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sexta-feira, 12 de julho de 2024

São Tomé e Príncipe - Há 49 anos nasceu uma nação Independente nas antigas colónias portuguesas , graças ao 25 de Abril - Imagens de 12_07-2015 - "O mundo mudou e São Tomé e Príncipe soube acompanhar essa mudança e ser pioneiro em África na transição pacífica e tranquila do monopartidaríssimo"- Palavras do então Presidente Manuel Pinto da Costa – Que recebeu a visita do Presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca – Agora é vez de Carlos Vila Nova, receber o seu homólogo , Chefe de Estado cabo-verdiano, José Maria das Neves


                                          Jorge Trabulo Marques - Jornalista 



São Tomé e Príncipe - Há 49 anos nasceu uma nação Independente A que dei visibilidade jornalística em prol da  sua formação   

Em 12 de julho de 1975, o arquipélago São Tomé e de Príncipe, composto por duas ilhas e vários ilhéus tornou-se independente da colonização portuguesa. Essa libertação deu-se sob a liderança do movimento de libertação de São Tomé e Príncipe.




Saúdo calorosa e fraternalmente o Povo de S. Tomé e Príncipe, bem como 
 os seus governantes e dirigentes políticos, atuais e fundadores do MLSTP e dos partidos que posteriormente se vieram a formar, a todos quantos se têm batido pelo bem-estar e progresso destas maravilhosas Ilhas, seja na politica ou socialmente, desejando que esta data seja vivida no mesmo ambiente de paz , de fraternidade e de alegria, que faz parte da matriz pacifista e acolhedora do povo santomense


                              


O 25 de Abril devolvera a liberdade ao Povo Português e a promessa da libertação dos povos sob o jugo colonial. A censura foi erradicada e a imprensa passou a publicar livremente os seus artigos, reportagens e a exprimir as opiniões.

Em 12 de Julho de 2015, era o Presidente Manuel Pinto da Costa, a receber a visita do Presidente de CaboVerde 



Desta vez, é o Presidente  da República de STP, Carlos Vila Nova, a receber a visita de José Maria Neves,  que terminará no dia 16, terça-feira.l, com vista a reforçar as relações de amizade e de cooperação entre os dois países e encontrar-se com as comunidades cabo-verdianas descendentes e residentes no país.

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S. Tomé e Principe - Brinde pela Independência - Imagens de há 50, 49 e 9 anos 

Brinde do 12 de  julho, 2015 - No Jardim da Roça Agostinho Neto 


O Movimento de Libertação de S. Tomé e Príncipe e o Governo Português acordam em que a independência de S. Tomé e Príncipe seja proclamada em 12 de julho de 1975 e o ato da declaração oficial da independência do Estado de S. Tomé e Príncipe coincidirá com o da investidura dos representantes eleitos do povo de S. Tomé e Príncipe e terá lugar na cidade de S. Tomé, com a presença ou a representação do Presidente da República Portuguesa, para o efeito da assinatura do instrumento solene da transferência total e definitiva da soberania.
.. - Palavras que eu editei na revista angolana Semana Ilustrada




 UM BRAVO À ASSOCIAÇÃO CÍVICA PRÓ-MLSTP    Fui dos raros portugueses, senão talvez o único, que pude ter a honra e o prazer de acompanhar de perto a  campanha mobilizadora da Associação Cívica Pró-MLSTP – Fi-lo, inicialmente, como jornalista, mas, sendo também o cidadão que conhecera. no corpo e no espírito, as diabruras, abusos e prepotências de um certo colonialismo, que teimava em ignorar os novos ventos da história, sim, por natural empatia, depressa me sentia irmanado e identificado com a mesma luta, que me haveria de custar as mais selváticas agressões.  



Era, então, desde 1970, correspondente da revista angolana, Semana Ilustrada, tendo dado o meu contributo para a divulgação às ações da Associação Cívica, pró-MLSTP, acompanhando as suas reuniões na sua sede, no Bairro do Riboque, bem como divulgando as primeiras imagens e testemunhos dos massacres de 3 de Fevereiro de 1953, conhecidos pelos massacres do Betepá

Graças à liberdade de expressão instaurada pelo movimento das forças armadas portuguesas, apesar das enormes dificuldades económicas com que me defrontei, nem assim deixei de escrever e de publicar o que tinha a publicar, mesmo quando alguns colonos, me colocarem uma forca de corda pendurada sobre a minha porta (ainda tenho a fotografia); pois não queriam que eu escrevesse sobre o direito do tão sacrificado povo destas maravilhosas ilhas verdes do equador, pudessem livrar-se do jugo colonial e ascender à independência, pelo que foi alvo de alvo de várias agressões e ameaças de morte

Por duas vezes, furaram os pneus do meu carro à navalhada, (ao ponto de ter que o estacionar junto à sentinela do palácio do governador), agrediram-me barbaramente.

Pior do que isso, quando uma multidão furiosa de colonos invadiu aquele palácio para exercerem coação e insultarem o então coronel Pires Veloso, ao verem-me, ali nas imediações, passei eu a ser o mau da fita e das suas frustrações, correram todos imediatamente atrás de mim, como loucos, para me lincharem.

