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quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

BIBI FERREIRA - ENTREVISTA E O MUSICAL, EM 1988, QUE ATRIZ E CANTORA, CONSAGROU NO BRASIL E EM PORTUGAL- OS SONS NA ESTREIA DA SUA PEÇA NO TEATRO DO CASINO ESTORIL

Jorge Trabulo Marques - Jornalista   - Antigo repórter da Rádio Comercial-RDP - Entrevista e excertos do espetáculo recuperados do meu arquivo - Com pena minha tive que proceder alguns cortes para o poder editar no Youtube    - C



 MEU TRIBUTO À DIVA DO MUSICAL DA LÍNGUA PORTUGUESA  – 0 Adeus  aos 96 anos  – Partiu para a eternidade, mas o seu legado artístico,  o seu talento  e seu estilo invulgar, também continuará a brilhar no firmamento das mais brilhantes estrelas  da canção e do teatro

 ENTREVISTA E  O ESPECTÁCULO EM 1988 - TEATRO DO CASINO ESTORIL



Tive que ser reduzido, com alguns cortes:para ser editado com imagens no Youtube, recolhidas na Web

De seu nome, Abigail Izquierdo Ferreira, mais conhecida como Bibi Ferreira, nascida no Rio  de Janeiro, em 1 de junho de 1922, cidade onde faleceu em  13 de Fevereiro de 2019  - De ascendência portuguesa, espanhola, a sua longa carreira, consagrou-a como   umas das atrizes mais admiradas do seu pais, quer como intérprete das mais diferentes personagens, quer como cantora, apresentadora  e compositora:

“O teatro é  um jogo: é sempre uma incógnita: é tomar uma caravela e ver se    terra no outro lado; a gente faz a coisa para o sucesso mas nunca se sabe se vai agradar”  - Declarou-me, em 1988, a legenda  do musical e dos  palcos do Brasil , momentos antes da estreia da sua peça  Edith Piaf, no teatro do Casino Estoril, após um grande sucesso pelo seu país.



GLOBO "Ela amanheceu normal, acordou tomou seu café da manhã e tudo. Depois ela só se queixou que estava se sentindo um pouco com falta de ar. Então como tem enfermeira, tem tudo, tiramos a pressão, o pulso estava fraco. Imediatamente chamamos o Pró-Cardíaco. Eles vieram muito rápido, muito rápido mesmo, ambulância, médico, tudo, mas quando chegaram ela já tinha partido. Ela morreu dormindo, tranquila", explicou Tina. 

A Secretaria Estadual de Cultura e Economia Criativa informou que o velório vai ser no Theatro Municipal do Rio. A cerimônia, aberta ao público, ocorre de 10h às 15h. Depois, o corpo de Bibi deve ser cremado.  – MAIS PORMENORES EM  Bibi Ferreira, diva dos musicais brasileiros, morre aos 96 anos

BIBI FERREIRA, A MAIOR ESTRELA DO TEATRO, LUSO-BRASILEIRO, PARTIU PARA A ETERNIDADE AOS 96 ANOS  - ENTREVISTEI-A HÁ 31 ANOS -  POR UM  ESTRANHÍSSIMO  MAS COMOVENTE ACASO, DOIS DIAS DEPOIS DA SUA MORTE, DESCOBRI O  REGISTO NO MEU VASTO ARQUIVO, DE REPÓRTER NA EXTINTA RÁDIO COMERCIAL-RDP

Tal como foi noticiado, Bibi Ferreira, diva dos musicais brasileiros, atriz, diretora, cantora, compositora e apresentadora morreu em seu apartamento, no Rio de Janeiro, no passado dia 13 de Fevereiro, no seu  apartamento na  zona sul do Rio
De seu nome completo Abigail Izquierdo Ferreira, mais conhecida como Bibi Ferreir, nascida no Rio de Janeiro, em 1 de junho de 1922, cidade donde partiria para a eternidade - De ascendência portuguesa, espanhola e argentina. Era filha da bailarina Aída Izquierdo  e de Procópio Ferreira, artista que brilhou por décadas no teatro e nas telas. –

Curiosamente, tenho um amigo, com este nome, nascido em Castelo Melhor, do concelho de V. Nova de Foz Côa – Quem sabe se não haverá por ali algum rasto familiar.

