Como é do
conhecimento público, o partido vencedor nas eleições legislativas de São Tomé
e Príncipe, foi a Acção Democrática Independente (ADI), ), conquistando 33 dos 55 assentos parlamentares
–– Na véspera do meu regresso a Portugal, na impossibilidade de apresentar os
meus cumprimentos ao Secretário-Geral
do ADI e ao líder fundador do seu partido, o ex-primeiro-ministro
Patrice Trovoada que, em breve,
retomará as funções, em cerimónia presidida pelo Chefe do Estado Santomense,
das quais, há dois anos, fora destituído, através de
moção de censura parlamentar, tive o prazer e a honra de ser recebido,
em audiência informal, por Agostinho
Fernandes, a quem dei conhecimento de um projeto desportivo, supranacional, sob
a égide da Presidência da República, que gostaria que o futuro Governo,
apoiasse, ao mesmo tempo que lhe vinha desejar os votos dos melhores êxitos para o XV Governo
Constitucional, em prol do bem-estar e do progresso do Povo de São Tomé e
Príncipe
QUEM É
AGOSTINHO FERNANDES:
Simpatizante
do Porto e do Manchester, tendo como suas figuras de proa e principais
referências, Barack Obama, Nelson Mandela (Madiba), Martin Luther King Jr.,
Svnf-lawyers, e, naturalmente, o partido que abraçou, ADI - Acção Democrática Independente e o seu
líder Patrice Trovoada-
Agostinho Quaresma dos Santos Fernandes, que estudou na Universidade de
Toulouse, embora jovem, é já uma das figuras emblemáticas da ADI e um dos
rostos, que se apontam como ministeriáveis para um dos mais altos cargos do próximo Governo.
-
Empossado como Ministro do Plano e Desenvolvimento, no décimo
quarto governo constitucional, pasta, então
criada, para tutelar vários sectores da economia, desde agricultura, pescas,
turismo, comércio e indústria, sim, ele que, há quatro anos, era já considerado
pelos observadores políticos, como “Um super ministério nas mãos do jovem
jurista.(ADI)," naturalmente que não deixará de ser chamado por Patrice
Trovoada para o acompanhar no novo projeto governamental.
Regata de Canoas do Golfo da Guiné – Com a participação: Libéria, Costa do Marfim, Gana, Benim, Nigéria, Guiné Equatorial, S. Tomé e Príncipe, Camarões, Gabão, Congo e Angola
PRINCIPAL
OBJETIVO DA AUDIÊNCIA - DAR CONHECIMENTO DA REGATA DE CANOAS NO GOLFO DA GUINÉ –
À vela e a remos, com pirogas primitivas, unicamente tripuladas
por pescadores dos países da região, de caráter supranacional e suprapartidário,
sob a égide do Presidente da República de São Tomé e Príncipe - Devidamente apoiada por via maritima e aérea. - Pormenores em:http://canoasdomar.blogspot.com/2013/08/regata-remos-e-vela-gabao-s-tome.html
Recebeu-me numa
das aprazíveis esplanadas do complexo turístico, situada na Praia Emília, de
forma simpática e cordial, tendo mesmo esboçado alguns largos sorrisos, na sua
impecável postura diplomática, quando
lhe falei, não do jornalista, que também ali estava para registar algumas das suas palavras, acerca dos projetos do
Governo, que o partido vencedor vai liderar, mas, sobretudo, do
homem aventureiro que partira para o mar em demanda das origens do
povoamento destas maravilhosas ilhas, evocando ao mesmo tempo a ignominiosa
rota dos barcos negreiros, entre outros objetivos científicos, humanísticos e desportivos e que
não queria regressar a Portugal, sem lhe dar conhecimento do projeto que
apresentei a Sua Exa. o Sr. Presidente da República, Manuel Pinto da
Costa, ou seja, da realização de uma regata de canoas, tripulada por pescadores
dos países do Golfo da Guiné, e que gostaria que o novo governo, igualmente
apoiasse, sim, deixou-me muito satisfeito, pois achou a ideia muito
interessante - Apoio que voltou a sublinhar, no
momento, em que nos despedíamos, agora já na presença de José Diogo,
Vice-Presidente da Assembleia Nacional, que entretanto ali acabava de
chegar.
Isto
porque, disse, "eu defendo que é preciso criar alguma coisa que possa unir
de facto os santomenses. E, se nós tivermos uma atividade de uma certa
envergadura supranacional e que possa ser algo que aglutine os
santomenses e faça ecoar no mundo o bom nome de São Tomé e Príncipe, eu
acho que é uma incitativa excelente e que deve contar com o Povo e com todos os atores políticos e
económicos de São Tomé e Príncipe” - sublinhou, já no termo da breve entrevista
que honrosamente me concedeu.
Neste golfo, encontram-se as ilhas de: Bioko e Ano Bom (Guiné equatorial) e as Ilhas da República Democrática de S. Tomé e Príncipe - Países convidados: Libéria, Congo e Angola
A FUGA DE ESCRAVOS NAS
CANOAS – Referida por Gerhard
Seibert, numa conferência, em 2009
(tradução) …..escravos fugidos de São
Tomé ou do Príncipe, realizaram em suas canoas
pelas correntes marinhas ligações à ilha de Fernando Pó. Em 1778, o ano da transição do domínio Português ao da
Espanha, um grupo de ex-escravos de São
Tomé e Príncipe viveu no sul de Fernando Pó. (..)Após a abolição da escravatura em 1875, trabalhadores
contratados africanos fugidos respetivamente, foram frequentemente devolvidos pelas Autoridades espanholas para os seus
senhores em São Tomé e Príncipe. Outros foram simplesmente entregues aos
empregadores locais.
