QUEM MATOU O FUNDADOR DO
NACIONALISMO MOÇAMBICANO?
Eduardo Chivambo Mondlane, nasceu em Gaza, 20 de Junho de 1920,foi um dos
fundadores e primeiro presidente da Frente de Libertação de Moçambique
(FRELIMO), a organização que lutou pela independência de Moçambique
No passado dia 3 de Fevereiro, de 2015, completaram-se
46 anos sobre a sua morte – Perpetrada por agentes do colonialismo Português –
A data e a figura desse grande herói da resistência moçambicana, foi outro dos
temas recordado na Casa Internacional de S. Tomé e Príncipe, com uma interessante
intervenção de Alberto Paulino Alface, antigo combatente da
FRELIMO e 1º Secretário do Comité da FRELIMO em Lisboa, o médico que se
fixou,em Portugal, há 28 anos, devido,
devido aos conflitos fratricidas pós independência
Muito se tem falado das circunstâncias em que decorreu
a sua morte, pelo que era inevitável que esta importante questão, ali fosse
exposta, entre outros aspetos singulares da figura de um homem que sacrificou a vida em prol da libertação do seu país
(..)”Eduardo Mondlane morreu a 3 de Fevereiro de
1969 ao abrir uma encomenda que continha uma bomba, na casa de uma
ex-secretária sua, Betty King. Suspeita-se que a encomenda teria sido preparada
em Lourenço Marques, pela PIDE, a polícia secreta portuguesa, mas como chegou
às suas mãos e por que foi ele a abri-la nunca ficou esclarecido.”
“Mondlane deixou viúva, Janet Mondlane, que foi a
primeira Directora Nacional de Acção Social de Moçambique independente e a
primeira presidente do Conselho Nacional contra a SIDA, já nos anos 2000-2004,
e três filhos. Mais importante, deixou um livro, "Lutar por
Moçambique", que só foi publicado alguns meses depois da sua morte, onde
detalha como funcionava o sistema colonial em Moçambique e o que seria
necessário para desenvolver o país.” – http://pt.wikipedia.org/wiki/Eduardo_Mondlane
“Fevereiro Antes de Abril” – Tema de um debate
promovido pela Casa Internacional de S. Tomé e Príncipe, que pretendeu recordar
o 3 de Fevereiro, o dia do mês, embora em anos diferentes, em que se deram os massacres
do Batepá, em S. Tomé (3 de Fev. 53); em que morreu Eduardo Mondlane (3 de
fev.69) um dos fundadores e primeiro presidente da Frente de Libertação de
Moçambique (FRELIMO); o4 de Fev. de Fev. de 1961, Inicio da Luta Armada – “Um caminho para a Dignidade”, acontecimentos, esses, considerados importantes para o desencadear
da Revolução do 25 de Abril em Portugal
Houve momentos para
recordar tragédias e atos de heroicidade, mas também de poesia e cântico,
além de agradáveis momentos de debate e convívio. Já nos havíamos referido a este tema no Facebook e em video do Youtub - Todavia, entendemos que se justificava neste site um maior destaque
O 4 DE FEVEEIRO DE 1961,
EM ANGOLA
Com o assalto à Cadeia de S. Paulo, para libertação
dos presos políticos – Dava-se o início da luta armada 4 de Fevereiro 1961: Início da luta armada em Angola já lá vão 54 anos – Uma das figuras mais emblemáticas
da resistência foi Agostinho Neto –
Evocado num dos seus belos poemas por Marília E. Santos
Não creio em mim
Não existo
Não quero eu não quero ser
Não existo
Não quero eu não quero ser
Quero destruí-me
- Atirar-me de pontes elevadas
e deixar-me despedaçar
sobre as pedras duras das calçadas
- Atirar-me de pontes elevadas
e deixar-me despedaçar
sobre as pedras duras das calçadas
Pulverizar o meu ser
desaparecer
não deixar sequer traço de passagem
pelo mundo.
desaparecer
não deixar sequer traço de passagem
pelo mundo.
