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terça-feira, 15 de setembro de 2020

Santomense, Victor Tavares Monteiro -  Um caso singular de relacionamento humano, desportista e  de infundir simpatia à primeira vista. O ex-Ministro da Defesa e Ordem Interna, atualmente promovido a Coronel na reserva,  logrou merecer a confiança de dois Presidentes da República, em S. Tomé e, querendo, pode ir mais longe

- Jorge Trabulo Marques - Jornalista  - Victor Monteiro, foi Ajudante de campo e Chefe da Casa Militar de  Manuel Pinto da Costa,  nos anos 1985-1988, posteriormente ,  Diretor do  Gabinete do Presidente . Assessor para Defesa e Ordem Interna de Fradique de Menezes  de 2003- 2008

 

VICTOR MONTEIRO. UMA FIGURA SINGULAR E UM HOMEM BOM


VICTOR TAVARES MONTEIRO ou simplesmente Coronel Victor Monteiro.
Militar de Carreira, Victor Monteiro, nasceu em S. Tomé, na antiga Roça Rio do Ouro (actual Agostinho Neto) na Freguesia de Guadalupe, à 14 de Dezembro de 1957, mas foi no Bairro do Hospital onde cresceu, à partir dos 11 anos de idade. É um polivalente desportista.
"Podemos afirmar que é/foi um homem dos mil ofícios. Pois a sua passagem pelo Atletismo, Futebol de Salão /11, Basquetebol, Voleibol e Desporto Escolar (Ginástica Acrobática), provaram isto mesmo.- Recordou Nelson d´Alva,no jornal Téla Nón – Pormenores ao fundo ou em https://www.telanon.info/desporto/2020/09/07/32506/victor-monteiro-um-polivalente-desportista-homenagem/


Foi recordista nacional dos 1500 metros, capitão da seleção nacional de basquetebol. Fez a primeira classe em Guadalupe, a segunda na Escola Infante D. Henrique, hoje conhecida por Atanásio Gomes. Diz que deveria ser hoje economista, pois tirou o curso da Escola Comercial
  Mas há um destino traçado na vida e ele tinha de vir um dia a conhecer outra  profissão e outras responsabilidades. Quando estava para fazer o curso de treinador de Basquetebol, um dos seus professores de política, era então o Chefe do Estado Maior, Raúl Bragança, que o levou para as Forças Armadas  e ficou lá até hoje. Fez a Escola de Sargentos em Angola, em cuba academia e na Ucrânia 

Victor Monteiro, de ascendência cabo-verdiana, uma pessoa muito querida e muito estimada em São Tomé, onde nasceu – Atento observador e participante na vida pública –


E quem haveria de imaginar, que,  mais de quatro décadas depois, haveria de ter  o prazer de reencontrar a pessoa que, conhecera,  naquele distante dia, quando ainda era rapaz - 
Eu era então furriel miliciano. À porta do Cinema império, um grupo de miúdos era agressivamente interpelado por um grupo de militares da polícia militar, à chapada e pedindo a identificação - E porquê? Por eles terem exteriorizado a sua alegria quando, o famoso Cassius Clay, num documentário que antecedeu a apresentação do filme Trinitá o Cowboy Insolente, manifestaram a sua exuberante alegria ao mandar a KO um pugilista branco – Fizeram-no pelo fato de, antes do boxer negro americano, o ter derrubado,  a tribuna e as bancadas, onde habitualmente se sentavam os colonos e militares, o haver feito com ruidoso estrilho.. 

