 1920 perguntaram a George Mallory, um dos primeiros a tornar público o desejo de chegar ao cume, por que é que fazia questão de escalar o Evereste. "Porque está lá", responde

É o mesmo raciocínio que levou Erik Weihenmayer a subir a mítica montanha. Este norte-americano de 32 anos teve tudo menos uma vida típica de deficiente visual. No liceu ficou em segundo lugar numa competição de "wrestling", onde era o único cego a participar, é concorrente assíduo em maratonas e já fez mais de 50 saltos de pára-quedas.Mas é escalar o manto branco da montanha que dá alento a Weihenmayer. . 
Gosto especialmente da sensação espiritual quando estou na montanha. O espaço, os sons, a sua imensa vastidão", lembra. Mas também se cansa quando o questionam de forma insistente sobre a razão de chegar lá acima e não poder ver nada. "Não se escala uma montanha pela vista. Ninguém sofre o que sofre numa escalada para ter uma bonita vista. A verdadeira beleza da vida acontece nos lados da montanha e não no topo", justifica Erik https://www.publico.pt/2001/06/06/jornal/alpinista-cego-chega-ao-cume-do-evereste-158545

Para os cultivadores do individualismo exibicionista, deve ter sido um tremendo golpe ou balde gelado. Daí partirem para outro tipo de exibicionismo - Desvirtuando o espírito desportivo e o culto da natura, passaram a colecionar os maiores cumes da terra, com altos  apoios publicitários - Sabe-se lá como - O que interessa é que mostrem a foto da marca com fundo de neve. Longe, pois, de  significar o confronto com as maiores dificuldades.

 Promovem-se marcas, bancos, os narcisistas, a farsa (porque, geralmente, mais deles são feitos para a fotografia do cenário (planos que é possível manipular)  apenas com os guias pagos, e bem pagos, ninguém lá está nos cumes - independente - para lhes certificar as  metas), cultiva-se o egoísmo e a vaidade mas não os verdadeiros valores espirituais: a generosidade, a saudável amizade, a confraternização, o desprendido contacto com a natureza  e o  companheirismo - Não digo que não gostasse de ter visto as belas panorâmicas de neve, que  alguns deles já viram - Mas não com os olhos afundados na mira dos cifrões e da celebridade

CONSTANTINO BRAGANÇA, UM DOS VALOROSOS MEMBROS DA EQUIPA - ENTÃO COM 19 ANOS  - Imagem à direita, nos degraus de uma escada  para vencermos uma superfície, dura e lisa, onde não era possível cravar pregos ou as cavilhas que improvisavamos 

DESDE AGOSTO DE 1970  (17 ANOS APÓS A CONQUISTA DO EVAREST  - Ainda quase nos alvores do alpinismo - PRINCIPIAVA UMA DAS MAIS ARROJADAS AVENTURAS DA  MINHA VIDA - Que iria prolongar-se por quase cinco anos de sucessivas tentativas - Sem os recursos técnicos da atualidade -  para os quais não há impossíveis! Em dezenas de escaladas de ascensão livre, subidas a pulso, exceto  dois  lanços com escadas, servindo-nos dos meios mais artesanais. Quem lá for ao sopé, só ali poderá admirar o nosso esforço épico.

 Pois, mesmo  recorrendo às mais modernas técnicas, o Cão Grande continua a ser um desafio à altura das grandes escaladas mundiais do alpinismo extremo e vertical -  Quem tiver dúvidas, vá lá: experimente encostar a barriga à pedra,  suba-o, que ele é grande mas não faz mal.
 
 A PEDRA FALA A LINGUAGEM PRIMÉVIA DAS ORIGENS DA TERRA E DO UNIVERSO! - É A PRÓPRIA ESSÊNCIA DO VERBO E DA  ETERNIDADE!



Se quiseres saber se existem os deuses dos tronos. mais íngremes e verticais da terra, ou conhecer a sua face  mais visível,  abraça o musgo da ígnea e basáltica  pedra - ou mesmo outra - escala e abraça-a até ao topo da sua crista, contempla-a e dilui-te  com as imaculadas névoas  ou neves perpétuas, sim, que pousam nas rochas dos alto cumes, pois, mesmo antes de existem as águas, já existia o magma  -  

 A PEDRA FALA A LINGUAGEM PRIMÉVIA DAS ORIGENS DA TERRA E DO UNIVERSO! - É A PRÓPRIA ESSÊNCIA DO VERBO E DA  ETERNIDADE!

