Obviamente
que, a democracia, é também um processo de cultura e aprendizagem, lento e longo,
que não se impõe apenas através das leis mas da evolução das mentalidades. Não
basta arvorar a palavra democracia, é preciso que a mesma reflita o sentimento
geral de um povo ou de um pais. No mundo há muito tirano, que esconde o seus intuitos
maquiavélicos, através do disfarce democrático – São Tomé e Príncipe, um dos países
mais pequenos no Golfo da Guiné, mas onde o processo democrático, não tem
regredido: certo que o culto do individualismo e do egoísmo é já um fenómeno perverso
à escala mundial, refletindo os valores
da expansão do capitalismo, a que dificilmente nação alguma escapa – E, nestas
ilhas, como tem funcionado a justiça? - Vejamos o caso do Tribunal de Contas:
“Até ao início de 2003, a
função de controlo do país esteve formalmente cometida ao Supremo Tribunal de
Justiça, nos termos da Lei n.º 8/91, de 9 de Dezembro. Mas, por razões que se
prendem com a tecnicidade da jurisdição, controlo financeiro e com a ausência
de estruturas e de suporte técnico-administrativo para efeito, o controlo
jurisdicional das Finanças Públicas era considerado insuficiente. Dada a
necessidade de se pôr termo a esse estado de “coisas” e de restituir a
indispensável transparência às contas públicas e à própria aplicação dos bens e
dinheiros públicos, conforme exigência dos Estados modernos e democráticos e os
princípios universalmente aceites e expressos pela Organização Internacional
das Instituições Superiores de Auditoria (INTOSAI), foi criado o Tribunal de
Contas de São Tomé e Príncipe. – Excerto de Tribunal de Contas - Sao Tome e Principe
JOSÉ ANTÓNIO MONTE CRISTO - UM JUIZ ATENTO
E DEDICADO
Porém, o nome do então novo Presidente Tribunal
de Contas, não era alguém desconhecido nesta instituição: não se tratava de uma
qualquer figura empossada à última hora, mercê de um qualquer jogo partidário,
mas sim de um dedicado e meritíssimo juiz que fizera parte da mesma equipa de
Francisco Pires, o Juiz Presidente, que, na altura em que passava à reforma, após
uma longa carreira de 43
anos de serviço público, declarava ter tido o privilégio de ser o fundador da instituição.
Sim, encontrava-me, ali, no seu gabinete, para corresponder ao amável convite que me fizera, no cordial diálogo que ocorreu durante a ante-estreia do documentário “S. Tomé e Príncipe – Retalhos de uma História” – Disse-me que já tinha ouvido falar de mim e que gostaria de trocar algumas impressões comigo, gesto de cortesia a que correspondi e que muito e honrou. Pois, de facto, tive oportunidade de constatar que, a figura que me honrava com o seu convite, embora investida numa das mais altas funções de um órgão de soberania, afinal, nem por isso deixava de ser a pessoa cordial, respeitável, respeitosa e simples, sem a sobranceria ou a necessidade de ostentar a máscara dos que se preocupam mais em cultivar as aparências de que o verdadeiro zelo e competência nas suas altas funções.
Por isso, deixou-me a confortante
impressão que, não é por falta de empenho do Tribunal de Contas, que os prevaricadores, os fomentadores da
corrupção, encontrem campo aberto às suas ilícitas ações – Senão atente-se
nestas noticias, que vêm, realmente, demonstrar que o Tribunal de Contas de S.
Tomé e Príncipe, sob a égide do seu atual Presidente, tem exercido uma atividade atenta e muito
ativa – Desde seminários de informação e de sensibilização, tal como agora sucedeu,
no mês de Junho, a mostrar-se atento às contas do Estado e aos infratores
financeiros.
“8-9 de Junho de 2015: Seminário de
informação e sensibilização sobre a reforma do pacote legislativo do Tribunal
de São Tomé e Príncipe8-9 de Junho de 2015: Seminário de informação e ..
"São Tomé e Príncipe Infratores
financeiros na mira do Tribunal de Contas "
“Há instituições, há agentes que persistem na violação de regras e normas aplicáveis a gestão e restruturação das contas do estado e estamos em articulação com o Ministério Público para proceder no sentido de levar a cabo a responsabilidade que couber nestes casos”, disse José António Monte Cristo.
Após duas décadas sem divulgar relatórios
de contas públicas, o TC apresentou hoje pelo segundo ano consecutivo um
relatório anual de contas, neste caso relativo a 2013.São Tomé e Príncipe Infratores financeiros na mira dos
infratores financeiros
"Tribunal de contas de S. Tomé denuncia irregularidades nas contas do estado!
03/06/2013 –As contas do estado em S.
Tomé e Príncipe serão tornadas públicas na próxima semana, mas o Tribunal de
Contas vai avisando que encontrou inúmeras irregularidades financeiras durante
o ano de 2012. Tribunal de
contas de S. Tomé denuncia irregularidades
“0 anos/São Tome e Príncipe: Democracia
frágil alimenta a corrupção, o nepotismo e a barganha política -
Académicos
07-07-2015 - Recente notícia, do Correio da Manhã (penso que
mais de carácter especulativo, que é do que vive este jornal) de que propriamente
em abordar o fenómeno da corrupção, tal como ele se espalha por toda a parte,
em consequência da filosofia egoísta, individualista de um capitalismo desumano e selvagem , vinha com este título garrafal, que, mesmo assim, carece de atenta reflexão:
“40 anos/São Tome e
Príncipe: Democracia frágil alimenta a corrupção, o nepotismo e a barganha
política – Académicos – E então que vai
pelos países da Europa, pelos restantes
países de África, América e resto do mundo, - Referindo que, para a coordenadora adjunta do Observatório dos Países de Língua Oficial
Portuguesa (OPLOP), da Universidade Federal Fluminense, Naiara Alves, "a
relação entre a corrupção e a governação está vinculada a esta estrutura
democrática ainda frágil e instável" em São Tomé e Príncipe. Ler mais em: http://www.cmjornal.xl.pt/cm_ao_minuto/detalhe/40_anossao_tome_e_principe_democracia_fragil_alimenta_a_corrupcao_o_nepotismo_e_a_barganha_politica___academicos.html
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