Só que,  de momento para o outro, inverteu-se a cena . Como represália, o miúdos negros foram esperados cá fora à bolachada , ao mesmo tempo que lhe pediam a identificação. Nessa altura, e estando eu fardado, entrevi, dizendo: faz favor deixem essa pobre gente em paz e ponham-se andar 

– Já não me lembrava muito bem desse episódio, mas quem viveu a humilhação e a prepotência, como foi o caso de Victor Monteiro, não esquece facilmente tais memórias da sua adolescência, foi o que constatei quando nos reencontrámos,  39 anos depois de ter deixado São Tomé na ousada aventura marítima

 “Nasceu na Roça Agostinho Neto(Lobata), em 1957 e passou a sua infância e juventude no Bairro do Hospital, no distrito de Água Grande, fez toda sua trajetória juvenil e política na JMLSTP, encabeçando a revolta dos estudantes em 1974, o próprio MLSTP, ingressando posteriormente na vida militar, onde optou pela especialidade de Artilharia Missilística e Estratégia Militar, nas Forças Armadas de São Tomé e Príncipe”.





CORONEL VITOR MONTEIRO, FILHO DE BERNARDINO LOPES MONTEIRO - ELE CONTA O QUE LOGROU APURAR DE SEU PAI - OUÇA AS SUAS PALAVRAS  E REFLITA


Empenhado em ir ao fundo da História do trágico massacre do Batepá – Em Fevereiro de 1953, cerca de centena e meia de  santomenses, iam ser largados no mar por ordem do Governador Carlos Gorgulho- Tal não aconteceu porque a tripulação, liderada pelo imediato Bernardino Lopes Monteiro, se sublevou - Porém, alguns anos mais tarde, no caso de prisioneiros de guerra guineenses, persistem fortes suspeições, de, que o crime tenha mesmo sido consumado, com uma parte da carga humana, engaiolada nos porões e da qual apenas chegou metade ao seu destino - Quem levanta a questão é um tripulante, que acusa o comandante como uma figura odiada: "Foi ainda a bordo deste mesmo navio que nos deslocámos de Bissau a Cabo Verde (Tarrafal) na Ilha de Santiago) para ali embarcar supostamente 88 ex-prisioneiros de guerra, mas por razões que nunca cheguei a saber apenas 44 voltaram para a Guiné-



- Na imagem, Bernardino Lopes Monteiro, com os dois filhos:  o mais  crescidote, o Vital Monteiro, falecido em 1974, e o mais novo, Victor Monteiro, numa das raras fotos que tem de seu  pai.  Perguntou-me ele no facebook: "O meu pai gostava de vez em quando vestir esta farda: Jorge, sabes dizer-me  o que te parece? 

Sim, porque eu também o conheci na Roça Rio do Ouro  da Sociedade Agrícola  Vale Flor, pois  sou mais velho de que o Victor. E tenho uma vaga ideia de o ter visto com essa farda

Se bem me lembro, e pelo que julgo depreender (pelo símbolo do boné, onde é bem visível a letra A, pois ele nunca foi polícia nem tocou em nenhuma banda) deverá ser a farda azul e o boné dos seus tempos de imediato do navio António Carlos, que ele, mesmo depois de ter de lá saído, devido à rebelião de que ali protagonizou, vestia em certos dias, como se ao mesmo tempo fosse uma maneira de sentir orgulho por essa farda, que valorosa e dignamente soube envergar, impedindo horrível matança. 

Quem evitou a tragédia de cerca de centena meia de nativos santomenses foi o valoroso homem da imagem, ao lado, que era então imediato e que, com outros elementos africanos da tripulação, obrigou o comandante a deixá-los na Ilha do Príncipe, após o que o forçou também a deixá-los no Senegal. Mais tarde, tendo regressado a Cabo Verde, donde era natural, mesmo com outra identificação, foi detido pela PIDE  e levado para o presidiu do Tarrafal.  

