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sexta-feira, 10 de maio de 2019

São Tomé - Cervejeira Rosema - Devolvida ao angolano Mello Xavier – Epílogo de um folhetim judicial de dez anos - Que, certamente, além de enfrascar, ainda vai continuar a desgastar em conflitos e atritos,


Jorge Trabulo Marques  - Jornalista -      




CERVEJEIRA ROSEMA VOLTA À POSSE DE EMPRESÁRIO ANGOLANO -Ventos aliseos do sul antecipam-se à gravana frescota num dia de chuva- É manchete da televisão santomense, de quinta-feira, dia 9 e, sobretudo, da imprensa  portuguesa e angolana – - Anunciando que “A fábrica da cerveja Rosema, em São Tomé e Príncipe, regressou à posse do angolano Mello Xavier - Temos a nossa opinião pessoal mas, por agora, não a vamos expressar

Refere a noticia de que "A transferência põe um um ponto final num processo considerado "pouco transparente" pelo empresário. A fábrica estava na posse do são-tomense Domingos Monteiro (‘Nino’ Monteiro).

A decisão acontece quatro meses depois do Conselho Superior dos Magistrados Judiciais de São Tomé ter suspendido o antigo juiz do Tribunal de Lembá, António Gentil Bonfim Dias, que tinha devolvido a cervejeira Rosema aos irmãos Monteiro, por alegada desobediência ao Supremo Tribunal de Justiça que tinha decidido o contrário em Abril de 2018.
Na altura, o Conselho decidiu nomear o juiz José Carlos Barreiros para acumular funções no Tribunal de Lembá, tendo ainda decidido pela abertura de um inquérito para averiguar os factos alegados pelo advogado do empresário angolano Mello Xavier.
A advogada da sociedade são-tomense, Celiza Deus Lima tinha usado o argumento de que os Irmãos Monteiro compraram a empresa Rosema nas mãos da empresa angolana JAR que tinha adquirido o direito sobre a Cervejeira na sequência de uma longa batalha judicial entre a sociedade Ridux de Melo Xavier num processo decidido a favor da JAR pelo Tribunal Regional de Lembá, São-Tomé. – Excerto de http://pt.rfi.fr/sao-tome-e-principe/20190509-rosema-devolvida-ao-empresario-angolano-mello-xavier


LONGO FOLHETIM DO TIRA E VOLTA A DAR



Rosema,, a única cervejeira do país, construída pelos alemães da ex-RDA, viria a ser vendida em concurso público pelo governo são-tomense nos anos 90 e adquirida pela empresa angolana Ridux Lda. do empresário Mello Xavier.

Em 2009, um contencioso movido em Luanda contra Mello Xavier por um dos seus sócios levou a que o Tribunal Marítimo de Luanda solicitasse ao Supremo Tribunal de São Tomé a penhora dos bens do empresário angolano em São Tomé que incluía a Rosema. https://www.telanon.info/politica/2018/04/10/26707/rosema-uma-cervejeira-que-sustenta-a-politica-sao-tomense-agora-sob-ultimato-de-angola/

- Supremo  Tribunal de  Justiça (STJ) ordena  «  restituição imediata da gestão da Cervejeira Rosema e todos os bens penhorados e apreendidos ao empresário angolano, Mello Xavier
 
LONGE VÃO OS DIAS, EM QUE A PACATA VILA DAS NEVES, SEM A FICTÍCIA PROMOÇÃO A CIDADE, ERA UM PRÓSPERO BURGO COLONIAL



Neves, capital do atual distrito de Lembá, sem dúvida, hoje uma pálida imagem do que chegou a ser na última década do período colonial - 

Considerada, então, a vila mais aliciante da indústria cervejeira e piscatória: a profundidade e a tranquilidade das águas na zona, conferiram-lhe especiais condições de porto de abrigo, tanto para descarregamentos como para embarques, um privilégio que não é fácil de encontrar noutra zona costeira da Ilha

DA PRÓSPERA CETO À CONTROVERSA ROSEMA - Que passou a ser titulada pelo nome da baía onde está situada, desde o principio da década de setenta


Inicio dos anos 70 - Colonial
A  indústria cervejeira,  única empresa que remonta do tempo colonial e que chegou a ser classificada, como a Princesa das Cervejas, em boa verdade, conquanto garanta  algum trabalho local,  é pago ao nível de escravatura, além de escapar ao controlo fiscal, já que os ganhos, têm ido geralmente para as elites politico-partidárias.

Projetos de pesca, onde choveram apoios de milhões, mas que acabaram num fiasco, com barcos afundados ou desaparecidos - No respeitante, ao badalado  projeto de Gás, o que sucedeu, um ano após o seu lançamento, foi a confirmação do completo abandono dos reservatórios de gás, que, soltos das  amarras, começaram a  ser arrastados pelos ventos e correntes, pondo em risco a faina dos humildes pescadores das canoas

 O BENEFICIO NAS POPULAÇÕES É MAIS QUE IRRISÓRIO - Mas não só em Neves, como no espaço territorial de todo o pequeno país



Um relatório do Fundo das nações Unidas para Infância indica que mais de 70% das crianças são-tomenses são pobres e "apresentam maior vulnerabilidade relativamente a situação da proteção social"


Em Neves, as condições de vida são muito precárias; o que tem valido é o apoio generoso e dedicado da congregação das Irmãs Franciscanas Hospitaleiras da Imaculada Conceição que integra atualmente o Lar de São Francisco e Santa Catarina, um espaço para 250 idosos com internato, apoio domiciliário e que contempla também a distribuição de cabazes mensais de alimentos., englobando a Escola Mãe Clara, com 720 alunos, o jardim-de-infância ‘Pimpolho’ com 512 crianças e uma creche para 42 meninas e meninos mais pequenos, além  do serviço de ATL, de atividades ligadas ao preenchimento dos tempos livres, funciona neste momento com mais de 1200 crianças e jovens 

Projecto da Irmã Lúcia resgata crianças desnutridas de Lembá - Lembá é considerado como um dos principais berços da pobreza do país.  A crise económica e social no norte da ilha de São Tomé, reflecte-se no aumento do índice do alcoolismo, por parte dos adultos. A gravidez precoce é um flagelo que compromete o futuro. As crianças pagam caro. São praticamente abandonadas e cada vez mais desnutridas. «No distrito de Lembá temos muitos problemas de subnutrição, às vezes jovens de 14 a 15 anos já têm bebé. São mães alcoólatras com crianças subnutridas», detalhou a irmã Lúcia. Projecto da Irmã Lúcia resgata crianças desnutridas de Lembá 
 TUDO NÃO PASSOU DE MERO FOGUETÓRIO    - Onde se meteu a  empresa, Geo-Pesca, que garantia mundos e fundos, 40 postos de trabalho e outras maravilhas? - E um  tal Madaleno, por onde anda agora? –

Imagem  - Jornal Téla Nón
Não pagaram os barcos, serviram-se deles a seu belo prazer para depois um deles o adaptarem a transporte de carga, e, por fim, o deixarem afundado à entrada da Baía, carregado de arroz - Os outros dois, presume que terão ido para Angola ou sido afundados em águas mais profundas Presume-se que do sócio da Geo-Pesca, Yuri Trovada, atual sócio-gerente da imobiliária - http://www.societe.com/societe/la-hacienda-dupont-trovoada-503025306.html

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