expr:class='"loading" + data:blog.mobileClass'>

sábado, 24 de junho de 2023

TITANIC – Voltou a ser notícia - Como náufrago sobrevivente a minha singela e sentida homenagem às 1.514 vidas que morreram afogadas no dia 15 de abril de 1912,a bordo do navio Titanic – E, agora, às cinco pessoas que foram sufocadas a bordo do submarino Titan


Jorge Trabulo Marques - Recordo parte do texto poético que escrevi neste blogue em 2009 https://canoasdomar.blogspot.com/2009/09/titanic-homenagem-sentida-aos-que.html

Só o náufrago, o que sobrevive pode revelar o que é sentir a vida que a todo o instante pode desaparecer no marulho horrível das vagas do mar – Tive essa experiência, ao longo de 38 dias numa frágil piroga, graças a Deus sobrevivi https://canoasdomar.blogspot.com/2019/11/perdido-no-golfo-da-guine-33-dia.html

      AO MENOS QUE OS SEUS DESTROÇOS SEJAM RESGATADOS DO FUNDO DAS GÉLIDAS ÁGUAS PARA QUE O TEMPO NÃO APAGUE A MEMÓRIA DOS GRITOS DAQUELES QUE SE AFOGARAM A BORDO

Confirmou-se a tragédia que sufocou nas profundezas dos abismos a vida de todas as pessoas a bordo do submersível Titan, que desapareceu no último domingo (18) enquanto fazia uma expedição até o naufrágio do Titanic.

A Guarda Costeira americana confirmou na tarde de quinta-feira (22) que todos os cinco ocupantes da embarcação morreram após o que provavelmente foi uma "implosão catastrófica" do submersível, que pertencia à empresa OceanGate.


ERA ENTÃO UM ESBELTO E MODERNO NAVIO…HOJE NÃO É MAIS QUE UM DOS MUITOS DESTROÇOS QUE JAZEM E APODRECEM NO FUNDO DOS ABISMOS…

Grita-se aos gélidos céus! Implora-se  compaixão!

Ouvem-se gritos lancinantes! Ecos de vozes,aturdidas!

Vozes desesperadas, suplicando piedade às alturas, a Deus!

Almas aterrorizadas, aflitas, ante a negra e vasta imensidão!

Que o mar abafa, mergulha, envolve e afoga em negro turbilhão!


Cenário sideral! - Fantasmagórico! irreal!

Gélida e diluída imagem de aflição e tragédia! 

Escurissimamente  ondulante, indistinta, pavorosa e  informe!

Aquele magnífico navio - que à luz do dia - parecia glorificar...

Os mares e os céus!...É agora mero brinquedo partido e pique!

Massa gigante esquecida, vulto perdido, que se afunda e perde!

Grotesco e sombrio volume de ferros,rangendo num mar cruel! 

Tudo se confunde e dilui na mesma vertigem povoada de aflição e pavor! 

Imersa de tumulto, de  múltiplos rumores! - Sufocada de desespero e solidão!...

Em redor - nos gélidos mares! - corre e rumoreja, uma aragem solta de cinza e desamor!

Perpassada de terríveis presságios!... De lágrimas 

que se perdem lavadas de áspero gelo e sal!

Plangente e chorosa!... - De imenso abandono e esquecimento, 

horrivelmente  afogado e triste!

Nos vivos, paira o pesadelo sobre o mar! 

- O espelho da angustiosa aflição, desespero e morte! 

Dos corpos, que bóiam afogados à superfície das gélidas águas?!... 

Nem o menor vagido ou voz! Já não fazem parte deste mundo! 

- Afogaram-se!... Alguns vão rolando  ao fundo dos abismos!

São o vulto fugidio das liquidas sombras!

 - Cadáveres submersos! Nada mais  têm para contar


Cenário gélido e perturbador! - Oh  - e até os céus!

Dos mais altíssimos, indiferentes e  impiedosos céus !.. 

Donde ainda brilham escassas e  longínquos estrelas no infinito!

Do alto nada mais sobra ou resta que a sideral e surda mudez!

Embora - aqui e além -  sobre a imensa e negra vastidão ! 

Se rasguem, diluam  ou cerrem  abertas de estranhissima claridade!

A dissipar a escorrência espessa que rodopia  em negro  e gelado torvelinho! 

SOLIDÃO, O VAZIO E A MORTE!...

Para onde quer que se olhe, não há vivalma!

Ninguém acorre em socorro!... Nenhum farol se avista!…

Nem uma pontinha de luz se descobre!...

Até as estrelas, que, lá no alto,

costumam ser tão rutilantes, não brilham!

Parecem agora ainda mais longínquas, distantes!

- Estão apagadas, escondidas!... Sumiram-se!

E, mesmo os que sobrevivem e vogam à sorte,

para eles, até parece que já nada existe! 

- Senão o vazio, o abandono e a morte!.

Jorge Trabulo Marques



Parecem agora ainda mais longínquas, distantes!

- Estão apagadas, escondidas!... Sumiram-se!

E, mesmo os que sobrevivem e vogam à sorte,

para eles, até parece que já nada existe! 

- Senão o vazio, o abandono e a morte!.

Jorge Trabulo Marques


Nenhum comentário :