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domingo, 31 de agosto de 2025

Sporting C.P. 1 - F.C.Porto 2 -Surpresa em Alvalade, com a vitória da equipa portista e um acidente que iria provocar 17 feridos,

                                     


                                                   Jorge Trabulo Marques 

 Sporting C.P. 1 - F.C.Porto 2 -Surpresa em Alvalade, com a vitória da equipa portista e um acidente que iria provocar 17 feridos, devido à queda de vidros na bancada do Sporting durante os festejos no primeiro golo dos dragões, que teve lugar aos 61', momento em que os adeptos do Porto saltaram a zona da bancada e partiram os vidros, que caíram na direção dos adeptos leoninos, segundo relatos de quem estava no local.


Noite de lotação esgotada: com mais de 50000 presenças e um grande ambiente caloroso, que se prolongou ao logo de todo o clássico, até porque, o acidente passaria praticamente despercebido, além de que é na 2ª parte e no prolongamento de 8' que a garra leonina ainda mais viria ao decima,

Leões surpreendidos no seu reduto pelos Dragões que passam assumir a liderança em jogo da 4ª jornada . A equipa leonina também dispôs de boas ocasiões , especialmente por Pedro Gonçalves mas na baliza estava um excelente guarda-redes, o Rui Silva, que acabaria por ser a maior estrela do jogo, além do golaço do brasileiro , de William Gomes pela equipa visitante



A 1ª parte decorreu sem golos, embora ambas as equipas tivessem podido inaugurar o marcador. Os golos foram todos marcados na 2ª parte do jogo. Pelo lado do FC do Porto: pelo neerlandês Luuk de Jong . que abriu o marcador e por William Gomes, tendo o defesa-central argentino Nehuén Pérez, marcado na própria baliza,

Com esta 4ª vitória, o FC Porto passou a somar 12 pontos e isolando-se na liderança da 1ªLiga de futebol, enquanto o Sporting é terceiro classificado, com os mesmos nove pontos do Moreirense

segunda-feira, 25 de agosto de 2025

S. Tomé –jornalista proibido de entrar no palácio presidencial Depois da Guiné-Bissau ter expulsado a RTP e a Lusa Assim vai a mordaça à liberdade democrática nas antigas colónias portuguesas

   Jorge Trabulo Marques - Jornalista Está-se a regredir e Portugal dá sinais de ir pelo mesmo caminho - Eu, no pós 25 de Abril, antes da independência, fui espancado e ameaçado por colonos, com um forca pendurada à minha porta por ter dado voz à liberdade na revista angolana Semana Ilustrada, de que era conrrespondente, tendo sido forçado a escapar-me numa canoa rumo à Nigéria.


Recentemente o  Governo da Guiné-Bissau decidiu o encerramento das emissões da RTP África, RDP África e Agência Lusa . Entretanto, surgiu a noticia de que o Governo da Guiné-Bissau  prometeu  esclarecimentos sobre a expulsão da comunicação social portuguesa e mostrou-se "aberto ao diálogo sempre", desde que seja respeitada a soberania do país.  Mas não mais se falou  do assunto -   Especialmente de Marcelo Rebelo de Sousa - Abraçado e condecorado pelo ditador na visita que ali efetuou em Outubro de 2023 Presidente guineense condecorado por Marcelo: “Eu não tenho nada de ditadura” - Postura então criticada por guineenses, em Lisboa,  por apoiar um “Presidente antidemocrático”.

Agora, aí temos outra postura repressiva, em S. Tomé por parte de Carlos Vila Nova, com o qual, Marcelo Rebelo de Sousa, se encontrou, na celebração do 50.º aniversário da independência., no passado mês de Julho

Foi noticiado pelo Jornal Téla Nón, que, na última sexta-feira, numa audiência  da presidência da República , os serviços do Palácio do Povo, impediram o acesso ao invento,  ao jornalista Josimar Afonso, colaborador de vários órgãos de comunicação social, desde a Rádio Nacional, passando pela Rádio Somos Todos Primos, até à Agência Lusa de Portugal.

Foi travado mesmo na porta de entrada. «Estranhamente chegando na Presidência logo na recepção fui convidado por uma senhora, que estava de serviço para um canto, para receber a informação particular, de que eu Josimar Afonso está proibido de entrar na Presidência da República», afirmou o jornalista.

A violação flagrante da lei de imprensa, estava assim consumada.

«Perguntei porquê? E a senhora disse que não sabia, mas que são ordens superiores», relatou o jornalista.

«Eu insisto…as ordens superiores de quem? E ela respondeu que não sabia, e que era essa informação que tinha a me passar», prosseguiu Josimar Afonso, na entrevista concedida aos outros colegas da comunicação social.

todos os órgãos de comunicação social convocados pelos serviços da presidência de república entraram no Palácio do Povo para cobrir a reunião de Carlos Vila Nova e o MLSTP. Menos Josimar Afonso  https://www.telanon.info/destaques/2025/08/24/49896/servicos-da-presidencia-da-republica-proibem-jornalista-de-entrar-no-palacio-do-povo/?unapproved=409296&moderation-hash=e3097bd888f26f7e431a73bb5d934f15#comment-409296


Patrice Trovada- Tem bons seguidores

No início de Janeiro de 2025, era noticiado, que, o  Presidente da República, Carlos Vila Nova demitiu  o Governo chefiado pelo primeiro-ministro Patrice Trovoada e convidou ADI a indicar outra figura para formar o novo Executivo, indica o decreto presidencial. 

A pretexto  da falta de  uma clara cooperação estratégica e uma manifesta deslealdade institucional - Paradoxalmente, demitia a figura que o tinha escolhido e apoiado pelo mesmo partido (ADI),a que ambos pertencem

PELOS VISTOS, A DEMISSÃO DE PATRICE TROVOADA, POUCO OU NADA VEIO MUDAR OU ADIANTAR

Todos os anos vários jornalistas são capturados e mantidos prisioneiros em diversas regiões do mundo, com destaque para os países onde vigoram regimes ditatoriais. – A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) anunciou que, em 2024, morreram 120 jornalistas em trabalho, fazendo daquele ano,  um dos anos "mais mortíferos" para a profissão.



