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sábado, 4 de novembro de 2023

Arte Vinícola do Côa - O primeiro vinho a promover o Vale Sagrado e as suas Gravuras, Património da Humanidade, partiu da iniciativa da extinta Adega Cooperativa de V. N. de Foz Côa

                                                       Jorge Trabulo Marques - Jornalista

Com fotos de minha autoria, sob a Presidência de Abílio Pereira e da orientação técnica do enólogo Fernando Azevedo, sim, antes de ser vendia ao desbarato - Numa destas sessões fotográficas, dei um trambolhão, mas, graças a Deus, salvo uns arranhões, lá me segurei a umas giestas e não me despenhei por ali abaixo do precipício do Fariseu.

Arte Vinícola do Côa e Douro - Em foto-vinicultura - O primeiro vinho a promover o Vale Sagrado e as suas Gravuras, partiu da iniciativa da extinta Adega Cooperativa de V. N. de Foz Côa, com fotos de minha autoria, sob a Presidência de Abílio Pereira e da orientação técnica do enólogo Fernando Azevedo, sim, antes de ser vendia ao desbarato - Numa destas sessões fotográficas, dei um trambolhão, mas, graças a Deus, salvo uns arranhões, lá me segurei a umas giestas e não me despenhei por ali abaixo do precipício do Fariseu.


Chegou a ser das Adegas Cooperativas da região duriense, a mais próspera e mediática: em qualidade e em quantidade de produção, com as contas em dia e sem dívidas: pagando aos seus associados e empregados

ABÍLIO PEREIRA – O PRESIDENTE DA DIRECÇÃO QUE MAIS INOVOU E PROJECTOU A ADEGA COOPERATIVA DE FOZ CÔA A NÍVEL NACIONAL E INTERNACIONAL.

Os tempos, em que, a Adega Cooperativa de Vila Nova de Foz Côa, era realmente uma Grande Adega, são, de facto, já de um outro tempo. Hoje, também sou dos que me associo à tristeza do fim infeliz desta Adega , pois também lá deixei muitas horas da minha vida - Fiz várias reportagens fotográficas para a cooperativa, a pedido de Abílio Pereira, quase sem custos para a Adega: que pagava diretamente aos laboratórios fotográficos - Fi-lo praticamente movido pelo espírito voluntarioso de contribuir para a promoção dos produtos mais emblemáticos do meu concelho.

Numa altura em que a polémica barragem-gravuras dividia município e vários sectores da população, a adega, chegou a ser considerada a sala de visitas de Foz Côa. Nela foram recebidas as mais diferentes personalidades: desde ministros, presidentes da república, o Príncipe do Liechtenstein o D. Duarte Nuno de Bragança - o rei de Espanha Juan Carlos da Espanha o Presidente da República, Jorge Sampaio, o então Primeiro-Ministro António Guterres - o Ministro da cultura, Manuel Maria Carrilho, Jorge Coelho, ..João Cravinho .Ferro Rodrigues..

O então Presidente da Câmara Municipal do Porto, Fernando Gomes entre outras destacadas figuras dos vários partidos e funções, nacionais e estrangeiras - E até alguns ministros dos PALOP

Abílio Pereira, tomou a iniciativa inédita (nunca experimentada) de envelhecer vinho a cerca de vinte metros de profundidade, sob a orientação do enólogo Fernando Azevedo, junto à ponte do Rio Côa. O que levou a que o nome da Adega e de Foz Côa, voltasse a ser motivo de noticia em todo o mundo.

A então Adega Cooperativa, mais de que uma sala de visitas, cedo se transformou num autêntico cartão de divulgação e da sua promoção: ou haverá algo melhor nesta região, para promover o seu património cultural e histórico, que através da sua riqueza natural , do vinho e do azeite?!...Produzido e engarrafado em garrafas adequadas e reveladoras da melhor apresentação, garantia e criatividade - Mas, depois, passados os tempos de luta, quem passou a figurar nos roteiros e exposições do Parque Arqueológico, foram outros.

Atualmente é propriedade da firma Mateus e Sequeira. Acabou num quase completo abandono, sob a gestão de um processo de insolvência polémico, que ditou o fim de uma das mais antigas unidades da região do duriense no sector da vitivinicultura. – Pelo que se depreendeu, não se acautelando, nem os interesses dos credores, nem dos seus associados, mas, vá lá que, das cinzas renasceu nova vida, das ruínas em que ficou, parece ter ressurgido uma unidade vinícola, bem estruturada e como renovadas perspetivas de futuro

Não há talvez terra mais madrasta - se bem que de uma beleza agreste, única- que as encostas alcantiladas de socalcos ou as íngremes ladeiras do Douro. Todavia, é nesta região que se produz um dos mais afamados néctares do mundo: o famoso vinho fino generoso, ou Vinho do Porto.

Suco que as raízes das videiras vão buscar aos ardores do chão xistoso, aos sedimentos que afloram à superfície e produzir as tão saborosas uvas. Para depois o rei sol as amadurecer e lhe refinar sabores e a cor. Fruto, naturalmente, de um esforço hercúleo. E tantas vezes não devidamente compensado. Umas vezes consequência das intempéries, impossíveis de controlar, outras, porque, no fim de contas, quem beneficia com a venda do Vinho do Porto, são os exportadores e muito pouco os produtores.

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