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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2023

Baptista-Bastos - Nasceu em 27 de Fev. 1934 – Eu nunca escrevi coisas eticamente condenáveis - Confissões do Jornalista e escritor nos anos 80 - - Considerado um dos maiores prosadores portugueses contemporâneos

Jorge Trabulo Marques - Jornalista




Armando Baptista-Bastos nasceu em Lisboa a em 27 de Fevereiro de 1934. Frequentou a escola de Artes Decorativas António Arroyo e o Liceu Francês. – Faleceu em Lisboa, 9 de Maio de 2017

Baptista-Bastos foi "um brilhante polemista, um homem de esquerda, acentuadamente, de esquerda sempre, se teve filiação partidária foi algo muito longínqua, era um combatente", "O 25 de Abril de 1974, tenho a certeza, foi a maior alegria da vida do Baptista-Bastos", afirmou Mário Zambujal, em declarações ao Público, por ocasião da sua morte.

Entre os seus títulos literários, Zambujal citou os romances "A Colina Cristal" e "No Interior da Tua Ausência", referindo que Baptista-Bastos "escreveu até ao fim, até que a doença o dominou"
.
Entre outros meios de comunicação social, Baptista-Bastos trabalhou nos jornais República, O Século, Diário Popular, onde, na década de 1960, manteve a rubrica semanal "Letra de Repórter".

Em fevereiro de 1962, Baptista-Bastos vai com Fernando Lopes durante um mês para a Ericeira, para fazer a adaptação do romance Domingo à tarde, de Fernando Namora. Foi lá que escreveu a primeira versão do seu primeiro livro de ficção, O Secreto Adeus, uma crítica ao jornalismo que existia na altura. A associação a Fernando Lopes levaria ainda Baptista-Bastos a colaborar com o realizador no primeiro filme da autoria deste, Belarmino, obra-chave do Cinema Novo Português, como autor da entrevista a Belarmino Fragoso.[4]

Proibido de colaborar na RTP por ordem direta do director do Secretariado Nacional de Informação, César Moreira Baptista, ficou mais uma vez no desemprego, passando sazonalmente pela redação da Agence France Press, em Lisboa. Pouco tempo depois, entrou para o jornal República. No entanto, resolveu aceitar o convite de Raúl Solnado, que então procurava lançar-se como ator no Brasil, e que tinha sido contratado pela TV Rio, e acompanhá-lo na qualidade de seu secretário. Por coincidência, quando o jornalista chegou ao Brasil deu-se o golpe militar contra o presidente Goulart, fazendo Batista-Bastos a cobertura dos acontecimentos subsequentes, redigindo notícias para o jornal República, que nunca chegarão a ser publicadas, por impedimento da censura.

Volvidos oito meses, de regresso a Portugal, Baptista-Bastos regressa ao República, mas não por muito tempo, pois é convidado para integrar o Diário Popular. Neste matutino irá permanecer por cerca de duas décadas,[5] mais precisamente, 23 anos, desde 1965 até 1988, ficando para sempre associado a este jornal, onde assinou centenas de peças, entre reportagens, entrevistas e crónicas. Foi também aí que teve oportunidade de viajar e escrever sobre Portugal e muitos outros países europeus, americanos, africanos, e contactar e entrevistar inúmeras personalidades, da política, à cultura e ao desporto, mas sem deixar de revelar a opinião e o sentimento do povo anónimo.[1]

Fez ainda parte das redações do Europeu, de João Soares Louro, e de O Diário, bem como das revistas Almanaque, Gazeta Musical e Todas as Artes, Época e Sábado.

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