Presidente Marcelo Rebelo de Sousa, sempre de de mãos dadas com os ditadores mais contestados das ex-colónias, que sobem ao poder à custa da fraude e corrupção eleitoral.

ESTILOS DA MESMA ESCOLA - TAL PAI TAL FILHO - Os vídeos o atestam

Propaganda de Baltazar Rebelo de Sousa

O Filho do ùltimo Ministro das colónias, neto do Catonho Tonho, que fez fortuna no interior de Angola, trocando café por tecidos
e bugigangas, não esqueceu a cartilha familiar em apoiar os novos colonizadores, disfarçados de democratas

Sim, pelos vistos, Marcelo não perdeu traços exibicionistas de seu pai –Ministro Baltazar Rebelo de Sousa, o maior propagandista do Regime da ditadura de Salazar e Marcelo Caetano Assim o tem demonstrado os seus abraços ao ditador de Angola, Moçambique e ao Trovoada de STP e correligionários
                                                       Marcelo seguidor do mesmo estilo

Ao centro com as meninas burguesas

Nesta data 04/08/2025 — era noticiado de que morreram já pelo menos 175 jornalistas e trabalhadores de media no território palestiniano desde 7 de Outubro de 2023.

Conceição Lima
EM SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE NINGUÉM É MORTO POR EXPRESSAR A SUA OPINIÃO – É UMA TERRA MARAVILHOSA E PACIFICA – Mas é um facto, que, no periodo governativo de Patrice Trovoada,  a situação dos profissionais da comunicação social assemelhava-se a de um "país que vive num estado de exceção disfarçado” -  - Palavras do  presidente da Associação dos jornalistas São-tomenses (AJS),Juvenal Rodrigues, na IV conferência anual do 3 de Maio  divulgadas  pelo Téla Nón

Dizia o presidente da Associação dos jornalistas São-tomenses (AJS), Juvenal Rodrigues,  em 3 Mai 2017, no Governo de Patrice Trovoda, que a situação dos profissionais da comunicação social assemelha-se a de um "país que vive num estado de exceção disfarçado".porque há comissários políticos e agentes que gravam conversas, mesmo em situações de convívio", disse Juvenal Rodrigues na IV conferência anual por ocasião de 03 de maio, Dia Internacional de Liberdade de Imprensa.

A descarada censura  chega ao ponto de descaracterizar completamente certas matérias produzidas por jornalistas, dos autores não reconhecerem o trabalho que deixaram feito; a autocensura, a ausência de debates e do contraditório e a exclusão acentuaram-se consideravelmente desde outubro de 2014», prosseguiu o Presidente da Associação de Jornalistas de São Tomé e Príncipe

NÃO ESQUEÇO ESTAS BARBARIDADES

Massacre do Batepá - , fui a primeira pessoa a entrevistar sobreviventes e a divulgar as primeiras imagens do massacre, depois da denúncia escrita de Sum Marky e Salgueiro Rego, que me valeram - por duas vezes - todos os pneus do meu carro à navalhada e uma forca pendurada à porta da minha modesta habitação - isto já depois de uma tentativa de ser abalroado na estrada, ainda voltei a ser alvo de muitas cenas de ódio e afrontosas patifarias! - Uma ocasião invadiram o Palácio,
e, quando me viram, eram milhares de colonos à pedrada atrás de mim: salvou-me o facto de ver uma porta aberta e subir pelas escadas e me esconder no telhado - Felizmente houve quem assistisse à perseguição e visse o meu esconderijo: um santomense,
pela calada da noite, chamou-me e levou-me para o seu humilde casebre, algures fora da cidade, onde me tratou dos ferimentos
e, durante duas semanas, me acolheu generosamente.
Quando voltei à minha modesta casa - um simples quarto alugado
num edifício de escritórios, o seu estado era irreconhecível:
partiram-me tudo - roupa rasgada,
máquina de escrever destruída,
de inteiro não ficara nada..
Tive que abandonar a ilha de canoa rumo à Nigéria,
que já andava a preparar mas por outros objetivos,
senão teria sido mais um massacrado

ELATÓRIO ANUAL DA FREEDOM IN THE WORLD -  DENUNCIA ATROPELOS DE VÁRIA ORDEM   - Relatório The Freedom in the World 2018   - São Tomé e Príncipe -  Liberdade no mundo 2018, - divulgado, dois dias antes das eleições, é expressivo de  graves preocupações:


"
A mídia pública transmite pontos de vista da oposição e concede certo acesso aos líderes da oposição, mas apenas um punhado de meios de comunicação privados está disponível, e um grau de autocensura é relatado em locais públicos e privados. Não há restrições à mídia online, embora o setor seja pouco desenvolvido. Menos de um terço da população tem acesso à internet.

A constituição prevê um judiciário independente, e os tribunais são relativamente autónomos na prática, mas são suscetíveis à influência política e à corrupção. O sistema também é insuficiente e subfinanciado. - 


“Bufaria” no seu auge no seio dos profissionais da comunicação social e não só. Uma democracia fragilizada«Não se pode falar verdadeiramente de um Estado de Direito Democrático neste quadro. O democrata convicto não tem medo do contraditório, não receia críticas e não alimenta a “bufaria”- passe a expressão. O pluralismo é uma das características da democracia», frisou Juvenal Rodrigues.
Perseguição, é a lei decretada contra os órgãos de comunicação social, ou profissionais, que não se vergam a vontade do Chefe.

«A perseguição tem outros contornos. Por exemplo, acabar com programas nos órgãos públicos, cujos rostos não são militantes ou simpatizantes do partido no poder. A tentativa de asfixiar economicamente os mesmos. Os militantes e simpatizantes é que têm todos os direitos e mais alguns. Existem casos em que a mesma pessoa é assistente de imprensa de vários organismos estatais, além de estarem vinculados a órgãos públicos. Regra geral, o apoio do Estado ao fomento de órgãos de imprensa privados nunca foi expressivo, num país em que o mercado é inexpressivo e o setor privado está de rastos. Mas atualmente, a situação piorou, com a retirada de publicidade de empresas em que o Estado também é acionista, naqueles títulos de imprensa fora do controlo do poder».

