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terça-feira, 5 de julho de 2022

Cabo Verde, está de Parabéns! Comemora hoje o dia histórico 5 de Julho de 1975 – O dia, em que, há 47 anos, foi proclamada a sua independência - 47 anos da independência de Cabo Verde com apelo à resiliência perante desafios


Jorge Trabulo Marques - Jornalista - Com imagens e um video das visitas, que, em Julho de 2015, o então Presidente Carlos Fonseca, fez a S. Tomé e Principe,  e , no ano seguinte, em finais de Fevereiro de 2016,  José Maria Neves, então na qualidade de PM,
  atualmente o presidente de Cabo Verde, desde Novembro de 2021















A 5 de julho de 1975, foi proclamada a independência de Cabo Verde, território colonizado pelo império português a partir de meados do séc. XV. O surgimento do Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) serviu para congregar e lutar pelas aspirações autonomistas e independentistas nos territórios insulares de Cabo Verde e da Guiné-Bissau a partir de1956. Com o advento do 25 de Abril e, por conseguinte, o fim da Guerra Colonial, a independência do arquipélago viria a concretizar-se a 5 de julho de 1975.

O arquipélago foi descoberto em 1460 por Diogo Gomes ao serviço da coroa portuguesa, que encontrou as ilhas desabitadas e aparentemente sem indícios de anterior presença humana. . O país é membro da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental

De 10 a 16 de  Julho do 2015, S. Tomé e Principe, recebeu a visista do Presidente  Jorge Carlos Fonseca, que  se associou às comemorações do 40º aniversário, que, depois, de 21 a 24 de Janeiro último foi correspondida pela visita do então Presidente Manuel Pinto da Costa, a Cabo Verde 

Na  recepção do Palácido do Povo, em S. Tomé,  ambos não deixaram de sublinhar, nas suas visitas, que  o reforço dessa aproximação entre Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, se deve à existência de uma expressiva comunidade de cabo-verdianos e seus descendentes, radicados naquele país”,

NESTE  VIDEO  - "Cabo Verde é outra coisa!... Cabo-verdiano está em todo o mundo e é um povo com alma grande!” –Palavras do ex-Presidente Jorge Carlos onseca, na sua visita oficial a S. Tomé e Príncipe, onde participou nas comemorações do 12 de Julho de 2015, após o 5 de Julho ter contado com a presença do então Presidente de STP, Manuel Pinto da Costa 

"Cabo-Verdiano é Cabo-Verdiano igual em toda a parte – Também mo disse, o saudoso cantor Bana, cujas palavras da entrevista que me concedeu, recordo na parte final deste video


Em S. Tomé, Como PM, em 2016
Cabo Verde celebrou o 47° aniversário de independência e, pela primeira vez, José Maria Neves discursou na sessão solene comemorativa enquanto Presidente da República. Neves reconheceu a luta dos jovens do passado pela independência de Cabo Verde e desafiou a todos a enfrentarem os problemas do país.



Esta nossa Independência bem-sucedida são tónicos para enfrentar os desafios do presente, como a seca, as mudanças climáticas e ainda excessiva dependência e outras debilidades que afectam particularmente a juventude, como são os casos do desemprego, das assimetrias regionais e da perda de população que ocorre nas ilhas mais periféricas, ou ainda, da emigração qualificada. Se ‘as estiagens já não nos metem medo’, urge então termos a audácia, o engenho e a perseverança para ultrapassarmos novas barreiras, pois que ao longo da nossa história elas se vão renovando e nada nos tem sido fácil. O certo é que o heróico povo cabo-verdiano tem sabido superá-las, em batalhas árduas e esforços obstinados” diz José Maria Neves. - Escreve  Odiar Santos em  RFI 

Jorge Carlos Fonseca é a imagem que facilmente se confunde com o rosto simples e ao mesmo tempo sentida e sofrida do homem do Povo: sobretudo quando vai ao seu encontro em mangas de camisa e a sua roupa não contrasta com o do cidadão comum: pelo contrário,   é um dos seus: no falar do seu dialeto, no vestir, no abraçar, no beijar, no sentir, até na exuberância do momento de alegria ou da lágrima que escapa quando o coração cede ao sentimento e às imensas saudades da sua amada ilha – Tudo isso lhe vimos no encontro que teve com a comunidade cabo-verdiana  à antiga roça colonial, Água Izé, a cuja visita se seguiu apresentação do seu livro, Magistratura de Influências, no Espaço Cacau, na capital do país.

No ano seguinte, em 25 de Fevereiro de 2016, foi a vez do então Primeiro Ministro de Cabo Verde, atual Presidente da República de Cabo Verde, José Maria Pereira Neves, visitar S. Tomé e Príncipe, que aproveitou para se encontrar com a comunidade naquela antiga roça colonial, onde foi também calorosamente acolhido

Considerado, já nesse período,  como o melhor Primeiro Ministro de um país africano pelas várias instâncias internacionais. 