BATEPÁ, 3 DE FEVEIERO DE 1953
"Anoite que me envolve
Essa vagabunda alma penada"
(ouça este belo poema, que editamos no Youtub)
Rufino Espírito Santos –
também é poeta e, como todo o santomense da sua geração, os massacres do
Batetá, fizeram mágoas e chagas em
muitos corações. Pelo que, a verter tais sentimentos em forma poética, vai
um passo: que é o de, simplesmente, pegar-se na caneta (como foi o seu caso) e
começar a escrever, acerca de tão trágica
datata de 3 de Fevereiro, de 1953 –
Mesmo à distância dos anos, há ainda emoções, silêncios dolorosos ou lágrimas, que só a poesia consegue exprimir em palavras. Creio ter sido o caso do belo poema que leu na Casa Internacional de S. Tomé e Príncipe, subordinado ao tema, “Fevereiro antes de Abril”, através do qual se pretendeu realçar quanto os acontecimentos, que decorreram neste mês, no período colonial, contribuíram para o 25 de Abril em Portugal
Mesmo à distância dos anos, há ainda emoções, silêncios dolorosos ou lágrimas, que só a poesia consegue exprimir em palavras. Creio ter sido o caso do belo poema que leu na Casa Internacional de S. Tomé e Príncipe, subordinado ao tema, “Fevereiro antes de Abril”, através do qual se pretendeu realçar quanto os acontecimentos, que decorreram neste mês, no período colonial, contribuíram para o 25 de Abril em Portugal
Muito embora em anos
diferentes, todos os oradores reconheceram a sua importância no reforço do
nacionalismo de cada um dos seus países, a consciencialização e o sentimento do
desejo de libertação do jugo colonial
Os acontecimentos do massacre do Batepá, de 3 de
Fevereiro de 1953, organizados pelo Governador Carlos Gorgulho, que visavam
liquidar a elite santomense e, sob pressão dos roceiros, submeter também, a restante
população ativa a trabalho escravo, a pretexto de um alegado golpe de estado,
por “comunistas”, de cuja barbárie resultariam várias centenas de mortos,
contrariou os desígnios colonialistas da época.
Comemorações, de 3 de Fevereiro, em Fernão Dias ou
no Museu nacional? -Esta questão também foi aborda, e está registada
noutro vídeo editado no Youtub
Na opinião de Rufino Espírito Santo, reforçou o sentimento nacionalista e o
desejo de libertação do jugo colonial - Aliás, foi justamente essa onda de
repressão, então desencadeada, que haveria de contribuir para o despertar da
luta e organização do movimento independentista – Assim o reconheceu, em
recente entrevista, Leonel Mário d’Alva, um dos fundadores do Comité de
Libertação de São Tomé e Príncipe (CLSTP), juntamente com outros patriotas http://www.dw.de/massacre-de-batep%C3...
FEVEREIRO UM MÊS
COMPLETAMENTE DISTINTO DOS OUTROS - ONDE SE MISTURAM AZIÁGAS MEMÓRIAS
– SALVO O INÍCIO DA LUTA DE LIBERTAÇÃO DE ANGOLA
Rufino Espírito Santo, natural da Ilha de S. Tomé,
foi um dos oradores no debate promovido pela Casa Internacional de S. Tomé e
Príncipe, subordinado ao tema, “Fevereiro antes de Abril”, através do qual se
pretendeu realçar quanto os acontecimentos, que decorreram neste mês, no
período colonial, contribuíram estes acontecimentos para o 25 de Abril em
Portugal
Muito embora, em anos diferentes, todos os
oradores reconheceram a importância no reforço do nacionalismo de cada um dos
seus países, a consciencialização e o sentimento do desejo de libertação do
jugo colonial – quer o 3 de Fevereiro de 1953, com os massacres do Batepá, em
S. Tomé, quer o 4 de Fevereiro de 1961, em Angola,” Inicio da Luta Armada - Um
caminho para a Dignidade, tema escolhido por Marília E. Santos ou o 3 de
Fevereiro de 1969, Dia do Herói Nacional, em Moçambique, data da morte de
Eduardo Mondlane - Um Símbolo das Independências, a que se referiu, Alberto
Paulino Alface, antigo combatente da FRELIMO e 1º Secretário do Comité da
FRELIMO em Lisboa
Relativamente ao local, se a comemoração do 3 de
Fevereiro devia ser na Fortaleza (Museu Nacional) ou em Fernão Dias, Rufino
Espírito Santo disse desconhecer o espírito que esteve por detrás da decisão da
mudança de local - "Eu não sei bem qual o espírito que estava por detrás daquela
decisão – Mas também é verdade que houve pessoas que foram interrogadas e
torturadas na fortaleza". Reconhecendo, porém, "que não tem aquele simbolizo de
Fernão Dias, que o Campo de Concentração, onde se deram as maiores atrocidades. Além disso tem a tradição de ser comemorado no local". Mas há um pormenor que eu não
gostei nos protestos. Pelo menos nas entrevistas que eu vi na televisão, é que
as pessoas queriam a comemoração para fazer ali a festa – Referindo que, se na
realidade for esta a ideia de que se tem do 3 de Fevereiro, não vale a pena
fazer em Fernão Dias, mas é mantendo o respeito e o simbolismo que representa
este local”
Linkes de outros vídeos editados por nós sobre o mesmo evento:
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