Pressão contra os jornalistas que não abdicam da sua liberdade, atingiu níveis invulgares e o Ministério Público, não consegue agir em tempo útil.  «Outra forma de pressão. O Sr.primeiro-ministro,Patrice Trovoada, acusou publicamente numa entrevista difundida a 11 de setembro de 2016 pela TVS e a Rádio Nacional, que jornalista independente recebeu arma de guerra da Presidência da República. A Associação dos Jornalistas solicitou logo depois ao Ministério Público com carácter urgente para investigar o facto. Manifestou-se disponível a colaborar no que fosse necessário e fê-lo. A verdade é que passados quase oito meses, o Ministério Público ainda não divulgou o aguardado relatório», denunciou a Associação dos Jornalistas.


Patrice Trovoada, o censor-mor da inquisição politica e religiosa em S. Tomé e Príncipe, não é digno de continuar a desempenhar o alto cargo de Primeiro-Ministro, nestas Ilhas Abençoadas pela Mãe-Natureza – É um perigo  para  a evolução do pensamento democrático, o controlador e castrador do pluralismo dos órgãos de comunicação social e da livre expressão consagrada  na Declaração Universal dos Direitos Humanos – O dirigente corrupto e corruptor, que se recusa a prestar contas  do destino  dos milhões de  fundos que o Governo recebe da comunidade internacional mas que depois se desconhece como e onde  são  aplicados. O dirigente  que passa a maior parte da Governação fora do pais, em viagens de costas voltadas às dificuldades e aos problema reais da sacrificada população, envolvendo avultadas despesas e, mais das vezes, sem se saber, em concreto, com propósitos ou finalidades – Em 2015 só esteve no país 75 dias que custaram perto de 2 milhões de euros -.Patrice só cá esteve 75 dias em 2015-1 , em 2016, também pouco mais tempo esteve – E, em 2017, vai pelo mesmo caminho
 DESPUDORADO JOGADOR E MANIPULADOR  Assumido e deliberado fomentador da intriga e da calúnia, fazendo acusações levianas, que não justifica e se recusa depois a provar. Sim, o apóstolo da intolerância para uma saudável convivência  politica e cívica e religiosa, que não nasceu em S. Tomé nem nunca aqui fez questão de criar  laços afetivos, quer desde quando aqui veio, já adulto, quer mesmo com as suas ligações politicas e governativas. 

Depois de ter sacado Taiwan 
Voltou-se para os milionários da China
PATRICE TROVOADA - O  EMPRESÁRIO-POLÍTICO SEM LAÇOS AFETIVOS A UMA TERRA ONDE NEM SEQUER NASCEU  -  O caixeiro-viajante inveterado, que tem passado a maior parte da Governação, nos seus voos misteriosos,  deveria era sediar-se, de uma vez por todas no Gabão, a tratar a tempo inteiro dos seus negócios, com a qual  tem afinidades e cumplicidades, desde que ali foi parido mas não nas mais belas Ilhas Verdes do Equador, das quais faz sua plataforma promocional e empresarial, aproveitando-se da pobreza e da generosidade  do  pacífico e já tão sacrificado povo santomense.

LEVIANDADES E INCONSCIÊNCIAS DE UM PERIGOSO GOVERNANTE -CONFUNDE JORNALISTAS COM GUARDAS ARMADOS- Recordando atitudes que denunciámos.

O Primeiro-Ministro, Patrice Trovoada, substituindo-se às funções do gabinete do   recém-eleito Presidente da Republica, Evaristo Carvalho (sim, qualquer dia,  por este andar, sempre será mais prático juntar a Presidência e o Governo no mesmo palácio), em entrevista aos jornalistas da  Rádio Nacional e da TVS,  escolhidos a dedo,   faz uma gravíssima acusação, dado se tratar do nome de um agente da guarda do anterior  Presidente da República, que é o mesmo de um jornalista - Em vez de se de certificar da coincidência, vai de fazer torpes acusações e disparar: 
… para mim, deixa muito a desejar, então, não vale a pela nós continuarmos nesse caminho!..

.Nós estamos a fazer um trabalho de recolha de armas!.... Bom, como é que um jornalista recebe da Presidência da República, para seu uso pessoal, uma arma de guerra?!... É jornalista?!... É jornalista?... É independente?!... O que é que ele é?!... É mercenário?!...  Jornalista?!... É o quê?!...
- Mas o Sr, disse que não vai citar nomes? - Pergunta  um dos entrevistadores
- Não vou citar nomes!

- E então por que é que o Governo não cita o nome?
-Não vale a pena!  O que eu estou simplesmente a dizer é que são práticas, que, a mim me deixam um bocadinho duvidoso sobre a independência de muitos jornalistas!...

Um jornalista… é subjetivo, dizer que ele é independente e não é independente!... Mas esse tipo de promiscuidade, de jornalista membro nacional de partido, jornalistas que defendem armas da Presidência da República, etc


Nas ditaduras não se contabilizam os jornalistas que são mortos, porque não há imprensa livre e quem não for da cor dos regime não faz jornalismo – O que acontece é que, os servidores desses regimes, estão habilitados a silenciar, em qualquer parte do mundo, as vozes mais incómodas, sejam jornalistas ou vozes da oposição.  Por isso, o maior risco para o jornalistas, até nem são os acidentes nas coberturas de conflitos armados, mas nas sórdidas e traiçoeiras emboscadas, como represália pela coragem de pôr a nu jogos de corrupção e outros tipo de atividades ilícitas e criminosas.

domingo, 24 de agosto de 2025

Embaixador de Israel em Portugal, diz: "Ninguém morreu de fome em Gaza". E o SNS em Portugal vai de vento em popa- Assim vai o perfil do liberalismo e capitalismo do Estado. Até onde vai a hipocrisia do despudor:


Embaixador de Israel em Portugal, diz: "Ninguém morreu de fome em Gaza". E o SNS em Portugal vai de vento em popa- Assim vai o perfil do liberalismo e capiatlismo do Estado. Até onde vai a hipocrisia do despudor: GRANDES ARTISTAS NA ARTE DE FINGIR E ENGORDAR - A fome? Desconhecem-na. Portugal, tem mais 3.200 milionários em 2025

Comisssários politicos dos exploradores, desconhecem a fome.

