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domingo, 31 de julho de 2022

As roças e a saúde em S. Tomé e Príncipe - O Governo vai enviar doentes para tratamento em Israel. Porque não investir na recuperação dos antigos hospitais, mais deles construídos nos mais belos sítios das grandes propriedades agrícolas e fazer os tratamentos no país – O PM já apontou o exemplo de querer reabilitar o hospital de Monte Café para a Covid-19 – Mas há outros!

 Jorge Trabulo Marques - Jornalista 

 

 Noticia a STP-Press, que O Governo de São Tomé e Príncipe vai enviar doentes para tratamento e recuperação em Israel, disse há dias, em São Tomé, a ministra da Saúde, Filomena Monteiro. 

Além de Portugal, o governo justificou que o envio de crianças para “tratamento e recuperação” naquele país se deve a “abertura do Governo de Israel nesse sentido com São Tomé e Príncipe”. Relativamente a Portugal, a governante disse que no ano transato o país enviou mais de 150 doentes e este ano o número já ultrapassou 150 com os custos diversos que isso provoca ao país

E voltou agora também a prestar importante apoio 

"Saúde para Todos” alivia crise de reagentes nas unidades de análises clínicas – Diz noticia do Téla Nõn, dando conta de que "todas as unidades laboratoriais do sistema nacional de saúde, vão receber meios complementares de diagnósticos, ofertados pela cooperação portuguesa.

Estado do antigo Hospital da Roça Rio do Oiro


Quem dera a muitos países africanos, europeus e de outras partes do mundo, disporem de tão maravilhosos cenários ambientais e paisagísticos, tão belos e idílicos  para tratarem dos seus doentes, como é a colina onde se ergue o próprio hospital Central Dr. Ayres Menezes, antigo Hospital Central Dr. Oliveira Salazar, aos maravilhosos espaços onde foi  construída, na maioria das roças, na fase colonial das grandes plantações de cacau, do café e outras culturas tropicais,  uma importante rede de estabelecimentos hospitalares,    enfermarias, farmácias, creches e postos sanitários, que, em cumprimento de disposições legais,  as empresas agrícolas particulares, segundo a sua dimensão,  tinham  à disposição dos seus trabalhadores, com vista a assegurar-lhes a necessária assistência médica, unidades essas consideradas, verdadeiramente modelares no campo da assistência privada, comparativamente ao que se passava no resto de África e até na chamada metrópole, no  Portugal continental.

Pena que ao menos não se soubesse preservar uma herança, que também foi obra do suor de milhares de trabalhadores e de muitos colonos, sobretudo empregados de mato, cuja dureza de vida, em muitos casos,  que só podia gozar a chamada graciosa nas suas terras de origem, de quatro em quatro anos e não ficavam atrás de miseráveis salários pagos aos nativos e contratados, 200$00

Passados 47 anos, é lamentável que pouco ou nada se tenha feito para recuperar esse importante património - Em todo caso, nunca é tarde de mais, conquando se tomem boas iniciativas .
Antigo Hospital da Roça Monte Café

O governo são-tomense, anunciou, em Setembro passado,  que  vai  reabilitar uma parte do Hospital de Monte-Café para internar doentes de Covid-19, prevendo ainda para este ano a reparação de toda a infraestrutura de modo a melhor o sistema de Saúde do País

Bom Jesus explicou, na altura, que, a recuperação do Hospital de Monte Café, inoperante há mais de 15 anos, surge como uma “solução rápida” para internamento de doentes em estado grave por coronavírus, tendo em conta o aumento significativo de casos nos últimos dois meses.

.Em 1964, uma pequena monografia, intitulada S. Tomé e Príncipe, divulgada pela Agência geral do Ultramar, dava conta da seguinte situação de saúde, neste arquipélago:  

O território de S. Tomé e Príncipe está dividido, para efeitos de assistência médica à população, em duas delegacias de saúde cujas áreas correspondem, respetivamente,  à ilha de S. Tomé e à Ilha do Príncipe.

A rede sanitária da província é constituída pelas seguintes formações; Hospital Central Dr. Oliveira Salazar

Laboratório central de Análises Clínicas; Centro  Materno Infantil, incluindo uma consulta pré-natal e um Dispensário de Puericultura.

Delegacia de Saúde, com Posto de Assistência Médica; Dispensário Antituberculoso; Grafaria, Farmácia Central; 3 maternidades – Nove postos sanitários localizados nas vilas de Neves, Guadalupe, Santo Amaro, Nossa Senhora de Fátima, Trindade, Santana, Ribeira Afonso, S. João dos Angolares

Na Ilha do Príncipe

Delegacia de  Saúde do Príncipe; Hospital Regional; Maternidade.

A manutenção e funcionamento dos estabelecimentos sanitários citados esta a cargo de 16 médicos, 1 farmacêutico, 38 enfermeiros e ajudantes, 1 económico e diverso pessoal administrativo.

No intuito de  proporcionar  à população das ilhas uma sólida educação sanitária, foi criado em 1962 um Quadro de Serviço Social, estando prevista a entrada  em funcionamento, num próximo futuro, de um Instituto  e Serviço Social.

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