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sábado, 30 de julho de 2022

Antiga Fortaleza de São Sebastião, em São Tomé, que conta a história do arquipélago - atual Museu Nacional de STP – está sendo reabilitada -

 Jorge Trabulo Marques - Jornalista


Construída a partir de meados do século XVI (cerca de 1566), no extremo sul da Baía de Ana Chaves, tem forma de estrela quadrangular, com três faces voltadas para o mar. Segundo Lopes de Lima, a razão para a sua construção deveu‐se ao conhecimento que o rei tinha relativamente aos ataques provocados pelos corsários franceses e Holandeses nas outras ilhas atlânticas ocupadas pelos portugueses.


As obras de reabilitação do museu nacional, muro de contenção e quebra-mar, encontram-se a bom ritmo, prevendo que esteja concluída dentro de 3 meses, refere o governo santomense 

A constatação foi feita pelo Ministro do Turismo e Cultura, Aérton do Rosário Crisóstomo, numa visita efetuada na manhã da passada terça-feira, 26 de Julho, a este património cultural nacional, na companhia do Diretor Geral da Cultura, Guilherme Carvalho.

HISTÓRIA - Referem documentos: “Tem esta ilha uma Fortaleza. Na qual se acham montadas 26 peças de bronze, e 11 de ferro com duas mil e novecentas e vinte e uma balas com os mais apetrechos de guerra necessários”
Foi o primeiro edifício com carácter defensivo erguido em São Tomé, no qual foi instalado o Museu Nacional a partir da independência e também a albergar, no largo térreo fronteiriço, as estátuas de João de Santarém, Pêro Escobar e João de Paiva, cujos nomes se ligam ao descobrimento do arquipélago.

Em 1866 passou a abrigar um farol, reconstruído em 1928 e restaurado em 1994. Sofreu intervenção de restauro em fins da década de 1950 com projeto assinado pelo arquiteto Luís Benavente, tendo sido escolhido pelo governo português, em 1960, para sede do Comando de Defesa Marítima da Província -

UM BALUARTE CONTRA A USURPAÇÃO DA PIRATARIA - Que não colonizava mas saqueava

Em 1567 os corsários franceses atacaram a ilha de S. Tomé, roubaram -na e devastaram-na, os prejuízos e a perturbação foram grandes, tendo, efeitos perniciosos na mal consolidada ordem, e na precária economia social da província. -Diz Francisco Mantero, referindo, que os holandeses, em menos de 50 anos, fizeram sentir, por duas vezes, e estrondosamente, no desenvolvimento moral e material da província, os efeitos de barbáries investidas, com o objetivos de rapinarem e destruírem .

Em 1600, os marinheiros duma esquadra, comandada por Wanderlen, saquearam e devastaram a cidade; abandonaram-na em seguida, mas as circunstâncias internas tornaram a investida particularmente ruinosa


A segunda vez foi em 1641 ; uma esquadra com bastante gente de desembarque invadiu novamente a ilha e tomou posse da fortaleza de S. Sebastião, que defendia a Bahia de Ana Chaves, por capitulação dos seus mal organizados defensores.

Sob a nefasta influência dos invasores se atrofiou a agricultura e o comércio, durante alguns anos, até que em 1644, em troca de importantes somas em dinheiro, diz-se, ou ante a presença, na baia, de forças vindas de Portugal e do Brasil, os holandeses abandonaram a ilha restabelecendo-se o exercício da autóctone cidade portuguesa.

O século dezoito não foi menos fecundo em atos praticados pelos colonos, pelas autoridades e pelos estrangeiros, favoráveis á agitação e à desordem, em cujo estado é impossível 0 desenvolvimento material e o avanço da civilização.

Os franceses, em 1706, desembarcaram na ilha do Príncipe, retirando-se depois de a terem saqueado; em 1709 obrigaram a fortaleza, que defendia a Baia de Ana de Chaves em S. 1 Tomé, a render-se por capitulação, e saquearam os cofres da província lançando fogo á cidade.

 


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