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sábado, 18 de novembro de 2023

“O Futuro em Aberto - Pensar Portugal” –- 7º livro do coronel Manuel Pedroso Marques, antigo capitão do “Movimento de Beja”, em 1961, contra a ditadura salazarista, que lhe valeram vários anos de exilio mas também uma larga experiência de vida em vários ramos de atividade, foi apresentado em Gaia e em Lisboa - Em 9 e 14 de novembro.

                                     Jorge Trabulo Marques - Jornalista - Com videos 

Reportagem também editada em  https://templosdosol-chas-fozcoa.blogspot.com/2023/11/o-futuro-em-aberto-pensar-portugal-7.html

A obra, que pretende demonstrar o contraponto entre o espírito progressista e o conservadorismo, tem a chancela da   Âncora editora e, por coincidência,   foi editada num tempo de uma certa  incerteza política pelas razões já conhecidas, mas o autor diz que não tem nada de premonitório, porque, o livro começou a ser escrito  há vários anos reconhecendo, no entanto, que outro está em aberto! Essa ideia deve ser a assumida pelo comum das pessoas

A primeira sessão contou com apresentação do  professor universitário e presidente da Misericórdia do Porto, António Tavares, na Sala de Âmbito Cultural, do El Corte Inglês de Gaia – E, depois,   na passada terça-feira, no  espaço cultural da mesma empresa, em Lisboa, com apresentação da Professora de Direito da Saúde e da Bioética da Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa, Helena Pereira de Melo



O lançamento decorreu no seio de um auditório muito atento, e caloroso, num salão repleto, em que o autor confessou encontrar-se num ambiente familiar.  Pelo que vimos, não só pelos muitos dos rostos, que marcaram presença, lhe são amigos e admiradores do seu percurso e afinidade política e  da sua obra literária –inclusivamente da vida militar, como o capitão de Abril, Vasco Lourenço, entre outras figuras militares e de diferentes ramos,  bem como  a sua esposa, a antiga jornalista e ativista de temas culturais e sociais, Maria Antónia Palla, mãe de António Costa, com quem vive há mais de 40 anos.  Mas, naturalmente, sentindo-se perfeitamente também à vontade,  atendendo à larga e riquíssima experiência que diz possuir  no meio jornalístico e editorial.

Eu estou num cenário que me é familiar…. Porque, a profissão que eu exerci durante mais tempo, como exilado político no Brasil, foi próximo da Comunicação Social e das Editoras. Fui editor, durante seis anos, de uma grande editora, que tinha três chancelas editorais e editei 300 livros, deste género de livros, e, portanto, apresentação de um livro, é uma coisa que me é muito familiar … E devo dizer que tenho uma grande felicidade de ter reparado agora mesmo a uma das melhores apresentações que eu vi na minha vida

Penso, que, em Portugal, há uma certa dificuldade em antecipar a chegada do futuro e há uma certa dificuldade em afastar o passado

 O futuro é incerto, mas só o futuro nos traz novas oportunidades. Forma de conciliar as reflexões sobre as dificuldades atuais do nosso país e sobre a procura das capacidades de as ultrapassar”.

Nesta obra, referem-se alguns “males portugueses”. Denunciam-se vícios, erros, deficiências culturais, indecisões ridículas, ausências de planeamento e outras máculas coletivas, responsáveis pelo atraso do nosso país, relativamente a outros.

Continuamos na cauda da Europa desde os alvores do “comércio da pimenta”. Porém, vencemos ameaças e adversidades à própria soberania. E temos dado saltos em frente, granjeando respeito e alguma notoriedade internacional em relação a certos valores, aproximando-nos de um futuro melhor do que o presente.

As perspetivas de futuro atemorizam as coletividades, no mundo atual, como se refere: competições por hegemonia económica e política entre países, guerras, alterações climáticas, etc.

Mas só a democracia consegue enunciar as alternativas e as opções políticas nacionais, capazes de motivar as sociedades, no sentido do progresso e do desenvolvimento humano. Só em democracia se consegue eleger uma estratégia nacional capaz de alcançar estes objetivos.

A nossa comunidade condicionará o seu futuro pela ideia que fizer dele. Pensar o futuro de Portugal constitui uma obrigatoriedade estratégica. E o estratégico consiste em definir objetivos que se considerem essenciais, em função das capacidades existentes e a adquirir, tendo em vista a estratégia dos Outros, aliados e concorrentes, com a prospetiva sobre as oportunidades que o futuro nos facilita ou dificulta. É o que este livro ensaia.

A diferença entre os Homens e os Deuses é que só estes conseguem ler o futuro”, disse Platão. E o repete ainda hoje, quem desista de pensar — “o Futuro a Deus pertence”.

Álvaro de Campos disse que “pertencia àquela classe de portugueses que depois da descoberta do caminho marítimo para a Índia ficou sem emprego”. Ideia errada de Fernando Pessoa, que pressupõe que o país só teve uma estratégia — a dos Descobrimentos.

 “Quando a indecisão cai no ridículo, qualquer decisão é boa”. Esperemos que esta ideia de Balzac não seja aproveitada para a localização do novo aeroporto de Lisboa.

