Jorge Trabulo Marques - Jornalista
Entrada do Hospital Central |
Referem noticias que faltam medicamentos básicos, frisando, que, depois de
várias denúncias nos últimos dois anos de falta de medicamentos básicos nos
hospitais de São Tomé e Príncipe, e de mortes de cidadãos à míngua os médicos
entraram em greve no dia 24 de outubro.
Exigiram apenas o cumprimento dos vários memorandos de entendimento assinados
com o governo, que prometeu assegurar o fornecimento dos medicamentos, e
consumíveis hospitalares.
Confrontado com a greve dos médicos o governo reagiu de forma célere, e
conseguiu importar por via aérea um primeiro lote de medicamentos de urgência
MILHÕES DE APOIOS - PARA ONDE SE ESCOAM?..
De vez em quando, surgem notícias aludindo aos mais diversos apoios, tanto
financeiros, como em equipamentos, entre outras ofertas. Todavia, nem por isso,
se melhoram as condições de vida das populações.
A criança tem o direito de ser protegida contra qualquer trabalho que ponha em perigo a sua saúde, a sua educação e/ou o seu desenvolvimento. Mas um relatório do Fundo das nações Unidas para Infância (Unicef), aponta para que, mais de 70% das crianças são-tomenses, são pobres e “apresentam maior vulnerabilidade relativamente a situação da proteção social”
São Tomé e Príncipe depende em grande medida da importação para satisfazer as necessidades alimentares A nível da pecuária, o país não dispõe de fábricas de ração. Quase tudo é importado, o que não permite produzir carne suficiente e a preço razoável para o mercado nacional.
Ambas as ilhas dispõem de fertilíssimas potencialidades de produzir o suficiente para garantir a sua segurança alimentar Mas a verdade é que, volvidos, 49 anos sobre a independência, e não obstante os milhões de apoios que tem recebidos, nos mais diversos domínios, além de perdões da dívida pública, o único sinal, aparentemente positivo, é o que tem sido realçado pelo afluxo turístico. Só que, pelos vistos, a entrada dessas divisas, tem outros destinos que não é propriamente o de reverter em benefício das populações.
A pesca continua a ser uma atividade
totalmente artesanal e não tem grande capacidade de capturar peixe suficiente
para o abastecimento da população. Além de que as suas capturas, por frotas
estrageiras, a bem dizer têm vindo a deixar guas maritimas varridas.
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