"Navio de carga e passageiros a motor, construído de aço, em 1946-1947. Nº (…)no Estaleiro Naval da A.G.P.L. em Lisboa, pela CUF - Companhia União Fabril (construção nº. 120), para a Sociedade Geral de Comércio, Indústria e Transportes. (…)  quilha do ANTÓNIO CARLOS foi assente a 14-02-1946 e o navio foi lançado à água a 27-07-1946 pelo Presidente da Republica António Óscar Fragoso Carmona.  DICIONÁRIO DE NAVIOS PORTUGUESES



Nascido na Ilha do Fogo, em Cabo Verde,  mas foi em S. Tomé que, Bernardino Lopes Monteiro,  acabaria por viver a maior parte da sua vida, tendo falecido em 1971, com 63 anos de idade, como que ostracizado  na enfermaria geral do Hospital Central, devido a problemas de saúde, contraídos pelos trabalhos e vicissitudes por que passou, sobretudo quando esteve preso no Tarrafal e também por nunca  virara a cara às adversidades e ainda devido às  constantes labutas e revezes da vida. 
O Dr. Leão, seu amigo, que conhecera em Cabo Verde, ainda diligenciou para que fosse internado   na enfermaria onde ele prestava assistência, na da 2ª classe, mas não foi autorizado, com alegação de que, “esse senhor tem a cor branca mas não é branco e trabalhou na roça.”  

 Nunca confessou, publicamente o seu feito heróico  - Nem mesmo aos seus filhos, que apenas vieram a saber, quase de surdina, quando ele recordava essa façanha (passada a  bordo do barco António Carlos), a sua mãe , que namorara no Tarrafal., onde ia levar água aos presos.  No entanto, a  quem confidenciara, foi ao seu parente e grande amigo (por parte da esposa), o Sr. Domingues Martins,  conhecido por "Pômpi"quando ambos se encontraram  no Tarrafal

Mesmo assim, pese o facto do segredo ter ficado  restringido aos  seus familiares e amigos mais íntimos, ainda chegou a estar na mira das autoridades coloniais, ignorando, porém,  por que artes diabólicas lhe haviam passado essa informação. Pois  só  não o prenderam ou não mandaram de novo  para o Tarrafal, graças aos bons ofícios do português, Dr. Boticas e da médica santomense, Dr. Julieta.

REVELAÇÕES DE DOMINGUES  VAZ MARTINS – CONHECIDO POR “PÔMPI”




Batepá e Tarrafal – Prisioneiros iam ser lançados ao mar
"Ele disse-me que o branco queria jogar os presos no mar. Então ele não aceitou. Nhô Novo não ficou contente com aquilo”, opôs-se: “Disse que é gente como nós. Não pode atirar ao mar, é pecado! Talvez seja por isso que puseram na cadeia de castigo. Discutiu e disse-lhe que não podia jogar os homens ao mar dessa maneira


Atualmente a morar no Pantufo, onde o conheci, na companhia do Coronel Victor Monteiro, aquando do meu regresso a S. Tomé. E é realmente espantosa a sua revelação, pois vem desfazer algumas dúvidas acerca dos designios que levara Gorgulho a embarcar tantos presos num barco! - Diz ele o seguinte, referindo-se  às confissões que lhe fizera o seu amigo, Nhô Novo:

"Ele  disse-me que o branco queria jogar os presos no mar. Então ele não aceitou. Nhô Novo  não ficou contente com aquilo”, opôs-se: “Disse que é gente como nós. Não pode atirar ao mar, é pecado! Talvez seja por isso que puseram na cadeia de castigo. Discutiu e disse-lhe que não podia jogar os homens ao mar dessa maneira
 

Nhô Nôvo – Estava preso no Tarrafal com outros presos, na construção de estradas 

Domingos Vaz Martins, 75 anos, com habilitações muito acima da esmagadora maoira Natural da Ilha de Santiago. Veio para S. Tomé, como contratado para trabalhos nas plantações da Roça, nos porões do navio Ambrizete e por cá ficou, até hoje.  Conheceu o Nhô Nôvo na colónia Penal do Tarrafal, no local onde iam “apanhar água”, Soube, então , como ele era mais instruído de que outros presos africanos, com os quais trabalhava na construção de estradas, que lhe deram o posto de cantoneiro. Mais tarde, reencontraram-se, ambos  na Roça Rio do Ouro.

