Jorge Trabulo Marques - Jornalista C
"Mãe.
Nós
somos os teus filhos
Que
sem vergonha
Quebraram
as fronteiras do silêncio.
Os
filhos sem manhãs
Que
rasgaram as noites que cobriram
As
carnes das duas carnes.
Nós
somos, Mãezinha,
os
teus filhos,
Os
pés descalços
Esfomeados,
Os
meninos das roças,
Do
cais,
Os
capitães d’areia,
Os
meninos negros à margem da vida,
Que
despedaçaram o destino do teu ventre,
Que
endireitaram os instantes
Que
marcaram socalcos na terra firme,
Na
profundidade das trevas da tua vida.
Sexos
que germinaram vida,
Forças
que desfloraram a virgindade dos dogmas,
Fecundaram
minérios de esperança,
Olhos
diamantes de amor,
Mãos
que esfacelaram a esperança dos obós
E
em cujo silêncio verde
Germina
a CERTEA:
Mãezinha:
Nós
somos os teus filhos
Tomaz
Medeiros
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