expr:class='"loading" + data:blog.mobileClass'>

segunda-feira, 1 de julho de 2024

Manuel Cargaleiro – Anos 80 – Minha entrevista na galeria de Arte do Casino Estoril, que elogiou pela oportunidade dada a muitos artistas portugueses Então residente, em Paris há 30 anos - Na cidade onde o seu pensamento se estendia, constantemente, para o país que o viu nascer e cujos símbolos, mais genuínos e suas belas paisagens , eram motivos de inspiração nas suas teças e peças de cerâmica.

Manuel Cargaleiro –  Anos 80 – Minha entrevista na galeria de Arte do Casino Estoril, que elogiou pela oportunidade dada a muitos artistas portugueses  Então residente, em Paris há 30 anos - Na cidade onde o seu pensamento se estendia, constantemente, para o país que o viu nascer e cujos símbolos, mais genuínos e suas belas paisagens , eram motivos de inspiração nas suas telas e cerâmicas.                          


      O pintor e ceramista, Manuel Cargaleiro, que morreu neste último domingo, em Lisboa, aos 97 anos, deixa uma vasta obra em Portugal e no estrangeiro, marcada pela inspiração no azulejo português, composições complexas, e uma paixão intensa por jogos de cor e luz.

O mestre Manuel Cargaleiro – para quem os artistas deviam ser estimulados e acarinhados. Reconhecendo, que, como ele, existem muitos artistas portugueses pelo nundo, "o que me parece é que ainda não se fez foi a coordenação dos artistas residentes no estrangeiro, levando-os à sua pátria" - Intensificando também esse intercâmbio dos que, aqui vivem para mostrarem lá fora as suas obras.
O pintor e ceramista Manuel Cargaleiro, considerado vulto maior da arte portuguesa desde meados do século passado, faleceu este domingo. Tinha 97 anos.



Natural de Vila Velha de Ródão (Castelo Branco), desde cedo se quis artista plástico e não engenheiro agrónomo ou veterinário por vontade paterna.

Nome incontornável da Cultura Portuguesa, Mestre Cargaleiro não foi apenas um grande ceramista e pintor, mas um inovador, com merecido reconhecimento internacional.




Ele, que dizia gostar de viver discretamente, deixou a sua marca artística em diferentes suportes, em diversos pontos de Portugal e do estrangeiro. Um painel de azulejos na Costa Amalfitana e a decoração de uma das estações centrais do metro de Paris são alguns exemplos. Paris foi a cidade para onde foi viver na década de 1950, por divergências com o Estado Novo, que o impediu de concretizar o projeto de decorar as paredes da Cidade Universitária, não obstante ter sido o vencedor do concurso.


Em 1955, Manuel Cargaleiro foi agraciado com o diploma de honra da Academia Internacional de Cerâmica, no Festival Internacional de Cerâmica de Cannes.
Foi convidado a conceber os painéis de azulejo para o Jardim Municipal de Almada e para a fachada da Igreja de Moscavide e, até ao final dessa década, receberia duas bolsas de estudo na área da cerâmica, respetivamente em Faenza, Itália, e em Gien, na França.
Entretanto, fixou residência definitiva na capital francesa, onde viria a estabelecer o seu atelier, expandido a sua presença internacional. Até ao final da década de 1970, realizou exposições individuais em Lisboa, Paris, Tóquio, Milão, Lausanne, no Porto, em diferentes cidades do Brasil. Foi também convidado para mostras coletivas em Almada, Genebra, Osaka, Seul.
Colaborou com poetas, nomeadamente Armand Guibert e Victor Ferreira, cujos poemas foram ilustrados pelo artista
.
Foi convidado pelo Ministério francês da Cultura a conceber painéis cerâmicos para três escolas no país que o acolhera. Assim o fez.

Nos anos 1980 começou a explorar a tapeçaria, tendo sido convidado pelo Governo português a conceber uma dessas obras para o novo edifício na Organização Internacional do Trabalho, em Genebra.

A partir da década de 1990, predominariam na sua obra os padrões aglomerados e cromaticamente intensos onde continuaria a ser evocado o azulejo português, que tanto determinou o seu trabalho.
Em Castelo Branco, viria a ser criada a Fundação Manuel Cargaleiro, em 1990, com o objetivo de criar um museu dedicado à sua obra. Assim aconteceu, em 2005, primeiro no edifício histórico Solar dos Cavaleiros, mais tarde expandindo-se para o “edifício contemporâneo”.


Cerca de uma década mais tarde foi inaugurada no Seixal a Oficina de Artes Manuel Cargaleiro, num projeto arquitetónico de Álvaro Siza, com objetivo de promover a arte contemporânea, a obra do mestre Manuel Cargaleiro e as coleções da sua fundação, quer através de temporárias, mas sobretudo através da divulgação da arte e do trabalho com jovens artistas, dando corpo à definição implícita na designação de Oficina

Nenhum comentário :