ESTRANHA COINCIDÊNCIA

Dois dias da sua morte, descubro a gravação, não sei porque estranha coincidência - Quando procedia à digitalização de algumas entrevistas e apontamentos de reportagem do meu vasto arquivo, como repórter da Rádio Comercial, deparo com  a entrevista e o registo do espetáculo, em que foi cabeça de cartaz, em 1988, no Teatro do Casino Estoril

De seguida, vou ao meu computador, ver se ainda era viva, quando descubro que tinha falecido há dois dias - Confesso, que, além de emocionado, me questionei de tão invulgar acaso. – Mas, enfim, não se sabe como e porquê. serão, por certo,  das tais coincidências, que o fundo das memórias do subconsciente vai buscar para depois subirem ou alflorarem à tona do consciente,

Residindo, nessa altura, num andar  próximo  do Casino Estoril, com a minha companheira Elizabeth – nascida numa antiga colónia francesa   - e , tendo recebido um amável convite do meu amigo Dr. Lima de Carvalho, aproveitámos para assistir à estreia  do espetáculo de Bibi Ferreira ,tanto mais que  tinha como principal  personagem do peça,  a vida de Edith Piaf, um dos mais notáveis ícones da música francesa,  tendo-o, por isso,   gravado uma boa parte do mesmo espetáculo – Porém, dada a sua extensão, para o editar no Youtub, tive que lhe  fazer alguns cortes, uma vez que a versão inicial,  gratuita, só admitia o som e não as imagens.

VAI EM 31 ANOS QUE  BIBI FERREIRA APRESENTOU EM PORTUGAL O ESPETÁCULO "PIAF" DE PAM GEMS., COMO CABEÇA DE CARTAZ


Depois de ter se apresentado muitas vezes em Lisboa, nomeadamente no Parque Mayer (55-60), a grande atriz Bibi Ferreira volta a Portugal, EM 1988.. Contracenando com Henriqueta Maya - Helena Isabel – Carlos Quintas- Vitor Ribeiro – Norberto Barroca – Dulce Guimarães – Diogo Dória – Nuno Melo  - Luis Aleluia -  Luís Vicente  e Luís Esparteiro
Volta, uns anos depois, com outro espetáculo  onde recorda os maiores sucessos de Edith Piaf  - Bibi Canta Piaf -  que teve uma curta série no Teatro Tivoli

Em 2012, ano em que comemora 90 anos, Bibi Ferreira protagoniza um espetáculo onde lembra as grandes comédias musicais que fez. Depois segue com um passeio pela música popular brasileira, apresentando canções de diversos géneros e décadas, desde o repertório romântico de Elizeth Cardoso à música de Sergio Ricardo, passando por Tom Jobim e Vinicius de Moraes, Chico Buarque e Paulo Pontes, entre outros. Destaque ainda para a interpretação de temas de Amália Rodrigues e de Edith Piaf, outra grande mulher vivida em palco por Bibi Ferreira.

ESTES OS ESPETÁCULOS EM QUE PARTICIPOU EM LISBOA– NA DÉCADA 50/60


1957 — "Há Horas Felizes!" - Teatro Variedades[3]

1957 — "Curvas Perigosas" - Teatro Maria Vitória[4]

1958 — "Com o Amor Não se Brinca" - Teatro Maria Vitória[5]

1958 — "Minha Filha é de Gritos!" - Teatro Maria Vitória[6]

1958 — "Por Causa Delas…" - Teatro Maria Vitória[7]

1959 — "Encosta a Cabecinha e Chora..." - Teatro Maria Vitória[8]

1959 — "Tudo na Lua" - Teatro Maria Vitória [9]

1960 — "Taco a Taco" - Teatro Maria Vitória [10


 ALGUNS DOS DADOS BIOGRÁFICOS DIVULGADOS PELA IMPRENSA

PÚBICO  -(...)  Abigail Izquierdo Ferreira nasceu no Rio de Janeiro, em 1922. Aos três anos entrava já num espectáculo a cantar zarzuelas em espanhol, integrada na companhia Revista Espanhola Velasco, onde a mãe trabalhava como bailarina. Cantou ainda em óperas e bailados e chegou a fazer parte do Corpo de Baile do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, antes de ir estudar para Londres, onde se dedicou às artes dramáticas.


Em 1936 estreou-se no cinema, no filme Cidade-Mulher, de Humberto Mauro, em que cantava o samba Na Bahia, de Noel Rosa e José Maria de Abreu. A sua última participação no grande ecrã, foi a fazer de si própria em O teatro na Palma da Mão (2011), de Flávio Rangel.