Eram milhares a apedrejarem-me e a espalharem-se por todas as ruas para me apanharem. Ainda fui atingido com uma pedra na cabeça, que me provocou um ferimento grave. Por pouco não me mataram e fui esmagado. Por sorte, consegui entrar numa escada e lograr um esconderijo, num telhado, até ao anoitecer, com a cabeça e o rosto ensanguentado, sem poder tratar-me do ferimento.


Depois tive que me refugiar quinze dias no mato, em casa de um santomense amigo, o Constantino Bragança, um dos meus companheiros na escalada do Pico Cão Grande

Acabei por não ter outra alternativa senão a de me meter numa frágil piroga e partir para a Nigéria - Tal como fizera na travessia de S. Tomé ao Principe, cinco anos antes, uma vez mais parti sem dar a conhecer os meus propósitos, ao começo da noite, servindo-me apenas de uma simples bússola. Ao cabo de 13 dias chegava a uma praia ao sul deste país africano, tendo sido detido durante 17 dias por suspeita de espionagem, após o que fui repatriado para Portugal. Os jornais nigerianos destacaram em primeira página o feito.


Regressado a São Tomé, ainda no mesmo ano, e já com São Tomé e Príncipe independente, tentei empreender a travessia ao Brasil, com o propósito de reforçar a minha tese, evocar a rota da escravatura através da grande corrente equatorial e contribuir para a moralização de futuros náufragos, à semelhança de Alan Bombard. Segundo este investigador e navegador solitário, a maioria das vítimas morre por inação, mais por perda de confiança e desespero, do que propriamente por falta de recursos, que o próprio mar pode oferecer. 

Era justamente o que eu também pretendia demonstrar. Navegando num meio tão primitivo e precário, levando apenas alimentos para uma parte do percurso e servindo-me, unicamente, de uma simples bússola, sem qualquer meio de comunicar com o exterior, tinha, pois, como intenção, colocar-me nas mesmas condições que muitos milhares de seres humanos que, todos os anos, ficam completamente desprotegidos e entregues a si próprios. Porém, quis o destino que fosse mesmo esta a situação que acabasse por viver. 


Bom, mas não é desta questão  que eu agora venho falar mas da importância e do significado das comemorações do 12 de Julho de 1975 - Recordando as palavras proferidas, em 12 de Julho de 2015, pelo então Presidente  Manuel Pinto da Costa 

Há 40 anos começámos a percorrer o caminho que nos trouxe até à actualidade. Ao país que temos e ao país que queremos ter. O que somos e o queremos ser.
Não foi um caminho fácil nem isento de erros mas é preciso sublinhar hoje que partimos praticamente do zero com um legado colonial cujas consequências negativas perduraram durante muitos anos.

Herdámos terras e explorações agrícolas, base da nossa economia, abandonada. Uma a administração pública desmantelada. Um país sem quadros formados, sem recursos financeiros. Tivemos de construir um Estado a partir do nada.

Muita coisa mudou entretanto. O mundo mudou e São Tomé e Príncipe soube acompanhar essa mudança e ser pioneiro em África na transição pacífica e tranquila do monopartidarismo para a democracia multipartidária.

O PASSSO DA COLONIZAÇÃO NAS ILHAS DO GOLFO DA GUINÉ - Envolto nalguma penumbra 


Não há certezas quanto à data exata da descoberta das ilhas  - Diz também Luís de Albuquerque: Sabe-se por exemplo que João de Santarém, Pêro Escobar, Fernão do Pó, Lopo Gonçalves e Rui Sequeira estiveram ao serviço de Fernão Gomes. Mas não há registos que nos permitam dizer com segurança qual deles, em que ano, descobriu o quê." - Admite-se, no entanto, que, a Ilha de S. Tomé, teria sido descoberta em 21 de Dezembro de 1471, e, um ano depois, em 17 de Janeiro, a Ilha do Príncipe – Por outro lado, também já, o Almirante Gago Coutinho, em “A Náutica dos Descobrimentos, aludia à palavra “descobrir”, acerca dos “factos náuticos que procederam à  Viagem de ´Álvares Cabral, ao Brasil, citando o livro “Esmeraldo”,  referindo que naquela época, a palavra descobrir, tem o sentido de explorar uma costa que já fora achada antes de 1948”, de “uma exploração, confiada a Duarte Pacheco.



Ao longo da costa africana, já haviam navegado fenícios e árabes e o Infante D. Henrique, estava bem informado. A história  nem sempre é um relato fidedigno dos factos. "Se o Infante  D. Henrique e os dirigentes portugueses que se lhe seguiram proibiram a venda de caravelas ao estrangeiro, mandava a lógica que se opusessem igualmente à saída de capitães, pilotos, cosmógrafos(...) e com eles dos roteiros para as novas terras, das cartas de marear e de tudo que ensinasse a nova ciência da posição e da direcção do navio e, mais que tudo, da do sol ao meio dia." - In "DÚVIDAS E CERTEZAS NA HISTÓRIA DOS DESCOBRIMENTOS PORTUGUESES"  Luís de Albuquerque



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