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quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

Clara Pinto Correia – Partiu para a eternidade. Lhe retribuo meu beijinho de saudade, que me dedicou, em 1994, no autógrafo ao livro DOMINGO DE RAMOS, à já então, 23ªobra, que viria a somar-se, em 2007, a mais de 4 dezenas.

JorgeTrabulo Marques - Jornalista

Clara Pinto Correia – Partiu para a eternidade. Lhe retribuo meu beijinho de saudade, que me dedicou, em 1994, no autógrafo ao livro DOMINGO DE RAMOS, à já então, 23ªobra, que viria a somar-se, em 2007, a mais de 4 dezenas.

Escritora, bióloga e professora universitária Clara Pinto Correia,faleceu aos 65 anos: foi encontrada morta em casa, em Estremoz, na sequência de um “episódio de doença súbita”.

Clara Pinto Correia foi também jornalista, apresentadora de televisão, tendo interpretado Marta no filme Kiss Me, de António da Cunha Telles.

Domingo de Ramos de Clara Pinto Correia, editado em 1994, .trata-se de um romance sobre a juventude da Revolução de Abril e a sua evolução.

Reflexões e memórias no reencontro entre dois adultos, após 20 anos, aquando do nascimento a Sofia de uma bebé em 25 abril de 1994 em que por coincidência o médico obstetra é o antigo amigo e apaixonado Mário Rosa.

Tal como tem sido destacado na imprensa. Clara Pinto Correia estreou-se no universo literário em 1984, com a publicação do romance “Agrião”. Mas seria com “Adeus Princesa” que viria a ganhar popularidade. Da sua obra de ficção destacam-se ainda títulos como “Ponto Pé de Flor” e “Mais que Perfeito”. Sem esquecer a publicação do folhetim “E se tivesse a bondade de me dizer porquê?”, juntamente com Mário de Carvalho.

A escritora nasceu em 1960 e, já depois de se ter licenciado em Biologia pela Universidade de Lisboa, acabaria por concluir um doutoramento na Universidade do Porto, que lhe permitiria seguir uma carreira universitária e de investigação no domínio da Embriologia no Instituto Gulbenkian de Ciência e nos Estados Unidos da América.

O último livro de Clara Pinto Correia, Antares, foi publicado em junho do ano passado. No seu percurso literário, destaque para Adeus, Princesa, romance que aborda a reforma agrária no Alentejo e que acabou por ser adaptado ao cinema pelo realizador Jorge Paixão da Costa.

A estreia literária foi com o romance Agrião (1984), tendo na sua obra vários títulos, que passam pela literatura infantil, poesia, divulgação e investigação científica e crónica. Foi, aliás, cronista do Diário de Notícias e da revista Visão.

E se tivesse a bondade de me dizer porquê?, em co-autoria com Mário de Carvalho, faz parte da sua obra, na qual se destacam-se ainda, na ficção, Ponto Pé de Flor e Mais que Perfeito e, na literatura infantil, Quem Tem Medo Compra um Cão, A Minha Alma Está Parva e A Ilha dos Pássaros Doidos.

Além da literatura, destacou-se nas ciências, tendo sido bióloga e professora universitária. Na divulgação científica são muitos os livros e artigos assinados por Clara Pinto Correia, como Clonai e Multiplicai-vos, Os Bebés-Proveta e O Ovário de Eva.


Filha do professor e médico José Manuel Pinto Correia - Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada a título póstumo - e de Maria Adelaide da Cunha e Vasconcelos de Carvalho Amado, irmã da jornalista Margarida Pinto Correia, Clara licenciou-se, em 1984, em Biologia pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, onde, um ano depois, começou a lecionar como assistente estagiária de Biologia Celular e Histologia e Embriologia.

Em 1989, ruma aos Estados Unidos, onde desenvolveu uma carreira universitária e de investigação. Três anos depois, em 1992, é-lhe conferido o grau de Doutora em Biologia Celular pelo Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar da Universidade do Porto.

Após um período nos EUA, Clara Pinto Correia regressou a Portugal e criou a licenciatura em Biologia e o mestrado em Biologia do Desenvolvimento na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias.

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