expr:class='"loading" + data:blog.mobileClass'>

domingo, 17 de maio de 2020

Prof. Galopim de Carvalho – Depois das pegadas dos dinossauros, aos passos continuados de um monge da escrita - “Como sou um grande surdo, passo o tempo em casa a escrever" - Autor de mais dezena e meia de livros – A seguir à "Evolução do Pensamento Geológico", vem aí “Évora, Anos 30 e 40” – Memórias da Guerra Civil de Espanha.

JORGE TRABULO MARQUES  - Jornalista
 


Galopim de Carvalho, conhecido como “O Avô  dos Dinossauros”, pelos estudos que a eles lhe dedicou e da preservação das suas pegadas em Carenque,  nasceu em Évora, em 11 de Agosto de 1931, vai a caminho dos 89 anos – Esta entrevista, ocorreu, há 6 anos, na  Feira do Livro de  Lisboa – Naquela  altura, o investigador Galopim de Carvalho, professor jubilado da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa,  confessava-nos que levava uma vida, quase conventual, em sua casa, dedicado exclusivamente à escrita, alheio  à vida social e falava-nos do seu 15º livro pela Âncora Editora,  apresentada pelo Prof. Doutor José Barata-Moura, em setembro 2014, na Sala de Conferências da Reitoria da Universidade de Lisboa, com  a chancela da Âncora Editora, pretendendo ser um tributo, aos que, "desde a Antiguidade, pedra sobre pedra, ergueram o maravilhoso edifício que alberga as ciências da Terra.

.” Entrevistámo-lo, junto ao pavilhão da âncora Editora, numa sessão de autógrafos – Em cima de mesa, entre vários títulos, as “Conversas com os Reis de Portugal Histórias da Terra e dos Homens" - Obra que lhe levou três anos a escrever e que que pretende “ensinar geologia aos professores de história e ensinar história de Portugal aos professores de geologia” procurando combinar a História de Portugal com as Ciências da Terra, ensaiando percorrer um novo caminho na ligação entre as humanidades e as ciências, recheado de animadas conversas com os Reis de Portugal. Indicado para profissionais, ensaiando percorrer um novo caminho na ligação entre as humanidades e as ciências. Também nós quisemos aproveitar uns breves momentos de diálogo, com um prestigiado cientista e um amável e excelente comunicador, uma personalidade simples mas fascinante.

ESTE ANO CONTA PUBLICAR “ÉVORA, ANOS 30 E 40"


Entretanto, soubemos, numa entrevista ao Jornal I, em junho do ano passado, que tenciona publicar este ano, um livro que se chama Évora, Anos 30 e 40 –, baseado nas suas memórias  do que era a vida naquele período, da Guerra Civil de Espanha. Recordando que “havia uma estrutura no tempo do Estado Novo que era a Legião Portuguesa. Combateram em Espanha ao lado do Franco. Fomos vê-los chegar, vieram a pé de Badajoz. Tinha oito anos quando a guerra acabou. Foram tempos terríveis. Morreram muitos, outros foram fuzilados. Os anarquistas e comunistas portugueses iam combater ao lado dos republicanos, os fascistas e falangistas estavam ao lado de Franco. Quando os republicanos perderam, muitos foram fuzilados em Badajoz. Marcou-nos muito” - Confessou.





A ESCRITA COMO ÚNICO OFÍCIO 
Os autores da escrita que alicerçam os seus conhecimentos no saber profundo, preferem o isolamento à vida mundana – Procedem tal como os monges nos seus retiros espirituais, contemplativos e intelectuais. Assim fez o poeta Sebastião da Gama, ao isolar-se, nos últimos anos da sua vida, na Serra da Arrábida. José Mattoso, historiador medievista e professor universitário, recordo-me, que, quando o  prémio Fernando Pessoa, lhe foi atribuído, é justamente num remoto casebre - creio que algures no Minho - que o foram encontrar. Ele que, durante vinte anos foi monge da Ordem de São Bento, vivendo na Abadia de Singeverga, e usando o nome de Frei José de Santa Escolástica Mattoso”, não consegue dispensar o isolamento. .Algures na serra da Arrábida onde,  também, se refugiou Pedro Tamen, poeta, tradutor, antigo administrador da Fundação Gulbenkian .

Com Galopim de Carvalho, quase se passa a mesma coisa. Não procura o isolamento no silêncio de uma serra mas  encontra-o na intimidade de  sua casa, na companhia de sua esposa e dos seus livros. 

Entrevistámo-lo por ocasião da Feira do Livro em Lisboa, junto ao pavilhão da âncora Editora, numa sessão de autógrafos – Em cima de mesa, entre vários títulos, as “Conversas com os Reis de Portugal Histórias da Terra e dos Homens" - Obra que lhe levou três anos a escrever e que  pretende “ensinar geologia aos professores de história e ensinar história de Portugal aos professores de geologia” procurando combinar a História de Portugal com as Ciências da Terra, ensaiando percorrer um novo caminho na ligação entre as humanidades e as ciências, recheado de animadas conversas com os Reis de Portugal. Indicado para profissionais, ensaiando percorrer um novo caminho na ligação entre as humanidades e as ciências.

