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sábado, 15 de novembro de 2014

São Tomé – 39 anos depois: João Santiago: - “vamos ter que vencer!... Temos é de arranjar maneira de produzir mais mas também de poder escoar os nossos produtos”

Por Jorge Trabulo Marques - Jornalista e investigador das Origens dos Povos das Ilhas do Golfo da Guiné - Coordenador das celebrações nos calendários solares, por si descobertos, no maciço dos Tambores, Chãs. Foz Côa  -Celebração do Solstício do ...


SÃO TOMÉ - A ILHA VERDE EMOLDURADA POR  UM AZUL DE PÉROLA LUMINOSO E TRANSPARENTE, ONDE OS SORRISOS SE ABREM ESCANCARADOS OLHOS NOS OLHOS - Sim, na sua população, não há os sinais de uma África faminta, há muitos frutos e riqueza natural ao alcance de todos, mas há muitas outras carências a necessitarem de apoio da Comunidade Internacional  num país que está mobilizando enormes esforços e abrir caminhos de progresso, bem-estar social e económico  - Mesmo assim, ante as duras dificuldades, o visitante pode encontrar, em cada rosto, um sorriso e um  olhar de calorosa simpatia e de boas-vindas, gestos de natural cortesia e afabilidade que não são fáceis de encontrar em parte alguma


 
Mais uma vez, cá vou continuando com o desfilar das muitas imagens e recordações que trouxe da maravilhosa Ilha de São Tomé - Não o posso fazer de uma vez, nem de uma assentada. O que é bom é para  ser vivido com intensidade mas “moli e moli, leve leve”, tal como se diz nesta paradisíaca Ilha - E também partilhado, é o meu maior  desejo.   Tal como se lê e folheia um bom  livro, página a página: é o que vou procurando fazer na medida do possível. 


Hoje venho aqui reproduzir o registo, em vídeo, de um casual encontro com João Santiago, graças ao meu amigo Gilberto Umbelina, que naquela dia me acompanhou por vários pontos da cidade e me apresentou a velhos amigos, alguns deles ainda muito jovens, quando os deixei,  mas que não me esqueceram, sim, nem eu os esqueci. 


 


João Santiago, uma das figuras históricas santomenses, desde o desporto à diplomacia - É o que se pode dizer um homem de sete ofícios: cedo despertou para o futebol, depois foi empresário, adido cultural em Lisboa, chefe da casa civil do presidente da República Democrática de São Tomé e Príncipe, durante 4 mandatos: dois na presidência de  Miguel Trovoada e dois na de Fradique Menezes. 


- De recordar, que foi, João Santiago,  que, em 19 de Maio de 2008,  esteve no aeroporto para apresentar, pessoalmente, cumprimentos à comitiva do Benfica, quando,  a caminho de Angola, depois de três dias em Cabo Verde,  fez escala em São Tomé e Príncipe. Benfica recebido em apoteose em São Tomé -  -  Sim, porque, ele também teve uma brilhante careira no futebol, nomeadamente no Sporting, Victória de Guimarães, União de Coimbra e Rio Pele



Fez muita coisa na vida mas confessa que não tem queda para a escrita. Mas, em jeito de humor - pois a boa disposição é indissociável da sua maneira de viver – sempre me foi confessando  – ou antes, desafiando, que se lhe mandar de Lisboa uns pincéis e uma tela, num dias destes, talvez comece  “a pintar umas coisas da minha infância”. O que não seria de surpreender, dado o seu talento multifacetado. Entretanto, e como as reformas em São Tomé, são modestas, diz que lá se vai entretendo, “arranjando qualquer coisa para a 3ª idade".

Santiago,  é, de facto,  um dos intelectuais santomenses,  que conheceu a dureza colonial, reconhece que há ainda muito por fazer mas está otimista quanto ao futuro da sua terra. E dá vivas à Revolução de Abril, que trouxe a liberdade e a independência ao Povo de São Tomé e Príncipe - Digam lá o que disserem, valeu a pena o 25 de Abril! – Só quem não conheceu a era colonial é que pode dizer o contrário. Temos é de arranjar maneira de produzir mais mas também arranjar maneira de escoar os nossos produtos” Acredita que “vamos ter que vencer!”.


 O PAPEL DA  HISTÓRIA É O DE  FAZER LUZ PARA QUE AS TREVAS NÃO A ENSOMBREM OU A IGNOREM   - De modo que as  futuras gerações conheçam as vicissitudes e as raízes dos seus antepassados – julgo que tem sido esta a preocupação dos intelectuais santomenses e não com o propósito de alimentar ódios ou trazer à tona humilhações e ressentimentos recalcados.  




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