Oren Rozenblat, em entrevista à SIC Notícias, voltou afirmar que "Não há fome, nunca houve fome e ninguém morreu de fome em Gaza. Podemos ver crianças magras, mas é porque são doentes graves
Segundo a ONU, há mais de 500 mil pessoas a enfrentar "condições catastróficas caracterizadas por fome, miséria e morte". Em contrapartida, Israel diz que o relatório "baseia-se em mentiras do Hamas".

SALÁRIOS BAIXOS E FACILIDADES EM DESPEDIR - Para melhor engordar o estômago do explorador- Portugal ganha mais 3.200 milionários em 2025 O número de fortunas acima de um milhão de dólares cresceu 1,9% no país, enquanto a nível mundial o aumento foi de 1,2%. Atualmente, Portugal conta com cerca de 175 mil milionários.

EM PORTUGAL Quatro urgências de Obstetrícia e Ginecologia do Serviço Nacional de Saúde (SNS) encontram-se encerradas durante o dia de hoje, entre as quais a do Hospital Infante Dom Pedro, em Aveiro.

De acordo com informação disponível no portal do SNS às 08h30, estão igualmente fechadas as urgências do Hospital de Portimão, do Hospital Nossa Senhora do Rosário, no Barreiro, e do Hospital Distrital das Caldas da Rainha.

Em 2025, o número global de pessoas em fome aguda atingiu mais de 295 milhões em 2024, um aumento de quase 14 milhões em relação a 2023, e a crise de fome é a pior em 6 anos, impulsionada por guerras, mudanças climáticas e choques económicos. A situação é alarmante no Sudão, Iêmen, República Democrática do Congo, Mianmar e Nigéria. No entanto, há avanços em algumas regiões, como o Brasil, que saiu do Mapa da Fome, segundo o relatório SOFI 2025 da FAO.




sábado, 23 de agosto de 2025

São Tomé “O plantel leonino da luta pela independência de São Tomé e Príncipe – É manchete no Jornal Económico A histórica equipa a que me reportei várias vezes na revista Semana

                                                             Jorge Trabulo Marques - Jornalista

São Tomé “O plantel leonino da luta pela independência de São Tomé e Príncipe – É manchete no Jornal Económico A histórica equipa a que me reportei várias vezes na revista Semana Ilustrada, tendo sido contatado pela jornalista Inês Amado, autora do artigo

Que começa por sublinhar que “A popularidade do Sporting em São Tomé e Príncipe explica-se pela história da libertação do país, sob domínio colonial até 1975. Mais do que um clube desportivo, o Sporting Clube de São Tomé representava a resistência e defesa da cultura são-tomense.
Sim, é um facto indesmentível, de que também me pude aperceber (…) Várias gerações de são-tomenses escreveram a história do Sporting Clube de S. Tomé, um espaço que era circunscrito aos môladô possom, termo em forro para os moradores da cidade que pertenciam à elite sócio-económica e que viriam, na sua maioria, a conduzir a luta pela independência.

ARTIGO DO JORNAL ECONÓMICO
“A popularidade do Sporting em São Tomé e Príncipe explica-se pela história da libertação do país, sob domínio colonial até 1975. Mais do que um clube desportivo, o Sporting Clube de São Tomé representava a resistência e defesa da cultura são-tomense.
Sobre a génese do clube, conta Albertino Bragança que tudo começou com a criação de um grupo futebolístico por marinheiros chegados a São Tomé em 1912. “E um são-tomense, que tinha estado em Portugal, entrou nesse grupo e insistiu que fosse do Sporting”, explica. Mas foi só em 1939 que o clube se tornou uma filial do Sporting Clube de Portugal. Em 1975, o clube foi extinto, tendo sido reativado em 1994, segundo Albertino Bragança, que foi eleito secretário-geral, e o primo Raúl Wagner Bragança Neto, antigo guarda-redes e treinador do clube, que viria a ser primeiro-ministro poucos anos a seguir, eleito presidente do Sporting.

(...)António Ramos Dias, atual presidente do SCSP e presidente da Associação Combatentes da Liberdade da Pátria, recorda ao JE o espaço existente na sede onde “os nacionalistas e os mais velhos iam discutir os problemas de São Tomé”, entre os quais Quintero Aguiar e Norberto Costa Alegre.
De acordo com Albertino Bragança, o “Sporting começou a estar sob vigilância do regime colonial”. Alguns membros do clube foram perseguidos e presos.



Apesar de algumas feridas do tempo colonial, de um modo geral, o futebol português – mas sobretudo as três principais equipas – Sporting, Benfica e Porto  - mesmo 45 anos depois da descolonização – continua a suscitar um grande entusiasmo na população destas ilhas, que seguem os relatos ou as transmissões  televisivas, com grande entusiasmo e são tema de  comentários habituais.  Contudo, o clube, com maiores tradições nas duas ilhas, é, indubitavelmente,  o Sporting, que ali conta com três coletividades com o seu nome.


Sporting Clube da Praia Cruz - Sporting Clube do Príncipe  e a briosa herança do  Sporting Club de S. Tomé – Da coletividade, desportiva e cultural  mais antiga das Ilhas do Equador, fundada há 104 anos - 
Atrás das  cores do lendário Sporting Club de São Tomé, que são as mesmas do Clube de Alvalade,  há todo um longo historial, que se estende com páginas de glórias mas também de muitos sofrimentos -  De um  Clube que  tem, no seu passado, mártires em arbitrárias prisões, submetidos a brutais interrogatórios, herdando desde a sua fundação, em 1912, um profundo cariz nacionalista, usando a prata da casa, os melhores talentos genuinamente são-tomenses, que o poder colonial, procurou sempre ostracizar, sob as mais diversas formas. Com as mais torpes e descaradas perseguições – até nas arbitragens dos jogos em que participava. 


