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domingo, 16 de fevereiro de 2020

Os “África Nega”, em defesa das tartarugas nas praias de S. Tomé e Principe: “Meu povo, deixa a tartaruga marinha viver”; “Se você vir carne de tartaruga marinha à venda, não a compre” – Mensagens de um novo video gravado no ambiente paradisíaco das mais belas praias santomenses, visitadas por espécies em vias de extinção, que ali vão nidificar.

Jorge Trabulo Marques - Jornalista 



“Todo o mundo tem um amor na vida e por ele é capaz:”– Esta é uma das letras da música, que hoje aqui lhe recordo,  do Conjunto África Negra e, que, pelos vistos, se traduz no espírito da mais recente paixão de uma  das mais famosas  e antigas bandas de S. Tomé e Príncipe e mesmo no espaço dos países africanos lusófonos, ilustrado com algumas das imagens, que tive oportunidade  de registar em vídeo, no B. Leza, em Lisboa, há seis anos,  intercaladas com outras da largada de um ninho de tartarugas   ao sul da Ilha de São Tomé , que tive o prazer de presenciar – No recanto de uma praia maravilhosa,  junto à linha do equador, autêntico paraíso rodeado de coqueiros, de areia fina, dourada e macia, a perder-se por extensa superfície de um azul esmeralda de água quente, brilhante e cristalina.




Carne e ovos de tartaruga à venda 
Ninhos artificiais para reprodução de tartarugas
Sim, agora o novo  amor ou enamoramento da banda musical santomense, liderada por João Seria  - o vocalista que se auto intitula "general",  sim, de talento de voz e de empatia com o público, envergando boina e a farda militar nos concertos,  foi o de aceitar o desafio, que lhe fora proposto pelos Pesquisadores da Universidade de Oxford e do Programa Tatô, de através de um video gravado no cenário Idílico de algumas das maravilhosas praias,  com letras cantadas em três dialetos locais, como forma de sensibilizar e cativar a opinião pública – sobretudo as comunidades das praias piscatórias -  de forma a abster-se do consumo da carne e dos ovos de tartaruga  -  hábito  enraizado  na gastronomia local - ,  que vão desovar nas areias das belíssimas praias de ambas as ilhas, de modo a evitar os malefícios e as ameaças, que têm contribuído  para a extinção que paira sobre algumas espécies, sobretudo com a   pesca furtiva e a destruição do seus ninhos.



Em 2014, foi aprovado pelo Governo de São Tomé e Príncipe. uma lei sobre a captura e comercialização de tartarugas marinhas – Considerada, então, pelas organizações ecologistas, uma grande vistoria – Todavia, como geralmente sucede em muitos países, mesmo nos mais desenvolvidos, no tocante à defesa das espécies e dos sistemas ecológicos, da vida marinha ou terrestre, as leis acabam por ser letra morta - e é quando as aprovam.  



Pequenas tartarugas largadas de ninhos artificiais
Daí o receio da bióloga Sara Viera, coordenadora dos projetos científicos e de fiscalização, acerca da proibição do  transporte e da venda de tartarugas marinhas , sejam mortas ou vivas, que lhe pude ouvir das suas palavras e cujo video, hoje também aqui lhe  recordo, tendo-me afirmado: é preciso fiscalizar porque é um problema realmente muito grande. Não são somente quatro ou cinco pessoas que capturam tartarugas marinhas, são centenas de pessoas que dependem desta atividade como meio de subsistência", explicou Sara Vieira, pelo que a bióloga defende um "maior compromisso" do Governo para ajudar a encontrar alternativa económicas para essas pessoas, porque caso contrário "essa captura nunca vai acabar".

GRUPO MUSICAL ÁFRICA NEGRA - SEM DÚVIDA  - GRANDE EMBAIXADOR DA MÚSICA SANTOMENSE - .


Tal como já tive ocasião de sublinhar, num post que editei neste site, em 2014, o  Conjunto África Negra é uma legen como "o grande embaixador da música de São Tomé depois da independência. Nasceu em 1974, a tocar nos “fundões”, bailes ao ar livre onde se juntavam as diferentes comunidades de pescadores e trabalhadores das plantações de café e cacau da ilha. Ao longo dos anos, com apogeu na década de 80, maturou um estilo de rumba específico são-tomense, influenciado pelo soukous e pelo highlife. Regressam agora a Portugal, depois de mais de duas décadas de ausência e atividade intermitente. Do sexteto que veremos em Sines, dois membros integraram a formação original, o vocalista João Seria e o guitarrista Leonildo Barros. - Extraido de  África Negra (S. Tomé e Príncipe) — FMM Sines - Festival

CLASSIFICADO TAMBÉM COMO “UMA LENDA CULTURAL DE TODOS OS TEMPOS”

(…) “Os sons das guitarras são melancólicos e capazes de acalentar a alma dos mais desesperados. Aliás, conseguir bilhetes ou tirar um pé de dança nos fundões (terraços) onde atuavam os “África Negra” eram tarefas difíceis devido a moldura humana que perseguiam a banda.
(…) A emigração, nos finais da década de 80, servira como mote do declínio desta banda que representa hoje, património músico e cultural de São Tomé e Príncipe.

Atualmente, os únicos vestígios da banda são os seus músicos que a emigração deixou em lugares diferentes. O grande solista Imidio Vaz que, para muitos, foi um dos melhores de África dos anos 80, encontra-se em São Tomé e faz de moto-táxi como o seu modo de sobrevivência, o baixista Pacheco reside nas terras de morabeza, Cabo Verde, e os outros elementos encontram-se espalhados pelo mundo em busca de melhores dias - Extraído de . África Negra” a lenda cultural de todos os tempos

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