Jorge Trabulo Marques - Jornalista
Maestro Jaime Mendes – Nasceu em Évora 04.08.1903 – 1997 – Autor de 150 peças de Teatro de Revista – Chegou a ser convidado para dirigir a orquestra da BBC - Recordando a entrevista que me concedeu na Brasileira
do Chiado, anos 80, numa tertúlia entre amigos “Nenhum artista em
Portugal é rico: sou um ilustre reformado da nossa terra” - Todavia, era considerado
um dos maiores músicos que dirigiram as nossas
orquestras e um compositor muito popular” - Fotos de diversas origens - Excepttuando os filmes - E, naturalmente, a entrevista


Desapontado por já não existir o espirito de tertúlia de amizade, como nos
outros tempos. E da importância que já
não davam aos artistas: A gente via um autor e tirava-lhe o chapéu

Confessou que gostava
mais do campo que a cidade: Eu sou campónio, , sou de Évora! Do Alentejo! E que
o futebol: é um espetáculo com muita emoção, muito colorido e muito bonito!
Alem do mais, sou sócio do Benfica,
desde os bancos da escola
Questionado de haver quem
diga que o futebol é alienante, respondeu que que há muito musica que é alienante
e é ouvida.
Fiz até uma fita, chamada
Bola ao centro” A fita não teve grande êxito, porque, nesse tempo, estava na moda
dizer mal dos portugueses
Não sou praticante católico,
mas gostava de ser cristão - A mote para
mim é uma coisa que agora a vejo todos
os dias. Não choro por isso; que me chorem os outros, quando morrer.
O melhor prémio que nós tínhamos
antes, era ir comer um bife às duas da manhã
ao Café Lisboa


Jaime Mendes também
musicou inúmeras revistas e operetas, sendo o
autor de mais de 150 peças, tendo a sua estreia nesta área ocorrido em
1926, em «A Feira», uma revista do Teatro do Gymnasio, em Lisboa.

Em 1951, mudou-se para o
Brasil, onde dirige o Orfeão Português, regressando ao país no período de 1958
a 1960 para se radicar no Porto como director da Companhia de Operetas do
Porto. Nos 8 anos seguintes volta para o Brasil de onde sai em 1968 para
Angola, para trabalhar com o seu filho em teatro de revista, que acumulará com
a Orquestra Sinfónica de Luanda, a programação de Música erudita da Emissora
Oficial e como professor da Academia de Música de Luanda. Regressou a Portugal
em 1975, e aqui faleceu em 1997, com 94 anos. https://toponimialisboa.wordpress.com/2013/12/04/o-compositor-do-fado-da-sina-no-bairro-do-oriente/

Natural de Évora, onde
nasceu em 1903, Jaime Mendes foi aluno da Casa Pia, de onde transitou para o
Conservatório, onde o serviço militar o apanha, levando-o a ingressar na banda
da Guarda Nacional Republicana. Daí irá para a Orquestra do Teatro de São
Carlos, e, em 1934, para a Orquestra Sinfónica da Emissora Nacional, como
flautista, embora nessa altura já tivesse escrito e colocado as suas primeiras
canções - data de 1926 a sua estreia na composição com A Feira, criada por
Leonor d'Eça numa revista do Teatro do Gymnasio, em Lisboa.
No período entre 1934 e
1951 - altura em que se muda para o Brasil, onde dirige até 1959 o Orfeão
Português - torna-se num dos mais requisitados compositores portugueses, com
especial destaque para as centenas de revistas e operetas que musicou e para as
dezenas de filmes para os quais escreveu canções. Devem-se-lhe as partituras
musicais e as composições de filmes como O Costa do Castelo, O Leão da Estrela,
A Menina da Rádio ou Um Homem do Ribatejo, e criações como o Fado da Sina, o
Fado Marialva ou Lenda das Algas. Regressaria fugazmente a Portugal em 1959,
retornando ao Brasil em 1960 e mudando-se para Angola em 1968, onde ficaria até
1975. Faleceu em 1997, com 94 anos. http://www.macua.org/biografias/jaimemendes.html
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