 A- JÁ LÁ VÃO UNS BONS ANOS QUE PUBLIQUEI NA REVISTA SEMANA ILUSTRADA 











ANDORINHA SPORT CLUBE 


Atualmente o clube é constituído, quer por jogadores como por dirigentes, em grande parte, nascidos depois da independência, nestas maravilhosas ilhas – Contudo, desde a sua formação, em 1931, ele congregava também muitos portugueses ou aqui nascidos ou que para aqui emigravam, mesmo até alguns militares, tendo deixado, em todos que fizeram parte do seu brioso historial ou que acompanharam as exibições da equipa, as mais profundas e gratas recordações.

OS BONS EXEMPLOS DÃO SEMPRE BONS FRUTOS

Sporting Clube do Príncipe - Foto (a cores) extraída da Web

Na atualidade, existem em S. Tomé e Príncipe três coletividades sportinguistas as quais, pelo que me foi dado apurar, entroncam na mesma família sportinguista: o histórico Sporting Club de São Tomé, fundado em 1912, o qual, devido a algumas vicissitudes, desceu para o escalão de honra, mantendo a sua velha sede no mesmo local;   Sporting Clube do Príncipe sediado na pequena cidade Santo António, na Ilha do Príncipe, fundado no dia 6 de Fevereiro de 1915, sendo a filial nº 183 do Sporting Clube de Portugal.e o Sporting Clube da Praia Cruz, sediado junto à praia do mesmo nome, ou seja a equipa que mais se tem destacado desde há uns anos a esta parte, com maior número de títulos conquistados  nas duas competições: no campeonato e  Taça.


Nuno Espírito Santo, é, na atualidade, um dos  treinadores, no top da futebol europeu- Contratado pelo Wolverhampton, em  31/05/2017 - Sucedendo  ao escocês Paul Lambert: de tal maneira tem sido a sua popularidade que já  tem um busto em Inglaterra.

NUNO ESPÍRITO SANTO TEVE COMO UM DOS SEUS MESTRES, JOSÉ MOURINHO   - não ESQUECE A INFLUÊNCIA QUE ELE TEVE NA SUA CARREIRA

O técnico santomense, naturalizado português, logrou levar  o seu novo clube ao segundo lugar do campeonato na época passada, depois de ter sido sexto na estreia. Nuno Espírito Santo lembra  a influência que José Mourinho teve na sua carreira e desejou “o melhor” ao ex-técnico da equipa de futebol do Manchester United, que foi demitido na terça-feira.

Nuno era um dos guarda-redes da equipa do FC Porto que, sob o comando de Mourinho, venceu dois campeonatos, uma Taça de Portugal, uma Supertaça portuguesa, uma Taça UEFA e uma Liga dos Campeões. https://desporto.sapo.pt/futebol/premier-league/artigos/nuno-espirito-santo-destaca-influencia-de-mourinho-na-sua-carreira




Entrevistado no final de uma final empolgante - Não venceu mas convenceu

De seu nome completo Nuno Herlander Simões Espírito Santo, mais conhecido por Nuno Espírito Santo ou simplesmente Nuno, embora tenha passado, até hoje, grande parte da sua vida, longe da sua maravilhosa Ilha Verde do Equador, ele tem ali as suas raízes mais fundas – Nasceu na cidade de S. Tomé,  no dia 25 de Janeiro de 1974



Clubes de futebol de São Tomé e Príncipe

Agrosport - Andorinha Sport Club - Bairros Unidos FC (Caixão Grande)
  Clube Desportivo de Guadalupe-   Desportivo Marítimo  - Futebol Club Aliança Nacional  - Grupo Desportivo Cruz Vermelha - Inter Bom-Bom  - Os Dinâmicos (Folha Fede)  - Santana FC (Santana)  - Sporting Praia Cruz  - UDESCAI UDRA (São João dos Angolares)  - Vitória FC (Riboque) - Futebol Clube Neves-  Desportivo O que d’El Rei  - Desportivo Militar 6 de Setembro - Ribeira Peixe  - Associação Desportiva JUBA Futebol Clube - Diogo Simão

Clubes da Ilha de Príncipe- Desportivo 1.º de Maio -Futebol Clube Porto Real - Grupo Desportivo Os Operário - Grupo Desportivo Sundy -Sporting Clube do Príncipe - União Desportiva Aeroporto, Picão e Belo Monte (UD



O Lafões Hoquei Clube, de forte cunho regionalista, fundado por colonos oriundos da região centro de Portugal, que era a colónia mais populosa em S. Tomé, sendo a formação da  equipa, constituída, maioritariamente,   por filhos de colonos ou por militares portugueses e dirigida por oficiais. 



 HISTÓRIA DO SPORTING CLUB DE SÃO TOMÉ

Quando o Sporting Club de S. Tomé, se filiou  com o nº 82 do Sporting Clube de Portugal, em 1939, já a sua coletividade existia há muitos  anos, ou seja, desde 1912  - Há quem confunda filiação com  fundação: daí haver no site da enciclopédia sportinguista, esse lapso: de que, o Sporting Club de S. Tomé. , foi fundado em 1939, quando o seu passado é bem mais antigo – De resto, assim o comprova, nalgumas páginas, o estudo do escritor, historiador e investigador, Carlos Espírito Santo, no seu livro: “O Nacionalismo São-Tomense”

Em Fev. de 1953, o Governador Carlos Gorgulho, quis eliminar alguns dos seus atletas e associados, no campo de concentração de Fernão Dias  - Em finais de Outubro de 1972, o sistema colonial, interrompeu o campeonato, a pretexto dos incidentes provocados num jogo com o Lafões, favorecendo, com esse procedimento,  este clube, que era líder da classificação,  negligenciando as verdadeiras causas,  provocando um forte abalo psicológico nos seus dirigentes, treinador e massa associativa. 