Um século mais tarde, em
1975, Jorge Trabulo Marques, partiu sozinho desta ilha numa canoa em uma
tentativa de atravessar a Atlântico. Em vez disso, depois de uma odisseia de 38
dias, ele desembarcou em Fernando Pó. Ele era detido e interrogado pelas
autoridades locais e depois repatriado -
Excertos de ]Equatorial Guinea's External Relations: São Tomé e ..
Regata de Canoas do Golfo da Guiné – Com a participação: Libéria, Costa do Marfim, Gana, Benim, Nigéria, Guiné Equatorial, S. Tomé e Príncipe, Camarões, Gabão, Congo e Angola
Como já
tive ocasião de sublinhar, não vim a São Tomé, 39 anos depois, com o propósito de me envolver nas questões
políticas internas mas tão somente para matar saudades da maravilhosa Ilha
Verde, do imenso mar azul que a envolve, coroando-a de marulhos de alva espuma e por um infindo azul
marinho, só possível à luz dos trópicos,
de tal modo tão sedutor e atraente que me fez ir ao seu encontro por três
vezes, nas frágeis pirogas dos pescadores, sim, e também rever velhos amigos,
relembrar memórias – E muitas são essas memórias, desde que desembarquei na
Baía Ana Chaves, a bordo do paquete Uíge, num já distante dia de Novembro de 1963 - a Out de 1975 –
Porém, conquanto, não fosse minha intenção inicial ir além da condição do
simples peregrino, a verdade é que, ao ser reconhecido por vários amigos, era
difícil passar despercebido e não corresponder aos amáveis afetos, aos muitos
gestos de amizade e cortesia, que se estenderam desde o cidadão anónimo, a
dirigentes históricos do MLSTP , incluindo o seu fundador, Manuel Pinto da Costa, além de outros ocasionais encontros com diversas personalidades.
Agostinho
Fernandes, começou por considerar que "estas eleições permitiram que o
Povo Santomense se expressasse no seu mais profundo sentimento, em relação à
estabilidade política no nosso país"
Afirmando
que, de facto, o Governo foi derrubado por uma moção de censura mas, dois anos
depois, o Povo voltou a recolocar o governo no seu lugar, demonstrando,
claramente, a todos os políticos, que essa vontade do Povo é que deve
prevalecer"
Por isso,
diz o ex-ministro da Economia: "é um ponto de partida interessante, que,
se for respeitado por todos os atores políticos, permitirá ao nosso país ter
uma estabilidade nos próximos quatro anos e permitir que o Governo possa
trabalhar e ir ao encontro dos anseios da população"
ESTABILIDADE
GOVERNAMENTAL DE MODO A "PÔR COBRO À POBREZA"
Uma das
preocupações do próximo Governo - diz, Agostinho Fernandes - "é pôr cobro
a uma situação de pobreza bastante aguda" em que vivem os santomenses -
"Infelizmente os governos não têm tido
estabilidade suficiente para poder trabalhar no sentido de pôr cobro a
essa pobreza. Portanto, para nós essa é a primeira preocupação: lutar para que nós possamos diminuir o sufoco
da pobreza que ainda existe na nossa população, agindo, digamos, nos mais variados sectores da nossa economia,
atraindo o investimento privado estrangeiro, de modo que nós possamos criar
mais e melhores postos de emprego, aumentar o poder de compra dos santomenses e
permitir, de facto, que os santomenses possam respirar e ir ao encontro dos
seus anseios próprios, tendo novas oportunidades de trabalhar, de satisfazer as
necessidades da sua família e serem empreenderes, e por aí fora."
TURISMO,
AGRICULTURA E PESCAS - ESTAS AS SOLUÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO DO
PAÍS - Independentemente do petróleo vir ou não vir.
O
ex-Ministro do Plano e Desenvolvimento, Agostinho Fernandes, que, durante
a curta governação do 14º Governo constitucional, havia inaugurado, no centro pesqueiro de Neves, uma unidade, com vista a melhorar um pouco a questão do tratamento do
pescado, criando condições para uma pesca semi-industrial com vocação para
abastecer o mercado interno e também para exportação, voltou a referir
que, São Tomé e Príncipe, tem futuro, independentemente do petróleo
nomeadamente no sector das pescas, turismo e agricultura
"O
turismo, se for bem explorado, pode dar rendimentos suficientes para
poder marcar o desenvolvimento e satisfazer as necessidades do país. Mas
nós sabemos que também temos outros recursos: o mar é uma grande
potencialidade, que nós temos, e, se
for devidamente explorado, também podemos tirar de lá rendimentos para melhorar
as condições de vida do nosso Povo, sem desprimor para outros sectores como a
agricultura – Embora, tenhamos um país limitado em termos de superfície
territorial mas nós podemos apostar em certos sectores específicos e partir daí
catapultar este país"
Quanto às
relações com Portugal, reconhe que continuam boas, como sempre, disse-nos o ex-governante e
possível figura ministeriável, sublinhando que "Portugal, é um parceiro do desenvolvimento de São Tomé
e Príncipe. Desde a primeira hora esteve connosco e continua, dentro das suas possibilidade,
em tudo o que possa permitir o desenvolvimento e o bem-estar do nosso Povo"
Nota -Agradecimento ao jornalista Adilson Castro, do Jornal Transparência, que nos acompanhou ao local e a quem confiámos o registo das imagens
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