"Sempre o homem primitivo procurou pelos deuses nos cumes das montanhas. Lá em cima queria estar mais próximo das suas divindades, lá queria observá-las. assistir à sua chegada e à sua partida para o céu."  - "Quando Moisés desceu do Monte Sinai, trazendo nas mãos as duas tábuas do testemunho, Moisés não sabia que a pele do seu rosto resplandecia, por haver Deus falado com ele.".Êxodo 34:29-30.


Se te comoveres com estes sons e com as belas imagens, das neves eternas da cordilheira mais alta da Terra, neste vídeo, não te importes de que as lágrimas te toldem os teus olhos, pois isso é um vago sinal que o teu coração freme de emoção com as coisas maravilhosas do nosso planeta, que tão maltratado tem andado e virizado.



O autor destas linhas
Peregrinando por veredas da minha aldeia
Sobe aos altares das mais altas montanhas ou aproxima-te do sopé dos mais eriçados picos – Depois, não hesites: - escala-os até à sua crista mais difícil,  aspira os puríssimos ares e alarga o teu olhar  pelos espaços que alcançares.

Se és dos que arriscas a vida por amor ao que tem de mais belo e adverso a Natureza,  verás como são mesquinhos os ódios e os egoísmos daqueles que apenas se  regem pela ganância, o lucro e a vaidade e nem sequer se dão conta de quão maravilhoso e imenso é o Universo mas efémera e transitória a passagem de cada ser humano por esta vida – Satisfeita que for a tua curiosidade  e o teu pasmo, recolhe-te, por fim, no mesmo silêncio  e, com o idêntico  espírito de companheirismo  e de camaradagem, com que partilhaste a alegria da tua conquista,  redobra os teus cuidados na decida, por forma a que possas regressar da tua aventura e com os teus companheiros,  pacificamente a casa e com alma em festa! Concluirás que valeu a pena fugir à rotina
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INÚMEROS PICOS ANÓNIMOS CONTINUAM  A SER O MAIOR DESAFIO A CORAJOSOS E NOBRES AVENTUREIROS!

Pires dos Santos, junto à crista
Oh! tantos  são ainda os desafios o confronto, com a montanha ou dos cumes mais inacessíveis, que esperam pelos praticantes do mais arriscado e nobre desporto alpino - A que milhas já não está o Evarest do pioneirismo de . Edmund Hillary e Tenzing Norgay  - Com a sua morte, ficou a legenda mas perdeu-se o verdadeiro espírito aventureiro.  - Se bem que, para eles alcançarem o cume, seguia à retaguarda um enorme pelotão de dezenas de sacrificados e explorados sherpas, de mulas carregadas de equipamento. Naquela altura, também o que contava era o nacionalismo e a glória exacerbada  imperial.  

E agora?... Unicamente por  egoísmo e exibicionismo . Nepalês escala o Everest em 12 horas e bate recorde  **** Nepalês sobe 20 vezes o Everest Daí a morte de muitos, por falta de experiência, excesso de pressa e egoísmo. . Quererem ser mais papistas de que os sherpas e estatelam-se por lá.

- Se queres pôr à prova os limites da tua resistência e coragem, num convívio pacífico de corpo e alma com a natureza mais bela mas adversa, se te sentes preparado e abraças esse valoroso desígnio e o espírito de equipa, então parte, com os teus amigos ou companheiros  à descoberta dos cumes ignorados e não dos que já foram conspurcados pelo triunfo do egoísmo cego e  individualista.