Mas  comecemos pelo que é descrito,  e profusamente documentado , em “O Nacionalismo Politico São-Tomense”, por Carlos Espírito Santo:

“O Sporting Club de S. Tomé foi um clube sócio-desportivo-cultural fundado na ilha de São Tomé, no ano de 1912. A este propósito, Jorge Roma, em «A nossa vida desportiva» afirma: 


«Nasceu o "Sporting" no ano de 1912. Um grupo de rapazes, alguns dos quais já falecidos e outros ausentes da Colónia, chefiados por Alfredo Menezes de Alva, Jorge Castelo David e outros, pensaram em organizar um "team" de futebol a que deram o nome de "Sport Club de S. Tomé". O "team" vinha sendo instruído pelos inglezes do Cabo Submarino, europeus e africanos. Foram estes homens que desinteressadamente nos ensinaram a dar pontapé na bola. Vínhamos a pouco e pouco praticando o desporto até que um dia, resolvemos pedir um desafio oficial ao "team" do Cabo, pedido que foi aceite prontamente. Marcado o dia para um domingo, dia da nossa estreia, comparecemos no antigo campo da Cadeia, onde tivemos um  “match" com o “team" dos inglezes africanos. Apezar de todos os esforços empregados pelos nossos adversários, não lhes foi possível derrotar-nos; empatamos o jogo.» 

Prossegue Jorge Roma no referido texto:

«Decorridos anos, chegou de Lisboa um conterrâneo nosso, conhecedor do" métier", o qual, tendo apreciado a maneira como nós praticávamos o desporto, sugeriu-nos a ideia de mudarmos o nome do nosso" team", passando para "Sporting Club de S. Tomé", visto que naquela cidade existia um club intitulado "Sporting Club de Portugal", que é o club dos leões. Ao princípio muito nos custou aceitar a proposta, mas, porque achámos interessante a ideia sugerida e ainda porque não queríamos cair no desagrado daquele nosso conterrâneo, aceitámos a sugestão" 


Além da secção desportiva, o Sporting também funcionou como um espaço sociocultural de grande relevo, organizando festas, marchas populares e representações teatrais. Era sem dúvida um local privilegiado pelos funcionários, trabalhadores e estudantes de São Tomé, tendo sido, por esta razão, mencionado por Carlos Gorgulho durante a Guerra da Trindade, desencadeada por este governador contra a população nativa, como um dos sítios onde tinham lugar reuniões secretas dos nacionalistas-conspiradores. 


Gorgulho nutria «forte» antipatia pelo Sporting Club, de que José Rodrigues Pedronho era presidente. A prová-lo está o facto de ter ido assistir, imbuído de malévolos propósitos, no dia 31 de Janeiro de 1953, no Cinema Império, a um espectáculo promovido pela secção teatral do Sporting Club de S. Tomé, em continuação dos festejos comemorativos do XXV aniversário da fundação deste clube. Foi exibida a comédia Duas Gatas, tendo sido os desempenhos de Costa Alegre, Óscar Santos, João Bonfim, Quintero Aguiar, Rosa Aguiar e Odete Jordão bastante satisfatórios. Pouco depois de ter estalado a Guerra da Trindade o governador mandou prender, não só José Rodrigues Pedronho mas igualmente todos este actores, com excepção das senhoras. 

Quando João Jesus Bonfim estava preso na Brigada de Fernão Dias, apareceu Gorgulho que acusou este nativo de ter participado nas reuniões realizadas na sede do Sporting Club de S. Tomé e nas quais planearam matar todos os brancos que residiam na referida ilha e nomear o Eng. Salustino Graça governador

Ora, tal como frisa Salustino Graça, Gorgulho «procurou eliminar toda e qualquer consciência colectiva, com as tentativas de dissolução da Associação de Socorros Mútuos da Trindade, da Caixa Económica e agora do Sporting Club», e porque não conseguiu lograr êxito nesse intento, teve que desencadear a Guerra da Trindade para erradicar da sociedade diversos grupos socioprofissionais»

PÁGINAS DA HISTÓRIA DE UM BRIOSO CLUBE DESPORTIVO E CULTURAL – O  SPORTING CLUB DE SÃO TOMÉ


A BRONCA – Este o título que dávamos a um extenso artigo, publicado na  edição de 1- a 8 de Novembro  de 1972, da revista Semana Ilustrada, de Luanda,  com entrevistas ao então presidente do Sporting Club de S. Tomé, Tomé Agostinho das Neves e ao seu Treinador, Raúl Wagner.

O CAMPEONATO PROVINCIAL DE FUTEBOL DE S. TOMÉ FOI INTERROMPIDO. 

Segundo uma nota do Conselho Provincial de Educação Física, difundida pelo Emissor Regional da Ilha, em virtude dos incidentes registados no Estádio Sarmento Rodrigues, no passado dia oito de Outubro, durante o encontro de futebol entre as equipas do Sporting Clube de S. Tomé e  Lafões Hóquei Club, o Conselho Provincial de Educação Física, dada a gravidade da situação que afecta as mais  elementares normas desportivas, deliberou, em sessão de 18 daquele mês, suspender o prosseguimento do campeonato de S. Tomé, até conclusão do inquérito, que decorre já  os seus trâmites naquele Organismo. 

O MÓBIL DA QUESTÃO


O que se passou então para que fosse tomada tão drástica decisão? 

A decisão, conforme aponta a referida nota, advém pois de lamentáveis incidentes que tiveram lugar durante  o Jogo,  Sporting-Lafões, no encontro da 17ª jornada a contar para o Campeonato Provincial. Tudo começou, segundo apurámos, pois não nos foi dado assistir a esse jogo,  do trabalho do árbitro, que pela crítica  local é considerado “o grande culpado de tudo, porque não soube a     tempo e horas refrear os ânimos, expulsando os prevaricadores, jogadores, que os houve de parte a parte.
Quando terminou o encontro (que acabou antes da hora regulamentar ) as cenas de indisciplina, sucederam-se.”Em conclusão: uma tarde triste de futebol, que, ainda no dizer daquele jornal , num jogo de futebol que pôs frente a frente duas equipas dispostas a tudo, menos jogar futebol.  in Voz. de S. Tomé- 1O/1O/72 - página desportiva.