  “Quando se desconfia de tudo e de todos, o fascismo vem aí”, Madeleine Albright. A Democracia tem de constituir a base subjacente da Confiança dos cidadãos no Futuro.  A história das relações entre os poderes políticos instalados e Os emergentes regista guerras e alianças. À opção do Ocidente e do Oriente, do Norte e do Sul do mundo atual só pode ser uma — a Paz.

A história das relações entre os poderes políticos instalados e Os emergentes regista guerras e alianças. À opção do Ocidente e do Oriente, do Norte e do Sul do mundo atual só pode ser uma — a Paz. - É destaque de algumas passagens na contra-capa do livro

            OUTRAS  OBRAS DO CORONEL MANUEL PEDROSO MARQUES


Breve entrevista com o autor numa sessão de autógrafos na 93ª feira do livro de Lisboa, que encerrtou no passado dia 13 de Junho - Diálogos Improváveis –Diz o autor Manuel Pedroso Marques - é um diálogo entre o populista, a democracia, o radical e a opinião pública – Que dão força às palavras ditas, clarificam "conceitos em forma de personagens" que dialogam sobre mudanças, mitos, crises e divisões sociais. Todas as personagens, consoante os temas, revelam opiniões de esquerda, direita ou sem nenhum enquadramento político.

Falam da crise da democracia, do passado e do futuro, na voz e nas vontades que solicitam o leitor a identificar e a identificar-se sob o ponto de vista político. Falam da globalização (suas dificuldades e perspetivas), do Brexit e dos referendos como modo democrático de consulta ou forma populista de decidir; falam da questão social - uma discussão em aberto, sem fim, como as desigualdades, o poder do laicismo, o entendimento democrático ou não do nacionalismo, e as pressões dos supra e dos subnacionalismos. A conversa, no campo internacional, aborda a situação no Médio Oriente, o terrorismo, as intenções e as dissensões, a guerra e os seus efeitos mais graves - as migrações e as manifestações de ciberguerra. Comenta práticas da teoria da conspiração, da pandemia da Covid vista por leigos e, enfim, "da liberdade - o tudo ou o nada na sociedade". Nestes diálogos não há teses esmagadoras de todas as objeções. A reflexão enriquece-se com contrapontos externos a ela mesma: as personagens afinaram ou até corrigiram alguns pontos de vista. Os Diálogos Improváveis aqui ensaiados estimulam também o leitor a criar certezas ou dúvidas, afetos ou rejeições, mas sem excluir a diferença do humano.


"OS EXILADOS” – Por que é que há tantos exilados políticos em Portugal? Por que é que isso aconteceu?”- A resposta  é dada  no livro de autoria do  coronel Manuel Pedroso Marques, lançado, em 2016 sobre a temática do exílio, uma situação marcante na sociedade portuguesa, desde os descobrimentos, mas escassamente abordada, em que os protagonistas desta obra são exilados, deportados, banidos, torturados, refugiados e comuns emigrantes, portugueses, brasileiros, espanhóis, do exílio judeu, do galego e de outros, em diferentes épocas e circunstâncias. No caso de Portugal, salienta-se o quadro estratégico e político responsável pelo elevado número de emigrantes, exilados e estrangeirados, ao longo da nossa história. Também o Brasil e os exilados brasileiros em Portugal merecem especial referência.

 

É referido que não se mitificam sacrifícios, nem valentias. Mas denunciam.se os crimes, as contradições e o ridículo de muitos ditadores

Na parte final da entrevista, que me concedeu na Feira do Livro, em 2016, recordou a crise de 2008, a primeira crise económica, em que, publicamente, as entidades responsáveis, na maioria dos países diz que é uma crise que tem de ser paga pelo contribuintes. É a primeira vez em que isso se diz:

Nas outras, na crise de 29, faliram 10 mil bancos nos EU; suicidaram-se muitos banqueiros e investidores; agora não se suicidou nenhum, não morreu ninguém e também não se prendeu ninguém e alguns deviam estar presos

Manuel Pedroso Marques, nasceu em Lisboa mas tem raízes nos Escalos do Meio, concelho de Pedrógão Grande. , é casado com Maria Antónia Palla Doze anos de exilio - Participou, como capitão, numa ação militar e civil contra a ditadura em 1961. Em Portugal, foi redator, editor, gestor e escreveu sobre temas de Administração, sociais e políticos. Redator da Enciclopédia Delta Larousse, dirigida por António Houaiss, foi editor de três chancelas editoriais no Brasil. Em Portugal foi presidente da RTP, da empresa do Diário Notícias e da Capital, administrador da Bertrand e da Difel, de empresas de publicidade e da Agência Lusa de Notícias.

Em funções militares esteve por duas vezes colocado no gabinete do Chefe do Estado-Maior do Exército, foi assessor militar do Primeiro-Ministro, Mário Soares, e foi instrutor de capitães de Administração Militar nas aulas de Estratégia e Teoria de Administração.
Publicou: Liberdade é também vontade (coautoria), Relações de Poder na EmpresaO Jogo estratégico na GestãoTempos difíceis Decisões urgentesOs Exilados não esquecem nada mas falam pouco. - Entre outros títulos. 

Escreveu artigos de opinião, sobre temas políticos. Publicou: Relações de Poder na Empresa, em Publicações Europa-América, 1980; O Jogo Estratégico na gestão, Difel 1996: Tempos Difíceis ; Divisões Urgentes, Bnomics, 2010


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