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sábado, 23 de dezembro de 2023

Celebração do Solstício do Inverno 2023 Chãs- V.N de Foz Côa - Com um poema do saudoso poeta Manuel Daniel e de Maria Assunção Carqueja – Esta a noite mais longa do ano no hemisfério Norte – Recordamos-lhe belos momentos vividos em anos anteriores – Que viva estes dias com muita alegria e felicidade e que o Novo Ano lhe seja também muito feliz e risonho

           O "STONHENGE PORTUGUÊS" - EXISTE E SITUA-SE NO MACIÇO DOS TAMBORES-MANCHEIA - Com alinhamentos sagrados para todas as estações do ano


 

Jorge Trabulo Marques 

Nos arredores da aldeia de Chãs, também existem dois alinhamentos solsticiais pré-históricos assinalando a entrada do Inverno, além dos alinhados com os equinócios da Primavera e do Outono e do Solsticio do Verão

Não me tendo sido possível deslocar-me à minha aldeia. Recordo-lhe algumas imagens de celebrações, que ali já realizámos, em manhãs geladas e de intenso nevoeiro

solstício de inverno marca oficialmente a chegada da estação mais fria do ano: depois do outono – É celebrado desde a Antiguidade, o solstício de inverno ocorre uma vez por ano, entre 21 e 22 de dezembro.

                                     video editado em Dezembro de 2012

 

É o dia mais curto do ano. Precisamente devido à posição da Terra em relação ao Sol, as horas de escuridão excedem largamente as horas de luz. Refere-se ao momento em que o Sol, no seu movimento aparente ao longo da elítica, atinge o seu ponto de declinação mínima. Isto resulta numa condição singular: a do dia mais curto do ano, em que as horas de escuridão excedem as de iluminação solar no hemisfério norte, enquanto no hemisfério sul é precisamente ao contrário

Em Setembro de 2015, celebrámos o Equinócio do Outono, com a presença do então Bispo da Diocese de S. Tomé e Príncipe, Dom Manuel dos Santos  https://templosdosol-chas-fozcoa.blogspot.com/2013/12/solsticial-invernal-calendario-pre_31.html

 

No Monte dos Tambores (maciço granítico, vulgarmente   conhecido por As Fragas dos Tambores), existem alinhamentos sagrados com os calendários pré-históricos de todas as estações do ano - Todavia, a celebração principal é a que decorre no Solstício  do Verão  - No Solstício do Inverno, dadas as adversidades climatéricas, e também a sua instabilidade, deixamos a peregrinação ao critério de  quem ali deseje deslocar-se

Além dos calendários solares, alinhados com os equinócios da Primavera e do Outono e do Solstício do Verão,  existem  também dois alinhamentos sagrados com o solstício do Inverno - Um dos quais descoberto por Albano Chave, em 2013, a cuja pedra deu o nome das portas do sol. O outro alinhamento, descobrimo-lo , no ano seguinte, em que, os raios se espalham em perfeito alinhamento com a crista de uma pedra de forma fálica, a que demos o nome de Pedra Phallus impudicus, devido à existência na área de cogumelos com essa configuração, que se ergue  junto ao castro do Curral da Pedra, nos arredores de Chãs, Foz Côa, área inserida no perímetro do Parque Arqueológico do Vale do Côa 



Não tinham relógios nem calendários, como hoje os temos, mas nem por isso deixavam de saber quando uma estação terminava e outra começava. Erguiam enormes blocos ou aproveitam-se de outros já existentes e adaptavam-nos para as suas observações astronómicas. Fazendo deles, além de verdadeiros monumentos, também os seus locais de culto e de cura. Muitos caíram no esquecimento ou foram destruídos. Porém, outros, ainda subsistem em vários pontos do Globo: o mais famoso é Stonehenge e, em Portugal, os templos do sol, no maciço dos Tambores, aldeia de Chãs, onde são celebrados os ciclos do ano e evocados, tempos idos.


O SOLSTÍCIO DO INVERNO - NAS PORTAS DOS TEMPLOS DO SOL - NO PLANALTO DOS TAMBORES - DESCOBERTO, OBSERVADO E ESTUDADO POR ALBANO CHAVES - Já conhecíamos os alinhamentos com os Equinócios da Primavera e do Outono e o Solstício do Inverno - única dúvida que havia, finalmente foi desfeita.

Tal como foi dito neste blogue, anterior site site, https://templosdosol-chas-fozcoa.blogspot.com/2012/03/1-solsticio-do-inverno-nos-templos-do.html a descoberta do alinhamento solsticial de Inverno nas Portas do Sol, foi observada pelo Dr. Albano Chaves – O seu desenvolvido estudo, também já publicado em Inglaterra, numa revista sobre astroarqueológica, é realmente um valioso contributo para o conhecimento e investigação do património histórico na aldeia de Chãs, no termo da qual se situam as famosas gravuras paleolíticas da Quinta da Barca . Com tão interessantíssimo trabalho de investigação, concluía-se, assim, que, no planalto do Maciço dos Tambores, conquanto não houvesse  os  artistas, do mesmo  gabarito dos  que povoaram o  Vale do Côa, mas verdadeiros astrónomos ou cultuadores do sol e dos ciclos das estações



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EMOÇÕES INESQUECÍVEIS 


Veja como viu o fenómeno, Albano Chaves:"Não consigo descrever a sensação e a emoção que senti ao ver o Sol surgir, efectivamente, pela fenda que designei por 'Porta do Sol'. Eu tinha fortes suspeitas de que isso aconteceria e os cálculos dos engenheiros António e Miguel Lázaro assim o confirmaram, mas... como S. Tomé, quis ver para crer, quis testemunhar pessoalmente o acontecimento. Aquele primeiro momento em que a esfera solar, amarela e fulgurante, emergiu no fundo da abertura, fez-me levantar os braços e bater palmas. A emoção não esmoreceu ao seguir o movimento do Sol, elevando-se no firmamento numa trajectória inclinada para a direita. O nevoeiro que, como algodão em rama, enchia o Graben atrás de mim, trouxe-me por momentos algumas preocupações, porque por vezes também cá em cima passavam ténues manchas de nevoeiro. O nevoeiro ia subindo encosta acima, disso não restavam dúvidas, mas nessa corrida entre o surgir do Sol e o afogamento do planalto em espesso nevoeiro, o Sol venceu. Gloriosamente! Depois, como que sentindo-se vencido, o nevoeiro foi-se dissipando.
A observação do nascer do Sol neste local poderá para muitos ser uma experiência mística, pois todo aquele afloramento granítico parece ter sido ali colocado para receber o Sol, ou, numa outra perspectiva, para parir o Sol nascente no primeiro dos dias em crescimento. É um duplo nascimento: do Sol, nesse dia, e da criança que, dia após dia, não deixará de crescer até ao Solstício de Verão.
A deslocação lateral para a observação deste fenómeno é confortável, porque a 'Porta do Sol' não é um ponto, mas sim uma abertura com quase 2 metros de largura, o que permite que uma fila dupla de pessoas colocadas lado a lado, ombro a ombro, ao longo de várias dezenas de metros sobre a linha CD testemunhe o fenómeno em simultâneo.
Passado o inicial deslumbramento causado por este impressionante espectáculo natural, o sacerdote, solitário, na Fonte da Tigela, encerra as cerimónias de acolhimento do Sol"





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