"Durante o seu mandato Cabo Verde foi contemplado com o programa do amerícano Millennium Challenge Account [MCA], como apresentou bons trabalhos usando esse dinheiro, Cabo Verde voltou a ser contemplado com mais um pacote do mesmo programa.


No encontro que teve como então PM Paytrice Trovoada, José Maria Neves afirmou que Cabo Verde está a desenvolver relações sólidas e a repensar novas áreas de cooperação com São Tomé e Príncipe. " Estamos a encontrar novas áreas de cooperação, desde a formação profissional, ensino superior, ciência e inovação, pescas e agricultura".


Mar ê morada d'sodade"

O mar é o imenso túmulo  para os que neles se perdem  - Sim, e é a  “morada de saudade”  para os que ficam longe dos seus entes queridos e não os podem abraçar – Sobretudo para os ilhéus, que vivem rodeados do imenso azul do céu e do mar – Para os continentais, que não vivem no litoral, o pôr-do-sol, significa o fim do dia mas não o limite intransponível. Já que,  para lá do horizonte a poente, há sempre outros horizontes e outras terras, o chão firme. O mesmo não o podem dizer os habitantes das ilhas: mar é mesmo “morada de saudade”


Que o diga, o sentimento e a emoção da diáspora cabo-verdiana; aliás, tanto dos que partem como dos que ficam   - Para quem a palavra sodade” é muito mais que a portuguesíssima palavra saudade – Consubstancia algo muito mais profundo: a dureza de uma vida difícil, em ilhas, onde a natureza é demasiado nua  e madrasta, fustigando-as de prolongadas secas, que estiolam toda a vida vegetal  - E, então quando à falta de chuvas, se juntava o drama da fome – sobretudo naqueles tempos em que as ilhas eram apenas olhadas como exportação escrava de mão-de-obra, de emigrações massivas, designadamente para as Ilhas de S. Tomé -


Jorge Fonseca, já não é presidente, mas estará, naturalmente,  também neste dia muito feliz e muito contente – Aqui recordo algumas imagens da sua visita oficial a S. Tomé e Príncipe, num encontro com a comunidade cabo-verdiana, na antiga roça Água Izé, em Julho de 2015, a cuja visita se seguiu apresentação do seu livro, Magistratura de Influências, no Espaço Cacau, na capital do país.

Jorge Carlos Fonseca, foi presidente da República de Cabo Verde entre 2011 e 2021, apoiado pelo Movimento para a Democracia (MpD) e reeleito nas eleições presidenciais de 2016, também apoiado pelo Movimento para a Democracia (MpD). Autor de uma vasta obra científica nas áreas do Direito Penal, Processual Penal e Constitucional, e ainda livros e mais de 50 trabalhos doutrinários em revistas.


Jorge Carlos Fonseca,  é também um poeta, um profundo intelectual - Desde os tempos da resistência ao colonialismo : autor de "O Silêncio Acusado de Alta Traição e de Incitamento ao Mau Hálito Geral", publicado,  "nos longínquos finais dos anos 70" – Sim, além de poeta e político, é também um distinto jurista e professor universitário das Ilhas cabo-verdianas.

ALGUNS DADOS BIOGRÁFICOS DO ATUAL GOVERNANTE CABO-VERDIANO
José Maria Pereira Neves (Santa Catarina, 28 de Março de 1960)

Foi deputado da Assembleia Nacional (A.N.) de 1996 a 2000, eleito pelo Partido Africano para a Independência de Cabo Verde (PAICV), à época na oposição, pelo Concelho em que nasceu. Como membro da A.N., ocupou os cargos de 2.º Vice-Presidente da Assembleia e Diretor da Comissão Especial para a Administração Pública, Governo Local e Desenvolvimento Regional.
Nas eleições autárquicas de março do ano 2000, Maria Neves foi eleito Presidente da Câmara (equivalente ao cargo de Prefeito Municipal, no Brasil) do Concelho de Santa Catarina, cuja sede é a cidade de  Assomada, , segunda maior cidade da Ilha de Santiago e sua terra natal.
Após ter sido eleito Presidente do PAICV em junho de 2000, seu partido saiu-se vitorioso das eleições legislativas de 14 de janeiro de 2001, contra o partido no poder, o MpD – Movimento para a Democracia. Como resultado, José Maria Neves foi designado Primeiro-Ministro de Cabo Verde pelo Presidente da República, e assumiu o cargo em 1.º de fevereiro de 2001. Novas eleições legislativas foram realizadas em 22 de janeiro de 2006, e, tendo seu partido vencido novamente, foi ele reconduzido à Chefia do Governo de Cabo Verde no dia 7 de março de 2006, para mais um mandato de cinco anos. – Excerto de José Maria Neves 



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