Na televisão, participou na minissérie Marquesa de Santos (1987), de Wilson Aguiar Filho, personificando a rainha Carlota Joaquina.

Em 1941, estreou no Brasil a peça cómica La Locandiera, de Carlo Goldoni, protagonizando Mirandolina. Três anos depois fundou a sua própria companhia, na qual fez Sétimo Céu. Deu ainda aulas de interpretação e direcção no Teatro Duse e na Fundação Brasileira de Teatro, no Rio de Janeiro, na década de 1950. - Excerto

Bibi Ferreira cantou ainda em óperas e bailados e chegou a fazer parte do Corpo de Baile do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, antes de ir estudar para Londres, onde se dedicou às artes dramáticas.

Em 1936 estreou-se no cinema, no filme “Cidade-Mulher”, de Humberto Mauro, em que cantava o samba “Na Bahia”, de Noel Rosa e José Maria de Abreu.
A última participação de Bibi Ferreira no grande ecrã, foi a fazer de si própria em “O teatro na palma da mão” (2011), de Flávio Rangel.
Na televisão participou na minissérie “Marquesa de Santos” (1987), de Wilson Aguiar Filho, personificando a rainha Carlota Joaquina.
Em 1941, estreou no Brasil a peça cómica “La Locandiera”, de Carlo Goldoni, protagonizando Mirandolina.
Três anos depois fundou a sua própria companhia na qual fez “Sétimo céu”.
Bibi Ferreira deu aulas de interpretação e direção no Teatro Duse e na Fundação Brasileira de Teatro, no Rio de Janeiro, na década de 1950.
Em 1957, trouxe o seu repertório de revista para Portugal, apresentando-se no Parque Mayer, com “Horas Felizes” e “Curvas perigosas”, no Teatro Variedades e no Maria Vitória, respetivamente.
No ano seguinte, continuou no Parque Mayer, em Lisboa, para protagonizar três comédias no Teatro Maria Vitória, entre as quais “Com o amor não se brinca” e, em 1959, no mesmo teatro, protagonizou dois sucessos: “Encosta a cabecinha e chora…” e “Tudo na Lua”.
“Taco a taco”, de novo no Maria Vitória, em 1960, foi a última peça que a atriz representou no Parque Mayer.
Bibi voltou ao Brasil em 1960 e começou a trabalhar com a televisão, em teleteatros como o que apresentava no programa Bibi ao Vivo, da TV Tupi.
Na década seguinte, em plena ditadura, dirigiu Maria Bethânia e Ítalo Rossi, Paulo Gracindo e Clara Nunes, no musical “Brasileiro, Profissão: Esperança”, no Rio de Janeiro.
Em 1975, estreou “Gota d’Água”, de Chico Buarque e Paulo Pontes, pelo qual recebeu os prémios Molière e Associação Paulista dos Críticos de Artes (APCA), ao interpretar Joana.
“Deus lhe pague”, onde contracenou com Walmor Chagas e Marília Pera, entre outros, foi outro dos espetáculos que representou, mas foi “Piaf, a vida de uma estrela de canção”, estreado em 1983, o espetáculo mais coinhecido de Bibi Ferreira.
Na década de 1990, voltou ao palco com “Brasileiro, Profissão: Esperança” e a um musical dedicado à cantora francesa.
Em 1996, foi homenageada no Prémio Sharp de Teatro. Três anos depois dirigiu a “Carmen”, de Bizet.
“Bibi vive Amália” foi a peça escrita pelo português Tiago Torres da Silva que Bibi Ferreira protagonizou numa homenagem a Amália Rodrigues, em 2001, no Centro Cultural de Belém (CCB), em Lisboa, e numa digressão pelo Brasil.
Em novembro de 2012, apresentou-se de novo em Lisboa, num espetáculo integrado no

Ano do Brasil em Portugal”, no qual interpretou temas variados de repertório brasileiro, sem esquecer de novo as canções de Amália.
Fez a digressão de despedida em 2017, “Bibi, por toda a minha vida”.
Ao longo da carreira Bibi Ferreira recebeu perto de 30 prémios, entre os quais, por quatro vezes, o principal galardão para teatro de imprensa do Brasil e, por duas vezes, o prémio Molière, do seu país.  Morreu Bibi Ferreira - PT Jornal



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