Portanto, o que acabamos de descrever, foi o móbil da questão, isto é o da suspensão do campeonato, cuja decisão foi tomada dez dias depois pelo organismo máximo do desporto santomense, o Conselho Provincial de Educação Física. Entretanto, antes que fosse tomada tal decisão, outro caso haveria de surgir, que multo daria que falar
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O SPORTING DE S. TOMÉ NÃO COMPARECEU AO JOGO DA 18ª. JORNADA

Por tanto, foi isto o que aconteceu no decurso do jogo Sporting-Lafões. No domingo imediato, algo mais haveria  de suceder. O Sporting Club de S. Tomé não compareceu, ao jogo que tinha de efectuar com o Andorinha Sport Club para a 18ª jornada do Campeonato   Provincial. O caso troou como uma bomba no meio futebolístico local e de certa maneira na massa desportiva em geral. Comentários vários teceram-se de imediato em torno daquela colectividade. O Sporting era o  clube que estava na berlinda. Era o alvo. O grande atingido, mesmo pela crítica Adeptos e simpatizantes do popular clube também conjecturavam as mais díspares ideias de não comparecimento da sua equipa no Sarmento Rodrigues. Os outros os não adeptos e simpatizantes, esses, então, é que não poupavam o Clube em nada. O Sporting não compareceu. O Sporting é isto, o Sporting é aquilo. Ou foi por isto ou por aqueloutro motivo. Em suma: o Sporting era o grande réu. E afinal de contas não era assim, como veremos adiante 







A Direcção do Sporting, devido à série de ocorrências registadas naquele jogo, que, atendendo à pequenez do meio, tiveram a maior repercussão na sua massa associativa como nos próprios atletas, e receando que as mesmas  tivessem implicações  no jogo seguinte, entendeu, em devido tempo, dirigir um ofício à Associação Provincial de Futebol, pelo qual solicitava a suspensão das suas actividades desportivas enquanto não fosse instaurado um rigoroso inquérito sobre  as ocorrências no jogo Sporting-Lafões. 


E a verdade é que, embora o pedido de inquérito fosse satisfeito, no que concerne ao adiamento do jogo ( conforme foi pedido em segundo ofício ) não foi atendido, 

Por seu turno,  a rádio local, alheia, segundo apuramos, do que se estava a passar, entre aquele Clube e a Associação, continuou anunciando  a realização do jogo,  Sporting-Andorinha. Resultado: o público,  o habitual público que ocorre às partidas de futebol, como não fora avisado do contrário, compareceu como de costume. Aguardou impaciente o início do jogo, que, como dissemos, não se concretizou.

Perante isto, o público reagiu. Não gostou. Comentou  à sua maneira. Ao seu belo prazer.
Por seu turno,  a rádio local, alheia, segundo apuramos, do que se estava a passar, entre aquele Clube e a Associação, continuou anunciando  a realização do jogo,  Sporting-Andorinha. Resultado: o público,  o habitual público que ocorre às partidas de futebol, como não fora avisado do contrário, compareceu como de costume. Aguardou impaciente o início do jogo, que, como dissemos, não se concretizou.

Perante isto, o público reagiu. Não gostou. Comentou  à sua maneira. Ao seu belo prazer.

Se era ou não possível à Associação Provincial de Futebol atender ao pedido do Sporting, isto é adiar o jogo, não sabemos perfeitamente Porém duma coisa estamos certos, pois nos informaram os homens do Sporting, que em 15 de Agosto do corrente ano foi pelo mesmo Clube solicitado aquela  Associação o adiamento do jogo desse dia para 19, sendo o pedido atendido. Será por as circunstâncias e os motivos serem outros?  Parece que é o que se pretende fazer crer. De qualquer maneira houve um erro. Por sinal até muito grande· Não ser enviado qualquer comunicado aos órgãos de informação, neste caso, especialmente, ao Emissor Regional, de que o jogo não se realizaria. Evitava-se assim, deste modo que o público comparecesse ao Estádio Sarmento Rodrigues e tivesse ficado com uma ideia completamente diferente da que ficou, mais recrudescida ainda pelos comentários que injustamente e por ignorância da realidade, lhe foram movidos. 

TROCA DE IMPRESSÕES COM O PRESIDENTE DA DIRECÇÃO  DO SPORTING CLUBE DE S. TOMÉ SR. TOMÉ AGOSTINHO DAS NEVES

Que haverá então com a equipa do Sporting de S. Tomé? Que motivos a levaram a não comparecer para a disputa do seu último jogo do campeonato?.. 

O seu Presidente prontamente nos elucidou, dando-nos as cópias dos ofícios havidos entre este clube  e a Associação, para que deste modo o esclarecimento ainda fosse mais completo. Eis a sua opinião:   “No jogo realizado em 8 do corrente, entre as equipas do Sporting e Lafões, tudo correu mal,  a meu ver, desde os jogadores ao árbitro, que não teve pulso suficiente para reprimir ou então estava actuando com parcialidade 


O Sporting, na terça-feira, 10 de Outubro, enviou urna carta à Associação Provincial de Futebol, pela qual pediu a  abertura de um Inquérito a fim de se  apurar o responsável por tudo quanto aconteceu. E na qual se disse que, “enquanto durar o inquérito e não for garantida ao nosso Clube, uma actuação, no futuro, imparcial da equipa de arbitragem, a equipa do  Sporting não participa em quaisquer provas”. Isto, claro, no intuito de evitar mais dissabores, além daqueles que se passaram, pois alguns atletas negaram a sua colaboração, e como se sabe é indispensável.


Foi-nos respondido pela Associação da Província de Futebol , pela sua carta de 11 do corrente, de que havia ordenado a abertura do inquérito.



Em carta do 13/10/72, o Sporting pediu à A.P.F. de S. Tomé, a complacência na aplicação da pena, porquanto se estava envidando esforços no sentido de persuadir os atletas a darem, como de costume, a sua colaboração, acabando por informar a mesma Associação que os Jogadores têm ainda  os ânimos exaltados e a moral muito abalada, pelo que se rogava  à A. P. F. o adiamento do jogo do próximo domingo, isto ê ( Sporting-Andorinha ) marcado para o dia 15. do corrente, até à resolução do inquérito.