Também nós quisemos aproveitar uns breves momentos de diálogo, com um prestigiado cientista e um amável e excelente   comunicador,  uma personalidade simples mas fascinante. Depois de nos ter falado do livro que a editora se preparava para lançar, numa das semanas seguintes, mas que, só agora, nos finais de Setembro, veio à estampa, foi-nos dizendo que, já não faz investigação no terreno mas lê muito e escreve muito. Além dos livros que publica, vai publicando muitos textos e crónicas na imprensa ou em blogues.

“Como sou um grande surdo, não convivo socialmente nada, passo muito tempo em casa, e, estar em casa, estou a escrever. Habituei-me a convier comigo próprio. Esta situação propicia, facilita a interiorização, só leio e só escrevo; faço muitas crónicas"

UMA VIDA DEDICADA À INVESTIGAÇÃO, À DOCÊNCIA E À ESCRITA

O  Professor Galopim de Carvalho é um dos nomes grandes da divulgação da ciência em Portugal. Mais do que ninguém foi responsável pela promoção das Ciências da Terra entre nós, através de uma uma acção incansável ao longo de décadas que passou pelas suas aulas e pela sua investigação na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, pelos seus livros (ainda recentemente publicou um muito útil Dicionário de Geologia), pelas suas palestras de divulgação por todo o país e no mundo, pelo seu diligente trabalho à frente do Museu Nacional de História Natural (onde esteve durante mais de dez anos) e noutros locais (ainda há pouco abriu em Viseu o Museu do Quartzo, em larga medida da sua inspiração), e pelas suas sábias intervenções na imprensa escrita, na Internet, na rádio e na televisão. PREFÁCIO A "CONVERSAS COM OS REIS DE PORTUGAL"

Galopim de CarvalhoProfessor Jubilado da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, autor de várias obras de geologia, entre outras,  possuidor de um currículo vastíssimo,  conhecido em Portugal como "o avô dos dinossauros" por ter sido o responsável pela organização da exposição sobre dinossauros-robôs que, em 1992, levou à Rua Politécnica mais de três centenas e meia de milhares  visitantes e pela sua denodada defesa das pegadas dos dinossauros de Carenque, às portas de Lisboa, Mas também por ser o fundador da Feira Internacional de Minerais, Gemas e Fósseis.. 

 Dirigiu inúmeros projectos de investigação, de que são exemplo a "Paleontologia dos vertebrados fósseis do Jurássico superior da Lourinhã e Pombal" e "Icnofósseis de dinossáurios do Jurássico e do Cretácico Português". Dirige e integra diversos organismos nacionais e internacionais, nomeadamente a comissão Oceanográfica Intergovernamental da UNESCO. Foi colaborador dos Serviços Geológicos de Portugal e trabalhou no Centro de Estudos Geográficos, do Instituto de Geografia da Faculdade de Letras de Lisboa e no Centro de Estudos Ambientais.

Foi consultor científico da RTP para as séries televisivas de divulgação científica na área das Ciências da Terra. Participou e dirigiu várias exposições. Contudo, devido ao enorme impacto causado, sobressai a famosa "Dinossáurios regressam a Lisboa", que contou com 347 000 visitantes em apenas 11 semanas.

Em 1993, foi agraciado com o grau de Grande Oficial da Ordem de Sant’Iago da Espada e foi distinguido pela Casa da Imprensa com o prémio "Bordalo" para a Ciência, em 1994.  – FonteGalopim de Carvalho – Wikipédia


No dia 14 de Janeiro de 2013, “O Comité Português para o Programa Internacional de, homenageou-o  pelo seu grande contributo para o conhecimento das Geociências, enquanto professor da Universidade de Lisboa, e na divulgação e promoção das Geociências, em particular do património geológico, junto da sociedade”, explica Artur Abreu Sá, presidente do Comité Nacional para o Programa Internacional de Geociências. Tributo a AM Galopim de Carvalho - Faculdade de Ciência

EXCERTOS DO ÚLTIMO LIVRO: "EVOLUÇÃO DO PENSAMENTO GEOLÓGICO"

A chamada Antiguidade Clássica refere um longo período da História da Europa, com especial incidência na metade oriental do Mediterrâneo, entre o surgimento da poesia grega de Homero [1], no século VIII a.C., e a queda do Império Romano do Ocidente, na segunda metade do século V d.C., durante o qual as antigas civilizações grega e romana, para além de outros aspectos relevantes, abriram as portas ao conhecimento científico, entre o qual se encontra o que conduziu à geologia.. 1. evolução do pensamento geológico no contexto filosóf
Situada entre aproximadamente os séculos V e XV, a Idade Média foi um tempo de alastramento do cristianismo e da vida cultural na Europa ocidental, sobretudo através do surgimento de mosteiros da Ordem dos Beneditinos. - 2. evolução do pensamento geológico no contexto filosófic


Nenhum comentário :