1. Mark Inglis - Em maio de 2006,  conseguiu realizar seu maior feito - escalar o Everest, a maior montanha do mundo. Ele se tornou o primeiro bi-amputado a conseguir ...o extraordinário feito https://pt.wikipedia.org/wiki/Mark_Inglis




Death in the Himalayas - ALPINE JOÃO GARCIA, ABANDONED COMPANION IN SHISHAPANGMA



NÓS TEMOS QUE O DEIXAR" É VERDADE, LÁ O DEIXARAM PARA SEMPRE-  Expedição Portuguesa ao Shisha Pangma .."Ali, amigo não empata amigo".. João Garcia ao Jornal Record 24 de Nov.2006 - Rui Rosado - "Seis da manhã!.. A duas horas do cume Schichapangma!...Nascer do sol!... Não sei quantos graus negativos!...O Bruno vem ali em baixo e nós temos que o deixar!..." - Mas o Bruno não devia estar longe, pois, ouve-se, em fundo, outra voz que o incentiva: é João Garcia - a voz da hipocrisia ou do fingimento: - "Eh Brunooo!!!.. O que o Bruno não terá ouvido foi a voz da cobardia - que o abandonou à subida e à descida - Corajoso e determinado, não desistiu e, solitariamente, alcançou o cume, pagando com a morte os escassos momentos de glória do seu ousado desafio.  PORMENORES EM  http://www.vida-e-tempos.com/2016/12/dia-internacional-da-montanha-efemeride_11.html

NÃO LHE FALTAM ADMIRADORES - Em “Árctico”, um homem tenta sobreviver em condições adversas. João Garcia ajuda-nos a perceber quão realista é o filme de Joe Penna. E acabámos a falar da vida do montanhista português. https://observador.pt/especiais/joao-garcia-chegar-ao-cume-nao-e-vitoria-nenhuma-a-vitoria-e-chegar-sao-e-salvo-a-casa/


  NUNCA TE ESQUEÇAS: O PODER DA FÉ É UMA FORÇA INVISÍVEL QUE MOVE MONTANHAS
Everest A MAIOR MONTANHA DA CORDILHEIRA DO HIMALAIA E DO MUNDO -  Um grande desafio para os alinistas (alguns já lá perderam a vida )  MAS NÃO A MAIS DIFÍCIL DE ESCALAR -

O CUME JÁ FOI ALCANÇADO POR DOIS EXTRAORDINÁRIOS ATLETAS:  UM CEGO E UM OUTRO CALÇANDO UMAS PRÓTESES, POR AMPUTAÇÃO EM AMBAS AS  PERNAS.

Erik Weihenmayer - Cego que escalou o Everest



Alpinista cego chega ao cume do Evereste  - Em 2001



  EQUIPA: Eu próprio, Jorge Trabulo Marques; Cosme Pires dos Santos - pai de uma criança, arriscando a vida e pondo em causa a sobrevivência familiar; o Constantino Bragança, que, por algumas vezes,  também chegou a pernoitar por baixo da cume do pico, onde mal cabiam duas pessoas sentadas  e tínhamos de ficar com as pernas ao dependurão, amarradas por cordas a frágeis arbustos e a cavilhas. Pois era ali que pernoitávamos e se fazia o último assalto ao cume.  Os guias, Sebastião, Banga e o  Chico, que era capataz na Ribeira Peixe. Além de nos  ajudarem a transportar o equipamento até ao sopé, um deles, o Sebastião, chegou mesmo a acompanhar-nos na escalada   até ao acampamento base, situado, sensivelmente, a dois terços da crista.



Envolvidos por nuvens e denso nevoeiro. Raramente havia uma aberta. De facto, tanto o Constantino, como Pires dos Santos, foram valorosos e destemidos alpinistas - Porém, foi na companhia do Constantino que iniciei as  primeiras escaladas  - E, obviamente,  com os meus inseparáveis guias: o Chico, trabalhador da Roça Ribeira Peixe, que nos acompanhava, sempre que podia, especialmente aos fins de semana. E o Sebastião, morador na pequena aldeia dos "angolares" da Praia Grande, companheiro, sempre voluntarioso, quer para nos orientar na floresta, quer para nos ajudar a transportar o material. Caçador de javalis - abria caminho e, por vezes, também lá ia na lâmina do machim uma serpente. Sobretudo as que estavam dependuradas nos ramos do nosso trilho, não escapavam.

NO DIA 12 DE OUTUBRO DE 1975, NO BORDO DA CRISTA, VOLTADO A NASCENTE E PRESA A UM RAMO, FOI HASTEADA A  BANDEIRA NACIONAL DE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE  de que não temos imagem  - Oferecida pela Associação Cívica Pró-MLSTP, no princípio desse ano.


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