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sábado, 26 de novembro de 2022

S. Tomé e Príncipe – As verdes e pacificas ilhas do Equador manchadas de sangue com quatro mortes em madrugada militar conturbada – Quatro civis para ocuparem quartel do exército e de tão grande dimensão no alto de uma colina?!?!...- Provocação de loucura e desespero ou então história mal contada?

 Jorge Trabulo Marques - Jornalista  -








Foi dito inicialmente que não havia vítimas mas, pelos vistos, 4 corpos deram entrada na morgue e com indícios de fortes represálias ou agressões. - Posteriormente, já houve quem viesse dizer que foram cinco as mortes. Há que evitar informações contraditórias que só geram ainda maior apreensão..

Tropa Ruandesa - 2017
Numa conferência de imprensa, no período da manhã, o primeiro-ministro sublinhou que do tiroteio não houve vitimas mortais, mas provocou ferimentos, sem gravidade, com realce para um oficial feito refém, que está internado no Hospital Central.

PM Patrice Trovoada disse que foram detidos os quatro atacantes, “ligados ao famoso e triste grupo dos ‘Búfalos’”, que entraram no quartel, aparentemente com o intuito de ses apoderarem de mais armas, mas que no exterior se encontravam mais elementos, em carrinhas, e que trocaram fogo com os militares.

Não é da tradição do pacifismo do povo santomense, caracterizado como sendo um povo amável e acolhedor, episódios de rebeliões e de violência militar, pois, desde que foi proclamada a independência, que tem dado ao mundo os melhores exemplos do funcionamento das instituições democráticas.

Há que apurar os factos, com todo o rigor e profundidade, através de uma comissão independente - interpartidária, da ONU ou da CPLP - para que não fiquem a pairar quaisquer dúvidas deste lamentável episódio e não se perca a confiança nas instituições, esteio fundamental num Estado Democrático e o novo governo, recentemente empossado, propicie, com tranquilidade, a gestão e o programa da sua ação governativa em prol do prometido progresso e bem-estar.

O que foi largamente noticiado, leva indiciar sinais de que, por este andar não se anteveem dias de grande estabilidade social - E era bom que a paz social continuasse a ser mantida, tal como sucedeu nestes últimos 4 anos, e sem que seja necessário o recurso a tropas estrangeiras, como já sucedeu com a chegada de militares de Ruanda, em 2017, no Governo de Patrice Trovoada, situação que então gerou crispações politicas e algum mal estar na população, pois já bastam as privações impostas pela pobreza..

A noticia, pelos que nos é possível depreender, causou viva consternação, choque e grande surpresa, quer no seio do povo de ambas as ilhas, quer na diáspora. Tanto mais que, tal como foi noticiado, todos os partidos da oposição se mostraram disponíveis para colaborar com o novo governo de Miguel Trovoada, que recentemente foi reconduzido a PM, pela 4º vez e após 4 anos de sua ausência do país

Inicialmente foi declarado, pelo chefe do Governo, que, cerca das 00:40 locais, desta sexta-feira, quatro homens, civis, assaltaram o quartel na capital são-tomense, alegadamente com a cumplicidade de militares. Os atacantes fizeram refém o oficial de dia, que ficou gravemente ferido após agressões, mas encontra-se livre de perigo. que “, o primeiro-ministro Patrice Trovoada, classificou de "uma tentativa de golpe" de Estado

Tendo adiantado que “foram mais de 6 horas de tiroteio ao fim do qual o primeiro-ministro confirmou a neutralização da tentativa golpista.“Quero tranquilizar a população. A situação já está sob controlo graças à intervenção das Forças Armadas”, disse Patrice Trovoada confirmando a detenção dos quatro homens que tinham tomado o quartel de assalto.

Que um militar ficou gravemente ferido, quatro pessoas foram detidas bem como o antigo presidente da Assembleia Nacional, Delfim Neves, e Arlécio Costa, antigo líder do partido Frente Democrática Cristã e ex- militar do antigo batalhão búfalo da África do Sul, após uma alegada tentativa de golpe militar em São Tomé e Príncipe

Referindo, que, “os assaltantes, que alegadamente procuravam mais armas, terão atuado com a cumplicidade de militares no interior do quartel, tendo pelo menos três cabos sido detidos, segundo a mesma fonte. No exterior, cerca de 12 homens aguardavam, em carrinhas, tendo alguns fugido durante o tiroteio.

Posteriormente, no início da tarde, tal como noticia o Téla Nón veio a revelar-se, através da exibição dos corpos, que, afinal, “Arlécio Costa, antigo oficial do extinto "Batalhão Búfalo e outros 3 elementos que assaltaram o quartel foram transferidos para a morgue do hospital central Ayres de Menezes. Outro dos supostos responsáveis, o ex-presidente da Assembleia Nacional e atual deputado do movimento Basta, Delfim Neves, também foi preso

O Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe/Partido Social Democrata (MLSTP/PSD), maior partido da oposição são-tomense, condenou esta sexta-feira, de forma veemente, a alegada tentativa de golpe de Estado ocorrida de madrugada no país.

Em comunicado de imprensa, o MLSTP/PSD “demarca-se” da “acção covarde de alteração da ordem constitucional” e manifesta “solidariedade aos militares que em defesa da pátria foram feridos nesta bárbara acção”.
O partido liderado por Jorge Bom Jesus exorta a população “para se manter calma e serena para que este acontecimento não venha a beliscar” a democracia e “a paz social que sempre foram características dos são-tomenses”.
Advogados de Delfim Neves temem pela sua vida
Delfim Neves, antigo Presidente da Assembleia Nacional encontra-se detido no quartel-general das Forças Armadas. Um dos seus advogados, Hamilton Vaz, disse à agência de notícias Lusa temer pela vida do seu cliente, após a morte de quatro suspeitos.

Pedro Sequeira, membro da equipa de advogados de Neves, disse estranhar a intervenção do primeiro-ministro, uma vez que, na sua opinião, a situação de tentativa de golpe de Estado exige uma declaração do Presidente da República.

"O que vimos é o primeiro-ministro a imiscuir-se nas questões de justiça. Quando isso acontece, nós sabemos que o Estado de Direito está em perigo",

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