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segunda-feira, 11 de julho de 2022

São Tomé e Príncipe – 47º aniversário da Independência – 12-06-1975 - As Ilhas Verdes do Equador, vão estar em festa a partir desta segunda-feira –


Jorge Trabulo Marques - Jornalista 


Depois de dois anos de confinamento por via da Covid-19, que veio  dificultar a vida às populações e causar limitações sanitárias de vária ordem, além de perdas humanas,  crise que o Governo tem procurado debelar, dentro do que lhe tem sido possível, eis que finalmente   se vão comemorar os  47 anos de independência, num contexto mais livre e alegre, tal como vinha sucedendo em anos anteriores na maior festividade do país.

A República Democrática de São Tomé e Príncipe teve sua autonomia em 12 de julho de 1975. Tornou-se independente sob a bandeira do Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe (MLSTP), após 505 anos sob domínio português.

A partir de hoje, segunda-feira 11 comemora o 47º aniversário de Independência de São Tomé e Príncipe. - Neste vídeo, recordando algumas exibições do Tchiloli e Danço Congo, além de manifestações de música e dança na emblemática Praça da Independência

São-Tomé, STP-Press – O governo de São Tomé e Príncipe decidiu conceder tolerância de Ponto no primeiro e segundo períodos desta segunda-feira, dia 11 Julho, véspera do dia da independência nacional a assinalar-se, terça-feira, 12 de Julho, visando “uma maior envolvência de todos na celebração desta efeméride”, – indica um despacho do Executivo enviado hoje a STP-Press.


A decisão do governo chefiado pelo primeiro-ministro, Jorge Bom Jesus vem expressa num despacho conjunto assinado pelo ministro da Justiça Administração Interna e Direitos Humanos, Cílcio Santos e o ministro do Trabalho, Solidariedade, Família e Formação Profissional, Adlander de Matos.

“É concedida a tolerância de ponto no primeiro e segundo períodos laborais a nível nacional, no dia 11 de Julho de 2022”, lê-se no documento sublinhando que “assim para enaltecer este marco histórico do País, permitindo que haja uma maior envolvência de todos na celebração desta efeméride”.


“Considerando o profundo significado que o Dia 12 de julho reveste para a República de São Tomé e Príncipe, a participação nos festejos e cerimónias comemorativas do Dia da Proclamação da Independência Nacional, constitui um dever cívico de todos cidadãos, particularmente dos funcionários e agentes de Estado”, sustenta o governo no documento.

O acto central das festividades será a partir das 8 horas de terça-feira, dia 12 de Julho na histórica “Praça da Independência” com realce para discurso do Presidente da República, Carlos Vila Nova bem como do Presidente do Distrito de Agua-Grande, José Maria da Fonseca.

Além desfile das forças armadas, o acto central contará ainda com salva de Canhão da Fragata Brasileira bem como desfile dos grupos culturais, sucedendo no mesmo local a colocação da tradicional chama da pátria com fogo-de-artifício que acontece logo nas primeiras horas do dia da independência nacional.


DESCOBERTAS DAS DUAS ILHAS - No reinado de Afonso V são descobertas duas ilhas de rochas vulcânicas por João de Santarém e Pêro Escobar.

A lha de S. Tomé, assim denominada por ter sido achada no dia 21 de Dezembro de 1470, dia do apóstolo S. Tomé - No mês seguinte, em 17 de Janeiro de 1471, é descoberta a ilha a que denominaram como "Ilha de Santo Antão". Visando incentivar o seu povoamento, em 1502 tornou-se uma donataria, denominada como "Ilha do Príncipe", sendo-lhe introduzida a cultura da cana-de-açúcar.
Fora nomeada ilha do Príncipe por D. João II de Portugal. O rei tanto adorava o seu único filho e herdeiro Afonso, Príncipe de Portugal (1475) que, em sua homenagem, designou como "Príncipe" a ilha mais pequena do arquipélago de São Tomé e Príncipe. Em 1573 a donataria reverteu à posse da Coroa Portuguesa.

Se a descoberta ainda foi feita no reinado de D. Afonso V, o povoamento começou já com D. João II no trono de Portugal, que ali introduziu também o sistema das capitanias. Os donatários das ilhas e vassalos do rei levaram grupos de povoadores constituídos por filhos de judeus, artificies, alguns fidalgos, degredados e escravos negros, importados do continente africano, os únicos que conseguiam adaptar-se ao clima equatorial, húmido e quente. As doenças tropicais dizimaram grande parte dos primeiros colonos.

Com a introdução do cultivo da cana-de-açúcar, a criação de gado e o comércio de escravos, S. Tomé prospera rapidamente tornando-se, no século XVI, o maior exportador de açúcar em África. Alvo de constantes ataques dos navios corsários de franceses e de holandeses, o arquipélago, pela sua posição geográfica, transforma-se num ponto de escala na rota marítima para a Índia e na rota do trafico de escravos entre o continente africano e o Brasil.

"O tchiloli baseia-se num texto escrito por volta de 1540 por Baltazar Dias, um dramaturgo cego, madeirense da escola de Gil Vicente (1465-1536). O seu drama inspira-se em seis romances castelhanos que, por sua vez, derivam do ciclo carolíngio do século XI. Este teatro medieval conta a história de Dom Carloto, filho e herdeiro do imperador Carlos Magno que assassina o seu melhor amigo, Valdevinos, sobrinho do marquês de Mântua, durante uma caçada, porque se apaixonou por Sibila, a esposa de Valdevinos. O crime leva as duas famílias e os seus representantes a debaterem questões de lei, de justiça e de governação. Os temas chave desse drama são a traição e a igualdade perante a lei. O imperador é confrontado com o dilema de escolher entre a raison d’État, o interesse nacional, e o seu amor paternal. Finalmente, o seu filho é condenado à morte e executado na fortaleza imperial." - Refere Gerhard Seibert

Danço- Congo - Dança dramática representada em São Tomé e Príncipe tem uma origem e surgimento desconhecidos – “é provável que, ao contrário de várias outras manifestações culturais santomenses, não tenha sido trazida de fora ou visivelmente influenciada pelas outras culturas, mas sim, criada pelos ilhéus.” Com o seu caráter original e “foco nos movimentos e falas, nas piadas de bobos, no ritmo dos tambores”, no Danço Congo “a história como um todo, assim contada pelas pessoas mais idosas, diluiu-se e deixou de ter importância.” Todos os participantes vestem-se a rigor, com destaque para os “capacetes feitos de banças de palmeira decoradas com coloridos pedacinhos de plástico.”

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