Queremos que fique bem esclarecido que o Sporting Clube de S. Tomé, não pediu a sua desistência do campeonato, mas sim uma alteração do calendário, o que era da competência da Associação. 


Mais importante, o que desejo frisar  é forma, como a A.P.F. encarou as nossas cartas, não dando conhecimento em devido tempo ao Emissor Regional, do pedido do Sporting no sentido de se adiar o jogo, evitando assim que o público fosse para o Estádio para assistir a um desafio de futebol, que ela Associação sabia de antemão que não se havia de realizar. Confesso que a atitude  da A.P.F. caiu mal, no meu espírito, porque podia classificar-se de um propósito,


E já que você está disposto a ouvir-me mais um pouco,  queremos que fique também bem expresso, que o autor do programa “Desporto  é Tema”, o nosso amigo Carlos Cardoso, fez referências pouco abonatórias ao Sporting,  Clube de tradições  nesta Província, sem procurar saber como as coisas se passaram". 

ENTREVISTA COM O TREINADOR DO SPORTING CLUB DE S. TOMÉ  - SR. RAÚL WAGNER


Seguidamente procuramos o treinador da equipa do Sporting Club de S. Tomé, Sr. Raúl Wagner, com quem igualmente trocamos impressões sobre o assunto. E com ele falámos durante alguns momentos. Momentos que, além das suas palavras, nos disseram bem do seu descontentamento, mesmo até desencorajamento, do falatório que se tem gerado em torno da sua equipa; inculpando os seus atletas de certas coisas e atitudes que estão muito longe dos propósitos que os animam. O desporto pelo desporto. No qual todos, desde dirigentes, treinador e  atletas, sem qualquer interesse monetário, que não seja apenas o de servir o seu Sporting de alma e coração. Raúl Wagner, mostrou-se um homem desiludido, com a série de injustiças e incompreensões de que tem sido alvo a sua equipa, Um homem disposto quase que a abandonar  o seu papel, as funções que, com tanto carinho e devoção, desde há alguns anos vem desenvolvendo. Eis as suas palavras, que começam também precisamente com a lembrança, péssimo claro, do jogo, Lafões Sporting. 


“O Sporting pouco interesse tinha no jogo em causa, na medida em que tinha a sua posição mais ou menos definida na tabela classificativa.


 Ao Lafões, pelo contrário, líder do Campeonato, interessava-lhe sobremaneira para uma maior consolidação do título. E, sinceramente, o jogo foi uma coisa que me desiludiu, pois nunca esperei tal incidente com a equipa do Latões. 


E isto não é só porque a equipa do Lafões tem no seu conjunto muitos rapazes com quem eu me dou muito bem, mas também por ser uma equipa com quem a “claque” do meu clube simpatiza. 


O jogo foi correndo e, já anteriormente, na primeira volta, o encontro com o Lafões deu uma certa “barraca”, na medida em que o árbitro marcou um livre e que até certo não concordamos e ainda hoje não acreditamos que tenha existido. E, mesmo, houve um árbitro do Provincial, que agora faz parta da equipa que escolhe os árbitros para os encontros, que me confessou que nunca podia ter existido aquele livre que ele marcou. O Sporting perdeu esse jogo. O Lafões ganhou-o. 

Enfim, fomos andando esperando que o jogo da segunda volta fosse melhor e mais correcto possível, que o juiz da partida tivesse outro comportamento, em relação  à equipa do Sporting, pois o que nós pretendíamos era praticar futebol, na medida em que as nossas aspirações ao título, já estão postas de lado, e portanto, estávamos convencidos que o Jogo seria bonito. Porém, isso não aconteceu, e não aconteceu porque tivemos um árbitro que não esteve à altura. Eu não vou frisar somente o aspecto 'futebolístico, porque apesar de tudo ainda não me sinto suficiente senhor daquilo, pois eu posso ser um fervoroso religioso, ir à igreja há  muitos anos e não saber bem da religião, como posso estar a praticar, futebol durante muito tempo e não saber realmente as coisas de futebol. Mas outros problemas surgiram a que o árbitro não soube pôr termo naquela altura. Se logo que as palavras que chegaram a ser proferidas dentro do campo, tivesse tomado medidas, podiam trazer muito menos consequências. 

Não tomou medidas e o jogo, entretanto, tomou um aspecto em que ele foi obrigado a acabá-lo antes do seu termo regulamentar. Mas os factos que se passaram depois do jogo, lá fora, muito embora não seja eu o individuo para neste caso responder pelo Sporting, que é  Direcção, o Sporting não está implicado nesses acontecimentos. É uma opinião totalmente errada, que o Sporting não se apresentou ao jogo com o Andorinha por este ou aquele motivo, mas pelos factos que se passaram dentro do rectângulo, e determinaram que o Sporting escrevesse à Associação pedindo um rigoroso inquérito. 

Não alinhámos no domingo passado, porque os Jogadores, em face dos insultos que receberam no campo e, dentro daquela atmosfera em que a coisa se processou, muitos não querem jogar, e  por causa disso, para que se evitasse qualquer outra coisa ou má interpretação,  o Sporting, em devida altura, escreveu à Associação pedindo um rigoroso inquérito. Até que durasse o mesmo o Sporting suspendia as suas actividades  desportivas pelo que não havia razão para que surgissem reparos no programa “Desporto é Tema”, nem que o Emissor  falasse do Jogo, na medida em que a Provincial foi informada na  altura própria para evitar outras consequências. E esse pedido não foi tomado em consideração, porque surgiu depois o jogo marcado e sem qualquer adiação. 


Dizem que o desporto é uma escola de virtudes, mas um individuo acaba por sofrer vexames, pois as pessoas que têm direito a tomar medidas não as tomam na altura precisa, depois vão buscar-se outras razões totalmente diferentes para justificar certas atitudes. Porque as razões das coisas não estão assim à superfície; é preciso entrar-se dentro do facto.


Até agora e perante tal estado de coisas, não me sinto com força nenhuma, nem eu nem os meus rapazes. Mas enfim, pode ser que o próprio tempo venha a resolver tudo.”

Oxalá que sim. São os nossos votos.  -   Jorge Trabulo Marques