O SORTILÉGIO DE S. TOMÉ – FASCINARA NHÔ NOVO 

Nnhô Novo, quando passou a primeira vez por S. Tomé,  disse que “conheceu um país onde se mete uma mandioqueira e três meses depois tira-se  a mandioca” – Nas ilhas de Cabo Verde, chove muito pouco e a fertilidade e a exuberância de S. Tomé, fascinou-O desde logo. 

E, as voltas da vida, assim o ditaram. A sair da cadeia, quando foram  soltos os presos, em S. Tomé (que, ,as arbitrariedades  do Governador Carlos Gorgulho, tinha mandado prender, além das centenas de mortes que provocou), curiosamente, dois anos depois, em 1955, é nesta Ilha que  acabará por se fixar. 

Inicialmente, na  Roça Rio do Ouro (atual Roça Agostinho Neto), onde também o conheci, quando ali trabalhei, como entregado de mato. 

E, na verdade, nunca mais me esquecerei  daquele homem magro, alto,  quase com perfil de europeu mas, contrariamente à frieza de quem recebia as ordens, ele transmitia outra humanidade - sempre  muito aprumado (postura que certamente  herdara da Marinha) mas evidenciando uma expressão de simpatia para com toda a gente com quem falava ou o abordava. Era o leiteiro da roça, que tomava conta da vacaria e das cabras. 

Contudo, muito embora o não quisesse demonstrar ) ele era mais culto de que o patrão e de que outros empregados, já que aprendera a falar várias línguas – E foram esses conhecimentos que lhe possibilitaram a entrada como imediato do navio António Carlos.


(a linda assoalhada

Porém, 13 anos depois de trabalhar na roça grande, um dia o patrão descobriu que  ele tinha “um sobrado” na cidade, mandou-o chamar  e disse-lhe:  - “Sr. Bernardino! O Sr. vais ser transferido para Fernão Dias”
 Não, Senhor Patrão! Eu não vou para Fernão dias
 -Porquê!?
 -Porque lá tem muito mosquito e não tem luz
- Diz o patrão: olhe Sr. Bernardino! O Sr. parece branco mas não é branco
Nisto, após um curto silêncio, responde:  - pergunta o patrão:
– Então que eu faço consigo?
- Olhe, Sr. patrão: trabalhei durante 13 anos, a dizer, sim senhor. Pois, eu hoje, digo  não Senhor! Ponha-me fora da roça !
- É mesmo isso que vou fazer: e só queria duas coisas. Uma camioneta da roça que me levasse as minhas bagagens para a cidade….
- Diz  o patrão: “Eu sei que o senhor tem um sobrado na cidade”. E outra coisa que o senhor quer?

- Que levasse as minhas limárias – os seus  animais – a  Guadalupe para ali ser vendidos
Responde o patrão: lá não vais vender nada. É tudo vendido a mim por 23 escudos cada peça, seja porco, galinha, vaca ou peru.  

Seu pai deixou lá tudo e veio para cidade. E, quando seu pai, vem para a cidade, lembra-se de que ele queria comprara Roça de Santarém e Cantanhede por 380 contos (1968) e até uma pequena lojinha mas os colonos, não lho permitiram"
Morreu ainda novo porque, embora nunca voltasse a cara ao trabalho, mesmo com a pele clara, como são muitos cabo-verdiano, para o regime colonial ele era negro – E estes, salvo um caso ou outro, eram escravizados.

