Jorge Trabulo Marques - Jornalista
Em S. Tomé e no Príncipe, realizaram-se de manhã e de tarde,
manifestações de pesar e luto para com as vitimas mortais e as desaparecidos
no naufrágio do navio Amfitriti, ocorrido na quinta-feira passada - . Na Ilha
do Príncipe, muito condicionadas pela chuva, foi também distribuído um manifesto, pelo qual se acusa o Governo Central de ser "responsável e
politicamente imputável" por este e outros acidentes – Surpreendente é o silêncio do Governo Regional, que nunca
tenha levantado a voz às falácias não cumpridas
do anterior Governo




No Príncipe , a chuva condicionou a a manifestação, que, por via das condições
atmosféricas., esteve "aquém das
expetativas" refere a Lusa
“Ouve manifestação sim, não pudemos sair à rua à
hora marcada e tivemos uma participação um pouco aquém das expetativas, por
causa de muita chuva", disse a Lusa Maria dos Prazeres, da organização.
Marcada
inicialmente para as 09:00 locais (10:00 em Lisboa) a manifestação só começou
cerca duas horas depois, tendo percorrido as ruas da cidade de Santo António
até à ponte do cais da cidade, onde foram deitados ao mar ramos de flores em
homenagem as vítimas mortais e desaparecidos no naufrágio do navio Amfitriti,
ocorrido na quinta-feira passada.
Do acidente foram
resgatados com vida 55 passageiros, oito morreram e outros nove estão dados
como desaparecidos.

"Essa
manifestação de amanhã deixa de ser uma manifestação de protesto e passa a ser
de solidariedade com as vítimas. Queremos dar tempo ao governo central para
cumprir as promessas feitas na reunião realizada este sábado aqui na região
autónoma do Príncipe", explicou Maria dos Prazeres, em declarações aos
jornalistas no domingo.
A mesma fonte
garantiu, no entanto, que caso os governos central e regional "não façam
nada" para evitar mais mortes na travessia entre as duas ilhas, os
manifestantes são "sair à rua em protesto quantas vezes forem
necessárias".
Entretanto, a
comunidade regional está a recolher assinaturas para um manifesto que diz ser
"contra a marginalização do Príncipe" para ser entregue às
autoridades governamentais.

No manifesto
acusa-se o Governo central de ser "responsável e politicamente
imputável" por este e outros acidentes, sublinhando que estes naufrágios
repetitivos estão a "semear a dor, sofrimento, luto, marginalização,
periferização, angústia e frustração de uma comunidade inteira".
"Não nos
podem pedir ou exigir, como membros desta comunidade regional, simultaneamente,
diligências procedimentais e organizacionais que, eventualmente, poderão
contribuir, paulatinamente, ao longo dos tempos, para a garantia do equilíbrio
económico-financeiro regional e, consequentemente, dar uma resposta aos
problemas sociais, prementes e futuros, de todos aqueles que cá vivem, de
acordo com o estatuto político-administrativo da Região, dispensando, deste
modo, apoios, ajudas ou iniciativas do governo central", diz o manifesto. https://www.dn.pt/lusa/interior/sao-tome-manifestacao-no-principe-com-adesao-aquem-das-expetativas---organizacao-10845082.html
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