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sexta-feira, 18 de novembro de 2022

Eleições na Guiné Equatorial 2022 – Ato eleitoral domingo, dia 20 - Teodoro Obiang, candidato pelo PGDE, ao sexto mandato, nas eleições Presidenciais, Legislativas e Municipais, contra mais duas candidaturas – A cidadã santomense, Maria do Carmo Silveira, lidera a comissão de observadores da CPLP

 Jorge Trabulo Marques  - Jornalista 






A campanha eleitoral para as eleições gerais, que teve inicio no passado dia 3, tem-se manifestado em ambiente colorido e fe
stivo – Segundo referem noticias deste país da África Central,  "tem decorrido passo a  passo  e com toda a normalidade: uma verdadeira luta que decorre nas ruas das grandes e pequenas cidades, através da qual os apoiantes de ambos os partidos tentam angariar os votos dos seus eleitores.

No entanto, o Governo da   Guiné Equatorial já acusou  a  Espanha, França e Estados Unidos de "interferência" nas suas eleições presidenciais e legislativas marcadas para 20 de novembrorejeitando categoricamente o facto de agentes diplomáticos das embaixadas de Espanha, Estados Unidos e França em Malabo participarem nos comícios eleitorais de certos partidos políticos da oposição, qualificando-o como ingerência nos assuntos internos do país", detalhou Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação

Há 47 anos quando ali aportei

Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, de 80 anos, à frente dos destinos da Guiné Equatorial, há 43 anos, está na corrida  a um sexto mandato:  aceitou mais um novo desafio; quer prosseguir o seu programa, em prol do desenvolvimento e do bem-estar do seu país,  iniciado após o derrube da implacável  ditadura  do seu tio, o  tenebroso e sanguinário Francisco Macias, primeiro presidente da ex-colônia espanhola.

 O governo, daquele temível tirano,  durou onze anos, até que, em 3 de Agosto de  1979, o sobrinho Teodoro Obiang Nguema,  liderando  um grupo de oficiais da Academia Militar de Saragoça, pôs termo ao despotismo da férrea ditadura e passou a dirigir a liderança do seu país.

O novo regime tinha pela frente uma enorme tarefa: os cofres do Estado estavam vazios e a população era apenas um terço do que era no momento da independência, dados os massacres perpetrados pelo feroz ditador. A Espanha e o país africano assinaram um Tratado de Amizade e Cooperação em outubro de 1980.

A Comissão Eleitoral Nacional (CEN) validou em 14 de outubro as candidaturas para as eleições presidenciais, legislativas, senatoriais e municipais, previstas para 20 de novembro, indicou a televisão estatal TVGE.

Além de Obiang -- que se apresenta pelo Partido Democrático da Guiné Equatorial (PDGE), partido único até 1991 nesta antiga colónia espanhola --, a lista de candidatos presidenciais conta também com Andrès Esono Ondo e Buenaventura Monsuy Asumu.

Andrès Esono Ondo, que concorre pela primeira vez, será o candidato da Convergência para a Democracia Social (CPDS), o único partido da oposição que não está ilegalizado.

Já Buenaventura Monsuy Asumu, do Partido da Coligação Social-democrata (PCSD), até agora aliado do PDGE nos escrutínios legislativos e municipais, concorre pela terceira vez.

É também referido em noticias, que, “nas grandes e pequenas cidades, nas vilas e municípios de todo o território, o Partido Democrático da Guiné Equatorial (PDGE), votado por maioria em todas as eleições desde o início da democracia no país, continua a ser aquele com maior presença visual, e aquele que realiza mais atividades em geral.

Nas semanas que antecederam a campanha eleitoral, o PDGE realizou eleições internas próprias, nas quais já foi feita uma primeira "filtragem" para escolher os candidatos nas diferentes câmaras e áreas de cada distrito. Não se pode esquecer que o PDGE, partido fundado pelo Chefe de Estado, S. E. Obiang Nguema Mbasogo, foi a primeira formação criada no país, após a mudança de regime em Agosto de 1979, estando a maior parte da população ligada, uma de uma forma ou de outra, para esta festa.

O Partido Democrático da Guiné Equatorial (PDGE) em seu programa eleitoral promete: Continuar com a política de abertura externa e de fortalecimento da Cooperação com todos os Países e Organismos Internacionais, mantendo de forma especial a política de boa vizinhança, integração regional e sub-regional e cooperação Sul-Sul. Continuar a participar activamente nas organizações comunitárias (CEMAC, CEEAC, FRANCOFONÍA, CPLP, etc.), bem como nas Instituições Financeiras Internacionais e outras Instituições de interesse. 

Continuar fortalecendo as relações bilaterais com os países da Comunidade Hispânica de Nações, que receberão, como sempre, tratamento preferencial. Continuar a manter e fortalecer a cooperação internacional no combate ao terrorismo e à pirataria em todas as suas formas, mercenários, emigração clandestina, lavagem de dinheiro, bem como tráfico de drogas e tráfico de pessoas para fins de exploração sexual, trabalhista ou de qualquer outra natureza. . Continuar defendendo os direitos e interesses de todos os cidadãos equatoguinenses no exterior. Melhorar o funcionamento da Administração do Estado no exterior, oferecendo serviços de qualidade nas Missões Diplomáticas e Consulares do nosso País.

A missão de observação da CPLP às eleições de domingo na Guiné Equatorial está a partir de segunda-feira neste país para testemunhar o final da campanha, a votação e o apuramento parcial dos votos, anunciou hoje a organização.

Segundo um comunicado do secretariado-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), esta missão de observação é chefiada por Maria do Carmo Silveira, ex-primeira-ministra de São Tomé e Príncipe e antiga secretária-executiva da CPLP.

A missão eleitoral às eleições presidenciais, para a câmara dos deputados, para o senado e municipais na Guiné Equatorial estará no país até 23 deste mês, sendo constituída por 15 observadores, designados pelos Estados-membros, pela assembleia parlamentar e funcionários do secretariado-executivo da CPLP.

"Os observadores da CPLP vão testemunhar a fase final da campanha eleitoral, o dia da votação e o apuramento parcial dos votos", lê-se na nota da organização.

A missão irá manter encontros com os partidos candidatos ao ato eleitoral e com as autoridades de administração e gestão eleitoral, designadamente, a Junta Eleitoral.

A Guiné Equatorial é desde 2014 um dos nove Estados-membros da CPLP, mediante alguns compromissos, como a abolição da pena de morte - formalizada em setembro passado -, a introdução do português e maior abertura democrática.

 





Jorge Trabulo Marques -  - Convidado especial  em Bata e Malabo - Guiné Equatorial - 42 anos depois de ter sido encarcerado para ser condenado à pena de morte por Macias Nguema, na famigerada cadeia Central, por suspeita de espionagem, quando ali acostei a bordo de uma piroga, após 38 longos dias de naufrágio   


Recebido pelo Secretário-Geral do PDGE
E, na verdade, nos dias em que ali estive, sentime tranquilo e feliz – Quer em Malabo, quer em Bata, Cidade portuária da Guiné Equatorial, capital da Província continental, Mbini (antiga colónia espanhola de Río Muñi)l e  segunda maior cidade do país.- Naquela que é também classificada como a “suíça africana”  - Pelo rasgo e criatividade arquitetónica dos seus edifícios, das suas largas e belas  avenidas marginais, praias de areia fina a perderem-se de vista, a curta distância por excelentes estradas – Creio que mais  livre e mais segura que a generalidade das capitais europeias  


 

 

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