 
VICTOR TAVARES MONTEIRO ou simplesmente Coronel Victor Monteiro.
Militar de Carreira, Victor Monteiro, nasceu em S. Tomé, na antiga Roça Rio do Ouro (actual Agostinho Neto) na Freguesia de Guadalupe, à 14 de Dezembro de 1957, mas foi no Bairro do Hospital onde cresceu, à partir dos 11 anos de idade.
É um polivalente desportista.
Podemos afirmar que é/foi um homem dos mil ofícios. Pois a sua passagem pelo Atletismo, Futebol de Salão /11, Basquetebol, Voleibol e Desporto Escolar (Ginástica Acrobática), provaram isto mesmo.
Com então 12 anos de idade, iniciou a actividade desportiva nas modalidades de Ginástica e Futebol de Salão.
Uma experiência pelo Atletismo valeu-lhe um record Nacional nos 1.500 metros em 1976, no Estádio Nacional 12 de Julho.
Ainda na época colonial, tentou uma passagem pelo Futebol de Salão no SNECIA (Sindicato Nacional dos Empregados do Comércio, Industria e Agricultura) e Futebol de 11, onde jogava como defesa direito na então equipa do Bairro do Hospital, onde vivia, mas devido a sua estatura franzina não conseguiu impor-se.
E em contrapartida, foi no Basquetebol e no Voleibol, onde mais se destacou.
De uma estatura delgada, Victor Monteiro foi exímio praticante dessas modalidades, o que lhe granjeou simpatias na camada juvenil da época, e com direitos publicitários nas antenas da Rádio e TV nacionais.

Representou, além do Desportivo Militar 6 de Setembro e do Victória do Riboque, o Sporting de S. Tomé e o Andorinha Sport Clube.
Considerado um dos melhores jogadores de Basquetebol e de Voleibol de S. Tomé e Príncipe, capitaneou as duas Seleções Nacionais por diversas vezes e foi também distinguido em inúmeros Campeonatos Nacionais, como“melhor marcador” e “melhor atacador”, em basquetebol e voleibol, respectivamente.
Victor Monteiro representou a Seleção de S. Tomé e Príncipe por 7 vezes na Seleção Nacional de Basquetebol e por 4 vezes na de Voleibol, sendo a sua primeira internacionalização ocorrida em 1977, num jogo internacional contra a seleção universitária do Gabão em S. Tomé. E a partir daí era quase uma figura constante das seleções:



Ao longo da sua carreira conquistou 9 Títulos Nacionais em Voleibol e 8 ao nível de Basquetebol. TRAJECTÓRIA =– 1974: Futebol de Salão do SNECIA– 1975 á 1988: Basquetebol– 1976: Atletismo– 1978 á 1988 Voleibol
PALMARÉS - Atletismo: – 1976: recordista nacional dos 1.500 metros. Basquetebol: – 1987: Melhor jogador do 9º. Campeonato Nacional, – 1987: Segundo melhor marcador do 9º. Campeonato Nacional (melhor Marcador nos demais Campeonatos Nacionais)– 8 Vezes Campeão Nacional – Desportivo Militar 6 de Setembro - Voleibol: – 1984: Melhor atacador do Primeiro Campeonato (Vitória do Riboque), – 1984: Melhor atacador do segundo Campeonato (Desportivo Militar 6 deSetembro)– 1985: 3º. Lugar no torneio internacional quadrangular em Angola *9 Vezes Campeão Nacional– 1 com Sporting Clube de S. Tomé,– 1 com Andorinha Sport Clube,– 1 com Vitória do Riboque,– 6 com Desportivo Militar 6 de Setembro.

CURRICULUM – 1977: com a seleção em S. Tomé, contra a Seleção Universitária do Gabã, – 1978: com a Seleção, em S.Tomé contra a seleção do Xangai – China Popular, – 1979: com a Seleção em Luanda -Angola (3°. lugar) – 1982: com a seleção em S. Tomé contra o Desportivo de Benguela, – 1983: com a Seleção em Luanda-Angola, contra USM e Leões do Luanda, – 1983: com a Seleção, em S. Tomé, contra a Seleção do Malabo-Guiné Equatorial É actualmente, Membro Honorário da Federação Santomense de Voleibol Foi Vice Presidente da UDESCAI, Futebolde 11 (2003-2004)
Bem-Haja Coronel – Diz  Nelson d´Alva






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