Passos mais ou menos cadenciados, orações e cânticos, sons de banda filarmónica entrecortados por silêncios ou algumas palavras furtivas, emprestaram ao ato momentos de impressionante pendor religioso e místico.
A tradição já não é como antigamente. Os sinos deixavam de tocar e os únicos sons que se ouviam eram o das matracas. E também já lá vai o tempo dos longos jejuns e da abstinência de carne, salvo quem comprasse as bulas. Hoje a procissão é acompanhada por uma banda filarmónica, a de Freixo de Numão, por sinal a única no concelho, mas nem por isso deixa de continuar a ser um ritual que apela - mesmo para quem não professe o catolicismo – para os sentimentos mais profundos sobre a meditação dos mistérios da vida e da morte.
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